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Sophia Loren lança Calendário Pirelli 2007 em Londres

21/11/2006

Sophia Loren, uma das musas do Calenário Pirelli 2007, diz que sua beleza é genética

MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
Enviado especial da Folha de S.Paulo a Londres

Foi lançado na ultima quinta-feira, em Londres, o Calenário Pirelli 2007, com fotos de cinco atrizes: Sophia Loren, Penelope Cruz, Hylary Swank, Naomi Watts e Lou Doillon. As imagens foram clicadas pelo casal holandês Inez Van Lamsveerde e Vinoodh Matadin.

Em entrevista coletiva à imprensa, os fotógrafos, Loren e Doillon (jovem atriz francesa filha de Jane Birkin e modelo de grifes como Givenchy e Miu Miu) falaram sobre o trabalho, que foi realizado numa casa na Califórnia.

Como era de esperar, a diva italiana viu-se obrigada a responder perguntas sobre seus "segredos" para se manter em forma, magra, linda e maravilhosa aos 72 anos. Simpática, falando em inglês, italiano e francês, ela disse que a explicação é genética: "É uma questão de DNA, algo que vem de minha família. Minha mãe era uma bela mulher e eu herdei isso dela".

Todas as fotos foram feitas com as atrizes sobre uma cama de casal com um lençol. Segundo os fotógrafos, que já fizeram campanhas famosas para Calvin Klein, Louis Vuitton e Yohji Yamamoto, a idéia era fugir das tradicionais belas locações e criar uma atmosfera sexy intimista. Na edição entraram 26 imagens, todas em preto e branco.

Loren afirmou que se sentiu um pouco surpresa com o convite. "Quando me chamaram, pensei: o que será que eles pretendem fazer comigo? Mas logo decidi aceitar. O resultado ficou ótimo", disse.
Divulgação
Penelope Cruz está no calendário da Pirelli
Penelope Cruz está no calendário da Pirelli

Realmente, as fotos exibidas para a imprensa num "making of" do calendário são muito boas, e se você quiser saber a opinião deste repórter, as de Penelope Cruz são matadoras.

O Calendário Pirelli, que completa 42 anos, não estará à venda. Ele é distribuído para 30 mil pessoas escolhidas pela empresa.

(© Folha Online)

Visite o site do calendário Pirelli


Mulheres italianas ainda distantes do poder e da política

Foto: Donne in Politica

Presença das mulheres italianas na Câmara e no Senado é praticamente simbólica.

A Itália não foge à regra. A participação das mulheres na política, nos postos de decisão, é escassa e nem de longe corresponde ao jargão do senso comum, segundo o qual a presença feminina cada vez mais ocupa espaços tradicionalmente dominados pelos homens. Atualmente, mesmo sendo um Governo em tese identificado com idéias “progressistas”, apenas duas mulheres ocupam a chefia de ministérios (com pasta) e, entre os cargos denominados subsecretários, somente 9,7% são mulheres.

No Parlamento, a presença das mulheres é um indicativo de como elas praticamente estão fora da política. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, há 71 mulheres contra 546 homens – 11,5% do total. Já no Senado, o percentual se reduz mais ainda, chegando a 8,1% - 26 mulheres contra 295 homens. 

A situação não melhora muito, conforme os dados apresentados pelo projeto Donne in política, quando são analisados os resultados eleitorais das eleições que renovaram os governos regionais, quando foram eleitas apenas duas mulheres como presidente de Juntas – em Piemonte e na Úmbria. Em termos de administração local, seis províncias de 102 estão nas mãos de mulheres, que também respondem por  7% dos postos de prefeito.

No Parlamento Europeu, 17,9% da representação italiana é de mulheres, o que coloca o país na última classificação no continente, cuja média de participação das mulheres fica em 30,3%.

Examinando-se os dados estatísticos de uma maneira geral, percebe-se que o fenômeno não é  italiano, mas mundial, sendo notado especialmente nos países G8, integrado pela nações mais ricas do mundo, onde o percentual de mulheres nos parlamentos chega a 15,9%, um resultado que fica praticamente no mesmo nível do registrado na África sub-sahariana, que fica em 15,3%.

Por isso, novamente o problema voltará a ser alvo de debates e discussões durante um encontro que ocorre em Roma, nos dias 21 e 22, na Câmara dos Deputados. Donne e Plitica – alle radici della disuguaglianza di genere.

Mais uma vez, se buscará compreender as razões que mantém as mulheres distantes da política, visando formular e experimentar hipóteses de soluções desse problema, seja no plano das políticas públicas, seja na prática cotidiana das organizações das mulheres. Afinal, como o projeto destaca, “il mancato accesso delle donne alla politica non solo incide negativamente sulla condizione femminile, ma pone in discussione anche lo stesso statuto delle democrazie occidentali”.

(© Oriundi)

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