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Corpo do publicitário Italo Bianchi é sepultado no
Recife |
06/10/2008
Foto: Geyson Magno
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Italo Biachi
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Foi enterrado no fim da manhã desta segunda-feira (06), no cemitério de Santo
Amaro, no Recife, o corpo do publicitário Italo Bianchi, 84 anos, um dos mais
importantes da história da Publicidade de Pernambuco. Ele morreu no último
domingo (05), no Recife, vítima de câncer de pulmão.
Italo Bianchi nasceu em Milão, na Itália, em 1924. Ele resolveu trabalhar com
Comunicação aos 12 anos, depois de fazer uma visita à redação do jornal italiano
Corriere della Sierra. Graduou-se em História da Arte e, no início da
década de 1950, Bianchi se mudou para o Brasil. Ele
trabalhou como cenógrafo da Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Também passou,
em 1955, por Buenos Aires, na Argentina, produzindo cenários para os espetáculos
de balé clássico da Companhia de Dança Ana Hitelman. Voltou ao Brasil em 1957 e
trabalhou por cinco anos no jornal Estado de São Paulo. Exerceu trabalhos como
diretor de arte, pintor e designer. Em Pernambuco,
Bianchi chegou no ano de 1968. Ele criou um estúdio de comunicação e depois, em
1971, fundou a agência Italo Bianchi Publicitários Associados, em sociedade com
Alfrízio Melo. A agência se tornaria uma das maiores e mais importantes do
Nordeste. Italo Bianchi se desligou a agência que
levava seu nome em 1995, vendendo a participação acionária e passando a atuar
como pintor e designer. Ele retornou à empresa em 2005, como consultor. Também
atuava como consultor da Faculdade Maurício de Nassau.
O publicitário teve o câncer diagnosticado há cerca de seis meses. O estado de
saúde dele era delicado e tinha se agravado devido a um enfisema pulmonar. Ele
morreu às 16h, enquanto dormia.
(©
PE 360 Graus)
Morre o publicitário
italiano Ítalo Bianchi
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O publicitário morreu em casa, aos 84 anos |
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De Cidades/JC
O mundo publicitário está de luto. Aos 84 anos, morreu às 16h30 deste
domingo (5), vítima de um câncer no pulmão, o publicitário Italo
Bianchi. No momento da morte, estava em casa, no bairro dos Aflitos,
Zona Norte do Recife, acompanhado da esposa, Sônia Bianchi. O velório é
realizado durante esta noite e a madrugada de segunda no Cemitério de
Santo Amaro, área central da capital, e o enterro está programado para
12h, também em Santo Amaro.
Natural de Milão, na Itália, Bianchi chegou ao Brasil em 1950, após a
Segunda Guerra Mundial. Teve cinco filhos, sendo um italiano e quatro
brasileiros. Seu primeiro destino no novo País foi São Paulo, onde
trabalhou como editor do caderno de artes do jornal O Estado de São
Paulo. Veio para o Recife em 1968 e, três anos mais tarde, fundou, junto
com outros dois amigos, a Italo Bianchi Publicitários Associados.
“Havíamos trabalhado juntos na ProN Propaganda. Ficamos amigos e
acabamos fundando a Italo Bianchi Publicitários Associados, em 1971”,
lembrou Alfrízio Melo, amigo e sócio de Bianchi. “Aprendemos muito com
ele”, completou.
Mas Bianchi não se dedicou apenas ao mundo publicitário. Durante vários
anos foi cronista do Jornal do Commercio, cenógrafo do Teatro Brasileiro
de Comédia e da Companhia Cinematográfica Vera Cruz e artista plástico.
Além disso, lançou um livro sobre as coletâneas de crônicas publicadas
no JC. Ele tinha se afastado da agência de publicidade há 10 anos e,
atualmente, atuava como consultor da Faculdade Maurício de Nassau.
Para Guido Bianchi, filho de Italo Bianchi, o pai teve o mérito de
ensinar como fazer boa publicidade aos que trabalharam com ele. “Ele
conseguiu formar muitos profissionais, com seu jeito sério e
comprometido de trabalhar. Além disso, deixou como lição o fato de não
gostar de propaganda mentirosa. Deixou esse legado como ensinamento”.
Bianchi revolucionou o panorama publicitário do Nordeste. Autor de
várias propagandas reconhecidas, ganhou vários prêmios, notoriedade no
ramo e, acima de tudo, respeito. “Ele era um marido maravilhoso. Estava
debilitado com a doença, que é devastadora, mas bastante lúcido,
consciente e lutando contra o sofrimento”, afirmou Sônia Bianchi, esposa
de Italo Bianchi. Os dois eram casados há 40 anos. “Nos conhecemos em
São Paulo, assim que ele chegou da Itália. Quando decidiu vir para o
Nordeste, estava ao seu lado”, completou Sônia, que teve uma filha com
Bianchi.
À família, Bianchi sempre demonstrou que queria ser enterrado da forma
mais simples possível. “Ele nunca gostou muito dessas coisas. Falava
para nós que não fizéssemos nada de mais”, completou Guido Bianchi.
Ateu, teve o principal desejo atendido. “Ele fez questão que não
chamássemos padres ou pastores. Não queria conotação religiosa em seu
último momento”, finalizou Guido.
(©
JC Online)
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