Há cem anos, no dia 12 de dezembro de 1901, o físico
italiano Guillermo Marconi inventava o rádio, ao conectar pela primeira
vez a Europa e a América através de um sinal radiotelegráfico. Foi uma
data histórica para o desenvolvimento das comunicações modernas.
Marconi, que na ocasião tinha 27 anos, estava em São
João de Terra Nova (Canadá), com o ouvido grudado em seu rudimentar receptor, quando
escutou os três breves toques de código morse da letra "S", emitidos a 3 mil
quilômetros de distância, desde Poldhu, na Cornuália, Sudeste da Inglaterra. A conexão
era difícil, mas decifrável.
Um ano depois, no dia 15 de dezembro de 1902, Marconi
emitiu da Nova Escócia, também no Canadá, a primeira mensagem de rádio entre o novo
mundo e o velho continente.
Guillermo Marconi nasceu em 1874 na Bolonha e faleceu
em Roma no dia 20 de julho de 1937. No dia 12 de dezembro, o Conselho Nacional para as
Pesquisas (CNR), que ele presidiu durante 10 anos até sua morte, divulgará uma
gravação de sua voz como homenagem a seu trabalho.
Em colaboração com a Fundação Marconi e a
Associação Italiana de fãs de rádio, o CNR utilizará um radiotelescópio de 32
metros, situado perto de sua cidade natal, para enviar várias mensagens à Lua.
Utilizando a superfície da Lua, a voz de Marconi
poderá ser ouvida em todos os lugares do mundo na frequência de 1296,1 MegaHertz.
Mais do que com o Prêmio Nobel de Física, que recebeu
em 1909, Marconi disse que se sentiu "recompensado" quando em abril de 1912 sua
invenção permitiu ao Titanic lançar o S.O.S e salvar quase 700 dos 2.200 passageiros
que estavam no barco que se chocou contra um iceberg. (©
DGABC) |