Obras de Puccini, com suas melodias líricas e dramaticidade apaixonada,
são a tradução de sua visão das relações humanas
Lauro Machado Coelho
Houve um tempo em que o ocaso da obra de Puccini era decretado por
musicólogos respeitados. Em 1912, em seu livro Giacomo Puccini e l'Opera
Internazionale, o crítico Fausto Torrefranca dizia que a grande
contribuição da Itália para a história da música não estava na ópera e,
sim, na música instrumental dos séculos 17 e 18. Parece aberrante ouvir
isso hoje mas, para Torrefranca, a ópera era uma "criação bastarda".
Puccini seria, assim, o exemplo acabado de "toda a decadência da música
italiana atual" e representava "o cínico comercialismo, a impotência, a
triunfante voga internacionalista". Também o americano Joseph Kerman
profetizou, em Ópera e Drama, o esquecimento de Puccini. Por que, então,
passados 100 anos do nascimento desse compositor, não só parece
improvável que ele seja esquecido, como há ainda, entre os músicos
contemporâneos, quem o tome por modelo?
"Um dos sinais do talento do artista", escreveu Mosco Carner em Puccini:
a Critical Biography, "é saber criar, com a sua fantasia, um mundo que
somos forçados a reconhecer como particularmente seu". "Isso não é,
necessariamente, um sinônimo de grandeza, mas exige um alto grau de
personalidade, um dos dons criativos mais preciosos." Puccini é, sem
dúvida alguma, um desses artistas: o mundo que criou tem um clima
emotivo e dramático, além de um estilo musical, tipicamente seus, a tal
ponto que se pode falar de uma concepção pucciniana da ópera. Comparada
ao universo de Mozart, Verdi, Wagner, Janácek, Strauss ou Britten, a
órbita pucciniana é limitada na escolha dos argumentos, na
caracterização das personagens e na profundidade musical. Mas ele é
insuperável no nível com o qual sente afinidade: o da paixão erótica, da
sensualidade, da ternura, das emoções dominadoras e desesperadas.
Puccini é o poeta das pequenas coisas, capaz de perceber o que há por
trás do banal, do lugar-comum e de expressar o que ele mesmo chamou de
"a pulsação do espírito sob as palavras, o non so che que pede a música,
essa arte divina que começa exatamente onde as palavras terminam".
Puccini tem um senso teatral como poucos operistas jamais tiveram. Mas
esse enorme talento é limitado por algumas contradições de sua índole:
ele possuía mais ardor de sentimento do que profundidade espiritual.
Possuía a capacidade de identificar-se totalmente com as suas
personagens, mas não a de fazer delas seres humanos exemplares, que
transcendessem suas características circunstanciais para assumir uma
dimensão mais ampla - como acontece com o Verdi da maturidade.
O instinto teatral de Puccini era enorme, e sua técnica dramática
estupenda. Mas, mesmo no fim da vida, produziu óperas que, no conjunto,
são dramaticamente frágeis - como La Fanciulla del West ou Sor Angelica
- em que pesem bons momentos isolados. "Puccini nunca é aborrecido ou
prolixo, mas nunca consegue ser realmente sublime", afirma Carner - e
basta comparar a Tosca ao Otello, ou Madama Butterfly ao Cavaleiro da
Rosa, em termos de profundidade na prospecção das paixões, para se
certificar de que este não é um julgamento demasiado severo. "Sua arte o
situa na fronteira entre o gênio e o talento", conclui, com uma fórmula
bastante apropriada.
A ópera pucciniana tem sido criticada pela insistência no erotismo e na
sensualidade; pelo ataque sistemático à sensibilidade do espectador; por
uma certa tendência à vulgaridade e à pieguice; pela sua falta de
preocupação com questões éticas elevadas. Mas, na verdade, é um
preconceito julgar uma obra por aquilo que ela não tem, condenando-a por
não corresponder a determinados padrões de gosto, por não se preocupar
com a afirmação ou a discussão de valores filosóficos ou espirituais, ou
por apresentar uma visão da vida que parece superficial. O que realmente
importa é saber se essa obra consegue traduzir a visão que o artista tem
do mundo - seja ela qual for - com intensidade e força de persuasão. Ou
seja, se esse artista consegue levar seus espectadores a se
identificarem com suas personagens, a experimentarem por elas a
sym-pathia no sentido etimológico de "sentir com", de saber como a
personagem se sente, de compreender por que ela se sente assim e age da
maneira como o faz. E isso Puccini obtém de seu público, não só em
relação a personagens "positivas" e dignas de compaixão (Mimì,
Butterfly, Angelica, Liù), mas também às "negativas", que inspiram
antipatia (Scarpia, a Zia Principessa, Pinkerton ou Turandot).
Segundo Carner, Puccini ilustra perfeitamente a máxima de Henry James de
que "um artista tem sorte quando suas realizações coincidem exatamente
com as suas limitações". E o faz pelo fato de nunca sair dos limites do
que lhe é afim, de nunca se aventurar fora do terreno em que sabe poder
dispor da plena medida de seu talento. Nesse sentido, não se pode dizer
que Chopin, Bellini ou Hugo Wolf tenham sido "artistas menores" porque
tenham preferido ficar dentro de um campo em que tinham a certeza de
explorar ao máximo suas melhores potencialidades criativas. E Puccini
tinha a plena consciência desses limites. Numa carta a Giuseppe Adami
afirma não poder trabalhar em outra coisa, senão numa ópera: "Tenho o
grande defeito de só saber escrever música quando os meus fantoches se
movem no palco. Se pudesse ser um sinfonista puro, enganaria o meu tempo
e o meu público. Mas quando nasci, tantos e tantos anos atrás... Deus
santo tocou-me com o dedo mindinho e disse-me: 'Escreve para o teatro.
Mas presta atenção: só para o teatro!' - e eu segui seu supremo
conselho."
Mas é absurda, por outro lado, a crítica que lhe foi feita de só saber
fazer "musiquinha barata". Seja para o intimismo da Bohème ou a
grandiosidade da Turandot, a violência de filme policial da Tosca ou a
profunda ironia do Gianni Schicchi, Puccini sempre soube encontrar a
perfeita correspondência entre meios e fins. Descendente de quatro
gerações de compositores de Lucca, tinha alto grau de profissionalismo
e, além disso, possuía dotes pessoais que lhe dão um estilo inimitável:
facilidade para compor melodias concisas, extremamente líricas e de uma
dramaticidade apaixonada; refinamento harmônico e enorme talento para a
orquestração; e um modo extremamente pessoal de escrever para a
orquestra, que lhe permite assimilar procedimentos técnicos que estão
sendo desenvolvidos por seus contemporâneos (por exemplo, o influxo de
Stravinski ou dos impressionistas franceses) sem com isso alterar a
personalidade própria de seu estilo.
Todas essas qualidades fizeram com que Puccini se tornasse o único
compositor italiano, depois de Verdi, a conseguir que a maior parte de
sua obra ficasse permanentemente no repertório. Numa fase em que muitos
autores sobreviveram com apenas uma ou duas óperas, quando não foram
sumariamente relegados ao esquecimento, dele apenas Le Villi e Edgar
ficaram como curiosidades de especialista. De Manon Lescaut em diante,
todos os títulos pertencem à lista das óperas prediletas do público.
(©
Estadão)
Amores de Puccini
Documentos revelam casos extraconjugais e herdeiros não reconhecidos do
compositor de óperas italiano, autor de La Bohème e Tosca, nascido há 150
anos
Quando Giacomo Puccini morreu em 1924 aos 65 anos, deixou como herança uma
propriedade estimada em US$ 250 milhões, em valores atuais. Será que algum
compositor de música clássica dos dias hoje chegou a reunir, em vida,
tamanha fortuna? Desde sua morte, a popularidade de Puccini só cresceu.
Encenada 1.200 vezes, La Bohème está no topo da lista de obras mais
apresentadas do Metropolitan Opera, que inclui nas suas primeiras 6 posições
outras duas obras de Puccini, Tosca e Madama Butterfly. Assim, é curioso que
não se tenha feito muito estardalhaço por conta do 150º aniversário do
nascimento de Puccini, celebrado este ano. Mas não importa. Puccini domina.
Até agora, neste ano de Puccini, aquilo que mais chamou a atenção para a
vida do compositor foi a realização de um filme sobre a sua vida particular,
uma dramatização elaborada com base em pesquisas recentes e dirigida pelo
cineasta italiano Paolo Benvenuti. Artigos antecipando as descobertas dessas
pesquisas foram publicados no The Independent, em Londres, e em outros
veículos. Evidentemente, a neta do compositor, Simonetta Puccini, está
consternada e reluta em crer na nova versão dos fatos.
O mais alto tribunal civil da Itália há muito confirma as alegações da sra.
Puccini (antes chamada de Simonetta Giurumello) de que ela seria a filha de
um relacionamento entre a sua mãe e o filho do compositor, Antonio, morto em
1946, tendo deixado viúva, mas nenhum descendente legal. Hoje, a sra.
Puccini supervisiona fundação à qual deu início, dedicada à preservação da
quinta de Puccini em Torre del Lago.
Puccini orgulhosamente chamava a si mesmo de "vigoroso caçador de aves
selvagens, libretos de ópera e mulheres atraentes". O filme de Benvenuti,
Puccini e la Fanciulla, apresenta um fio recém-descoberto na confusa
biografia do compositor. O enredo afirma que ele tem outra neta viva, Nadia
Manfredi, descendente de um outro filho seu, também chamado Antonio, nascido
de um caso com Giulia Manfredi, uma mulher vivaz de origem humilde que
administrava um albergue em Torre del Lago e muito popular entre os
agricultores locais e caçadores itinerantes. Cartas pessoais e outros
documentos mostrados a Benvenuti por Nadia Manfredi em 2007 expõem aquilo
que parece ser um caso convincente.
Também estão sendo lançadas novas gravações de suas óperas. Dois notáveis
registros de La Bohème foram recentemente lançados em CD, gravados a partir
de concertos realizados no ano passado. A edição da Deutsche Grammophon tem
a soprano Anna Netrebko como Mimi e o tenor Rolando Villazón como Rodolfo,
com regência de Bertrand de Billy. O lançamento da Telarc conta com a
performance da Sinfônica de Atlanta, regida por Robert Spano, com a soprano
Norah Amsellem e o tenor Marcus Haddock no elenco.
Apesar de Puccini ter demonstrado um incrível instinto para a mistura da
música com a dramatização, suas óperas são o produto de um trabalho
torturado. Eterno protelador, ele só conseguia compor durante frenéticas
madrugadas inteiras, abastecidas por café e cigarros. Na verdade, levando em
consideração a astuta sensibilidade de Puccini para o drama musical, é
surpreendente perceber como suas idéias iniciais podiam ser mal concebidas.
Ao adaptar as histórias de Murger que acabariam se tornando a ópera La
Bohème, por exemplo, ele queria eliminar a briga e a separação entre Mimi e
Rodolfo. Numa carta em tom de súplica endereçada ao editor de Puccini, o
libretista Luigi Illica expressou sua exasperação. Puccini estava
determinado a transformar a trágica história dos jovens amantes pobretões em
um pegajoso melodrama. "Eles se apaixonam, eles discutem, a pequena
costureira morre", escreveu ele. "É uma história sentimental, mas não é La
Bohème." Puccini ao final acertava na maioria de suas óperas, mas não antes
de despejar uma torrente de abuso sobre seus libretistas, cujo sofrimento
era contínuo.
A amplitude dramática e a riqueza lírica da música de Puccini por vezes
eclipsam a complexidade da sua linguagem harmônica contemporânea. Admirador
de Wagner e Debussy, ele enriqueceu suas trilhas sonoras com acordes
cromáticos livres e escalas de tons inteiros. Ele demonstrava muito
interesse nas correntes radicais da música moderna, sentia-se intrigado
pelos experimentos de Arnold Schoenberg. Percorreu os 100 quilômetros de
Torre del Lago até Florença apenas para assistir a uma apresentação de
Pierrot Lunaire (1912), experiência que lhe causou profunda impressão.
E quanto às novas fofocas sobre a vida amorosa de Puccini? Como já é bem
sabido, seu relacionamento com a esposa, Elvira, foi sensacional desde o
início. Puccini a conheceu ainda esposa de um antigo amigo seu dos tempos de
escola, em 1884, quando trabalhava como seu professor de piano. Começaram um
caso e em questão de dois anos ela deixou o marido. Permitiu-se a Elvira que
levasse consigo a filha. Logo ela teve de Puccini o seu único filho,
Antonio. Mas com o marido de Elvira ainda vivo, obter um divórcio seria
impossível na Itália.
Durante os anos que passou com Elvira, Puccini viveu flertes despudorados
com seus "pequenos jardins", conforme ele chamava as jovens com que se
envolvia. Até que, em 1903, o marido de Elvira morreu. As impacientes irmãs
de Puccini o fizeram desistir de uma paixão que vivia na época e se casar
com Elvira, o que ele finalmente fez em 1904, depois de terem vivido juntos
por 17 anos. Com o passar dos anos, Doria Manfredi, uma jovem da região,
entrou no lar de Puccini como empregada. Enciumada, a volátil Elvira a
atormentava, castigando-a em público e criando um escândalo, apesar dos
protestos de Puccini alegando sua inocência. Em janeiro de 1909, a pobre e
acuada Doria morreu de uma overdose de pílulas. Apesar de Elvira ter sido
condenada por difamação, o pagamento de uma compensação de Puccini para a
família Manfredi poupou sua esposa da prisão. Uma autópsia revelou
posteriormente que Doria morreu virgem. Assim, neste caso, Puccini era de
fato inocente.
Esta parte da história há muito está registrada. Mas novos documentos,
revelados pelo filme de Benvenuti, sugerem que apesar de Puccini não ter se
envolvido com Doria, ele protagonizou um longo caso com a prima dela,
Giulia, que pode ter sido a inspiração para Minnie, a heroína de La
Fanciulla del West. O filho que Giulia teve com Puccini era vigia noturno e
morreu na miséria aos 65 anos, em 1988, sem jamais saber da sua herança. Sua
filha, Nadia Manfredi, foi aos tribunais exigir a realização de testes de
DNA para provar que ela é neta de Puccini. Simonetta Puccini opõe-se ao
pedido, chamando-o de ataque à vida particular do mestre e da sua família.
Até o momento, parece que a legislação italiana apóia a afirmação dela de
que o caso já teria prescrevido. O caso continua. Nós, amantes de Puccini,
temos que reconhecer que nosso ídolo não sai dessa história com a honra
intacta. Ainda assim, esse enredo daria uma excelente ópera de Puccini, se
ao menos ele ainda estivesse entre nós para escrevê-la.
(©
Estadão)
22 dicembre 2008: scatta il Puccini Day
Speciale 150 anni dalla nascita di Giacomo Puccini : Programmi
del 21/12/2008 di Iacopo Lazzareschi Cervelli
LUCCA – esattamente 150
anni fa,
alle 2
di notte del 22 dicembre 1858 nasceva
a Lucca Giacomo
Puccini,il
compositore d’opera più amato e rappresentato nel mondo. A Lucca le celebrazioni
culminano con un concerto della Royal
Philarmonic Orchestra di Londra al Teatro del Giglio proiettato
all’esterno su un maxischermo. Anche Rai
Uno dedica
due serate al grande operista lucchese. Radio
Rai promuoverà l'evento con
speciali richiami all'interno della programmazione.
Il Puccini Day inizia domenica 21 sera alle 23 su Rai
Uno con Speciale
TG1 «Vissi
d’arte da Puccini a Tosca» un
viaggio del regista Henri
Poulain nei luoghi
pucciniani arricchito dal back stage inedito di quello che fu il più mirabile
evento televisivo lirico della storia “Tosca
nei luoghi e nelle ore di Tosca” prodotta da Andrea Andermann per la
regia di Giuseppe Patroni Griffi che fu rappresentata in diretta mondovisione
l’11 e 12 luglio 1992.
Il lunedì 22 dicembre la mostra “ Puccini
e Lucca – quando sentirò la dolce nostalgia della mia terra natia ”
a Palazzo Guinigi a Lucca sarà aperta dalle 10 alle 19 con ingresso gratuito.
Aperta al Teatro
del Giglio dalle 11 alle 13
e dalle 16 alle 19 la mostra di Antonio
Possenti “12 Puccini 12” le
dodici opere del maestro lucchese tradotte dalla fantasia pittorica del più
popolare pittore lucchese contemparaneo.
Dalle ore 10 alle ore 17 nella chiesa di San
Romano verranno proiettati
gli allestimenti più belli e particolari delle opere pucciniane nell’ambito
della manifestazione “ Le
notti di Puccini” a cura del festival “Puccini e la sua Lucca ”
in collaborazione con “Lucca Film Festival” l’ingresso è gratuito.
Alle ore 17 nei saloni monumentali della Biblioteca
Statale di Lucca ci sarà la
presentazione del volume «Puccini
luoghi e suggestioni» a cura di Marco
Paoli foto di Romano
Cagnoni con testi di Gabriella
Biagi Ravenni, voluto dal Comitato nazionale per le celebrazioni
pucciniane e realizzato da Maria Pacini Fazzi editore. Alla presentazione
parteciperanno altre agli autori, Giorgio
Marchettie Bruno
Ermolli, presidente del Comitato nazionale per le celebrazioni
pucciniane.
Sempre alle 17 al Caffè
Di Simo inaugurazione della
mostra di Alessandro
Sesti "Un
anno di vignette dedicate al Giacomo Puccini" il maestro Francesco
Cipriano eseguirà al pianoforte arie pucciniane. L'appuntamento è promosso
dall'APT Lucca.
Alle 18,30 “ Le
notti di Puccini ”
propone ad ingresso gratuito nella chiesa di San Giovanni “Suor Angelica” in
collaborazione con l’Istituto musicale Boccherini.
Alle 20,30 al Teatro
del Giglio e con
maxischermo nella piazza antistante sarà possibile ascoltare le note della Royal
Philharmonic Orchestra diretta da Miguel
Angel Gòmez Martinez con Maria
Luigia Borsi , Amarilli
Nizza , Marcello
Giordani , e Giovanni
Guagliardo che
interpreteranno le arie e i brani orchestrali più famosi nel concerto " Buon
Compleanno Maestro! "
Alle 23 su Rai Uno andrà in onda “Tosca
nei luoghi e nelle ore di Tosca” prodotta da Andrea Andermann per la regia di
Giuseppe Patroni Griffi diretta da Zubin Mehta che fu rappresentata in diretta
mondovisione l’11 e 12 luglio 1992 dai luoghi reali di Roma ove è ambientata
Tosca: Sant’Andrea della Valle, Palazzo Farnese e Castel Sant’Angelo.
Alle 23,00 in Piazza San Giovanni “ Le
notti di Puccini ”
organizza un cocktail party con il supporto di con il supporto della Alfred
Gretuen champagne e ASCOM seguirà alle 23,30 nella chiesa di San Giovanni
recital “Le donne di puccini” ad ingresso libero.
Uno speciale annullo
filatelico dedicato al 150esimo anniversario della nascita di Giacomo Puccini sarà
disponibile dalle 17 alle 22 presso la chiesa di San Giovanni.
(©
Lo Schermo)
Saiba mais sobre os 150 anos de nascimento de Giacomo Puccini
|