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Máfia italiana quer matar autor de 'Gomorra' até o Natal

15/10/2008

 

Máfia italiana quer matar autor de 'Gomorra' até o Natal

Reuters/Brasil Online (Por Stephen Brown)

ROMA (Reuters) - A polícia italiana está investigando relatos de que a máfia de Nápoles planeja executar a ameaça de matar Roberto Saviano, autor do best seller "Gomorra", até o Natal.

Saviano, de 29 anos, vive há dois anos escondido, com proteção policial 24 horas por dia, desde que "Camorra", como é conhecida a máfia em sua cidade, decidiu puni-lo pelo sucesso do livro, que virou filme e é baseado em suas próprias investigações sobre a brutalidade dos mafiosos.

O livro vendeu 1,2 milhão de cópias na Itália e foi traduzido para 42 línguas. Agora que chegou aos cinemas e é candidato ao Oscar, a máfia está ainda mais irritada e quer ver Saviano e seus seguranças mortos o mais rápido possível.

"Lançamos um inquérito para verificar a veracidade desta notícia", disse à Reuters Franco Roberto, coordenador do esquadrão antimáfia de Nápoles.

Os jornais italianos disseram que o clã Casalesi (que virou manchete recentemente devido ao assassinato de seis africanos, o que despertou a revolta de imigrantes), o mais notório da máfia local, teria decidido levar a cabo a ameaça de morte, procurando matar o escritor até o Natal.

A fonte da informação foi uma pessoa próxima a Francesco Schiavone, codinome "Sandokan", chefe da Camorra.

De cabeça raspada, barba, piercing na sobrancelha e camiseta preta, Saviano se tornou um símbolo da luta contra o crime organizado para a nova geração de italianos.

Na segunda-feira, Saviano disse a uma rádio local que muitos de seus dias são "terríveis".

O escritor afirmou que o que deixou a máfia preocupada foram os seus milhões de leitores.

"Os leitores que ameaçaram os chefes do crime, não eu", disse Saviano.

Alguns políticos exigiram que o poder público seja solidário com a situação do escritor.

"Ninguém deve tocar Saviano!", disse a ex-ministra Giovanna Melandri, denunciando a Camorra como "um dos maiores cânceres que tomam conta do nosso país".

(© UOL Últimas Notícias) 

 


Ameaçado de morte, autor de 'Gomorra' quer deixar Itália

Roberto Saviano, de 28 anos, vive com proteção policial armada 24 horas por dia


Reuters
Roberto Saviano tem 28 ans
Roberto Saviano tem 28 anos

ROMA - O escritor italiano Roberto Saviano, autor do best-seller Gomorra, que denuncia a máfia napolitana, afirmou que quer deixar a Itália porque não agüenta mais viver com proteção armada.    

O livro vendeu 1,2 milhão de cópias na Itália, foi traduzido para 42 línguas e sua adaptação para o cinema foi nomeada para concorrer ao Oscar.  

O crítico de cinema do Estado Luiz Carlos Merten comenta  o filme em seu blog:  "Gomorra tem um lado Cidade de Deus, mostrando como opera a Camorra, a Máfia napolitana, recrutando jovens para atividades criminosas que incluem o controle das drogas e da indústria do vestuário clandestino, as imitações de grifes famosas".

O autor do livro que inspira o filme afirma, em uma entrevista ao jornal italiano La Repubblica, ser uma "vítima do próprio sucesso".

Desde o lançamento de Gomorra, em 2006, o autor, de 28 anos, vive com proteção policial armada durante 24 horas diariamente porque recebe ameaças da Camorra, como é conhecida a máfia napolitana.

"Quero a minha vida de volta. Quero andar pelo sol e pela chuva, me apaixonar, beber uma cerveja em público, encontrar minha mãe sem que ela fique com medo", disse o escritor ao jornal.

Acima de tudo, Soviano afirmou que quer continuar escrevendo e que, no momento, o único modo de fazer isso é deixar a Itália.

Na terça-feira, os jornais italianos disseram que o clã mais notório da máfia local, o Casalesi, teria passado da ameaça de morte para a fase de operação do plano para assassinar o escritor.

Segundo os jornais, a intenção seria matar o escritor antes do Natal.

(© Estadão)


Saviano sotto tiro. Presto interrogato il pentito che ha svelato il piano dei casalesi

 

Roberto Saviano
Roberto Saviano

Lo scrittore Roberto Saviano oggi ha avuto un colloquio di un paio di ore con il coordinatore della Direzione distrettuale antimafia di Napoli Franco Roberti negli uffici giudiziari partenopei. Saviano non ha rilasciato dichiarazioni al termine dell'incontro, al centro del quale vi e' stata l'informativa giunta in Procura su una rivelazione del pentito Carmine Schiavone su un attentato dei Casalesi con tritolo e telecomando contro lo scrittore programmato per Natale.

Sulla vicenda viene mantenuto uno stretto riserbo negli ambienti della procura di Napoli. Le notizie sono state fornite da Carmine Schiavone, a quanto si e' appreso, e non sarebbero molto dettagliate.

La Dda cerca di capire come il pentito, che vive in localita' protetta sotto falso nome, abbia avuto le informazioni sul piano dei casalesi, comunque gli inquirenti tendono ad escludere collegamenti tra le informazioni di Schiavone e le recenti rivelazioni del pentito Oreste Spagnuolo - che partecipo' di recente alla strage di Castel Volturno conto gli immigrati africani - il quale ha parlato del tentativo del boss Giuseppe Setola di procurarsi esplosivo e un telecomando per un attentato.

Il livello di allerta e' comunque altissimo: i magistrati di Napoli sono infatti convinti della serieta' delle minacce rivolte a Saviano. All'esame degli inquirenti vi sono anche diverse lettere anonime che vengono giudicate attendibili. Saviano è ritenuto "colpevole" di aver acceso i riflettori sulle attivita' dei casalesi.

Dall'imminente interrogatorio del pentito Schiavone, cugino del boss Francesco Schiavone detto Sandokan, gli inquirenti della Dda di Napoli cercheranno chiarimenti sul piano di attentato.

Carmine Schiavone, che con le sue rivelazione negli anni scorsi ha consentito la condanna di numerosi esponenti della cosca, attualmente vive in localita' protetta, con una nuova identita'.
Il programma di protezione nei confronti di Schiavone, che ha avviato la sua collaborazione agli inizi degli anni Novanta, e'  cessato negli ultimi tempi.

Uno degli obiettivi degli inquirenti e' di chiarire le circostanze che avrebbero consentito a
Schiavone - al quale e' inibito per legge ogni contatto con gli ambienti criminali frequentati in passato - di venire in possesso delle informazioni sui progetti del clan dei Casalesi.

(© Rai News 24)

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