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Tenor vaiado diz que vai processar o La Scala de Milão

14/12/2006

O tenor Roberto Alagna


Roberto Alagna quer retomar o espetáculo, mas o teatro recusou seu retorno

Reuters

ROMA - O famoso tenor Roberto Alagna, que abandonou o palco do La Scala de Milão no meio de uma ópera depois de ter sido vaiado, disse nesta terça-feira que está disposto a processar o teatro se seu retorno ao espetáculo não for permitido.

O francês Alagna, considerado por alguns críticos o "novo Pavarotti", deixou o palco da celebrada produção da ópera Aída, de Verdi, montada por Franco Zeffirelli, depois que um pequeno setor da platéia o vaiou no meio de uma ária.

O incidente, que especialistas dizem ser inédito na história do La Scala, obrigou o substituto do tenor a subir no palco de calça jeans e camiseta, para prosseguir com o espetáculo. Os organizadores pediram desculpas ao público. Era a segunda apresentação dessa montagem da ópera.

Processo

Alagna afirmou ter comunicado ao La Scala que está disposto a retomar o espetáculo, mas que o teatro recusou seu retorno, devido a um rompimento no contrato.

"Eles me mandaram uma carta dizendo que o contrato está anulado e que eles não vão pagar minhas despesas", disse Alagna à Reuters numa entrevista por telefone.

"Então procurei meu advogado hoje e vamos processá-los", disse ele. "Estou aqui há mais de um mês e trabalhei duro. Essa punição é excessiva".

Representantes do La Scala não estavam imediatamente disponíveis para confirmar o conteúdo da carta.

Rompimento

Numa declaração divulgada na segunda-feira, o diretor-artístico do La Scala, Stephane Lissner, disse que o comportamento do tenor havia provocado "um rompimento definitivo entre o artista e o público, que o La Scala não tem como consertar".

Alagna defendeu sua decisão de abandonar o espetáculo e disse que também estava com falta de ar. "Estão me tratando como um monstro, mas não cometi um crime, não fiz nada de errado", disse ele.

"Fui lá para cantar, para dar prazer e alegria à platéia. O que esperavam que eu fizesse quando as pessoas começaram a vaiar? E se eles tivessem me jogado pedras ou se algum louco tivesse me atacado? O La Scala teria que ter me protegido, o espetáculo teria de ser suspenso."

"Mas não, eles prosseguiram como se nada tivesse acontecido. No fim das contas, John Lennon acabou sendo assassinado", afirmou.

Alagna disse sentir que o público ainda o quer no palco, e que o La Scala está errado em fechar as portas para ele. "São eles que estão faltando ao respeito com o público, se não me deixarem voltar. Tenho mais cinco apresentações para fazer, e o público está me esperando", disse o tenor, de 43 anos.

Alagna já tinha reclamado sobre o excesso de exigência do público do La Scala, que paga até 2 mil euros por um ingresso. Depois da estréia da Aída, na quinta-feira, o tenor comparou o La Scala a uma arena de touradas.

(© Agência Estado)

Visite o site oficial do Teatro alla Scala


È stato sostituito da Fraccaro, dopo la precipitosa «fuga» di domenica

Alagna, «one man show» davanti alla Scala

Il tenore ha cantato in piazza proprio durante la rappresentazione dell'«Aida»: «Sono qui per un ultimo ricordo, amo questo teatro»

MILANO - Roberto Alagna è uno che non si rassegna facilmente. Il tenore, protagonista nelle vesti di Radames dell'«Aida» che ha aperto la nuona stagione scaligera e che qualche giorno fa ha fatto parlare di sé per l'improvvisa uscita di scena a causa di alcuni fischi di troppo da parte del pubblico, è tornato alla ribalta. Prima aveva annunciato che giovedì sarebbe andato in scena, come previsto dal contratto e che in caso contrario avrebbe fatto causa al teatro. Poi è arrivata la risposta della Scala, prima per voce del sovraintendente Lissner («Strappo definitivo con il pubblico e il teatro, non ricucibile») e poi con una fredda nota ufficiale: giovedì Radames sarà interpretato da Walter Fraccaro.

Ma il tenore «ribelle» non ci sta e giovedì sera, mentre dentro la Scala si eseguiva la replica in programma, si è presentato davanti al teatro per il suo «one man show».

LO SHOW - Presentatosi pochi minuti prima dell'inizio dell'«Aida», Alagna ha cominciato a intonare la sua parte, circondato da curiosi e fotografi. Poi, con gli occhi rivolti al teatro del Piermarini, ha eseguito un passaggio della «Madame Butterfly» di Puccini, dove si parla di un «Fiorito santuario di felicità e amore». Poi ha scattato una foto della Scala con il suo cellulare: «Sono venuto per avere un souvenir, il mio ultimo ricordo felice della Scala, dato che non so quando potrò rivederla». Alagna ha anche annunciato di aver dato incarico ai suoi legali di procedere contro il teatro, ma si è detto anche dispiaciuto della piega presa dalla vicenda. «Amo davvero questo luogo e il suo pubblico - ha detto -. Per esserci ho rinunciato a una produzione molto importante al Covent Garden, ma l'ho fatto con piacere».

(© Corriere della Sera)

 

VÍDEO:

Veja o tenor Roberto Alagna interpretando "La Marseillaise"

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