ROMA - Mais de um milhão de pessoas
protestaram hoje no centro de Roma contra a reforma do sistema
escolar aprovada ontem pelo Senado italiano.
O protesto foi
iniciado esta manhã, por crianças, pais e professores do ensino
fundamental, que lideraram uma passeata acompanhados por
representantes dos sindicatos.O número de manifestantes foi
apresentado pelos sindicatos ligados às escolas, que organizaram
a manifestação.Os organizadores afirmam que 90% das escolas do
país aderiram à greve geral convocada para protestar contra a
reforma. Em toda a capital italiana estão sendo realizadas
manifestações espontâneas, que envolvem também estudantes
universitários.
- O governo deveria ter vontade de ouvir os protestos - disse
o líder do Partido Democrático (PD), Walter Veltroni, um dos
principais opositores do governo Berlusconi.
A ex-ministra das Políticas para a Família, Rosy Bindi,
também do PD, afirmou que "os manifestantes não são uma base
eleitoral, pois entre eles há também muitas pessoas de
centro-direta".
Foi registrado um grande fluxo de automóveis nas estradas que
levam à capital, em conseqüência do inesperado número de
pessoas, provenientes de outras cidades, que decidiram
participar das manifestações.
Manifestações análogas, nas quais participam estudantes,
familiares, professores, funcionários das escolas, sindicalistas
e políticos, ocorrem em toda a Itália.
A Itália vive hoje uma época de manifestações na educação,
principalmente em Roma, para protestar contra a reforma
educativa imposta pelo governo conservador de Sílvio Berlusconi.
A maioria dos protestantes eram universitários e estudantes
de segundo ano, assim como pais de família e pessoas do setor
educativo, que chegaram na Itália através de ônibus de diversas
partes do país. “Unidos pela escola pública”, “Abaixo o governo,
salve a escola” e “Se educar gasta, a ignorância, não” eram
algumas das faixas de protesto.
Na quarta-feira, o Senado italiano aprovou de forma
definitiva uma controversa lei que desencadeou protestos e as
manifestações. Os estudantes pedem a renúncia da ministra da
Educação, Mariastella Gelmini, entre as mais jovens do gabinete
de Berlusconi, acusada de impor a reforma sem consultar partes
mais afetadas.
A recusa pela lei que reforma o sistema de educação é
tamanha, que várias organizações estudantis de extrema direita e
grupos católicos aderiram à causa. “Assim se destrói a escola
pública para substituí-la pela privada” era o tema central da
manifestação.
Il voto sul decreto 137 si
avvicina (l’approvazione potrebbe arrivare già stasera), ma
gli studenti non mollano la presa. Proteste e cortei sono in
corso in tutta Italia coinvolgendo scuole e università e di
fronte al Senato cresce di ora in ora la folla dei
manifestanti. A Cagliari è cominciata poco prima delle 9 la
protesta dei 1.400 studenti del Liceo Classico Siotto, che
hanno occupato la strada antistante l’istituto, dove si
trova anche la sede della Regione Sardegna, sedendosi per
terra e bloccando il traffico. In una ideale staffetta, più
o meno alla stessa ora, almeno 1.500 studenti hanno concluso
la maratona di protesta - 24 ore di lezioni no stop -
organizzata alla facoltà di matematica di Firenze.
A Torino protesta di segno
diverso: una quarantina di studenti di Azione Universitaria
(vicini ad An) hanno occupato stamani il Rettorato: «Abbiamo
preparato un dossier sugli sprechi dell’ateneo e terremo qui
una lezione di storia medievale, dal momento che le aule
sono occupate». Gli studenti dell’Assemblea No Gelmini
terranno invece oggi pomeriggio un corteo itinerante tra le
facoltà occupate: meta l’Unione Industriale, dove il
ministro dell’Istruzione, Mariastella Gelmini, avrebbe
dovuto partecipare a un incontro (ha rinunciato). Banchetti
e lavagne in strada a Napoli dove sono in corso cortei
spontanei e manifestazioni degli studenti. A Viareggio un
gruppo di studenti ha occupato per alcuni minuti, questa
mattina, i binari della stazione ferroviaria.
A Bari corteo spontaneo di
studenti: in testa anche il presidente della Regione Puglia,
Nichi Vendola. A lezione, ma indossando una fascia al
braccio con la scritta «Studio, ma protesto» i liceali dello
scientifico «Gatto» di Agropoli (Salerno). A Perugia in
migliaia sono scesi in piazza, universitari e studenti delle
superiori e a Bologna bimbi travestiti da fantasmini in
piazza Maggiore «difenderanno» nel pomeriggio la scuola
pubblica. A Roma sette cortei hanno attraversato stamani la
città mentre si allunga la lista degli istituti occupati. E
mentre tre genitori-Re Magi sono diretti al ministero dell’
Istruzione per consegnare al ministro Gelmini pacchi dono
con dentro le firme raccolte per al petizione in difesa del
tempo pieno nella scuola primaria, davanti al Senato,
presidiato dalle forze dell’ordine, si protesta a suon di
musica: alle note di Battiato centinaia di studenti
alternano slogan contro la riforma della scuola o
all’indirizzo del ministro Gelmini.
(©
Il Secolo XIX)