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Homem observa queijos no Salão do Gosto, em
Turim; a feira comemora os dez anos do
movimento slow food, que opõe-se à cultura
do fast food e defende a diversidade
culinária |
ROMA, 25 out (AFP) - Criado em contraposição ao "fast
food" (comida rápida), o movimento italiano "slow food" (comida lenta)
comemora 10 anos com a inauguração, na quinta-feira, em Turim (norte),
do sexto Salão do Sabor, a feira do bem comer, destinada a promover o
patrimônio gastronômico mundial, sobretudo dos países do Terceiro Mundo
e da América Latina.
Fundado pelo gastrônomo e sociólogo italiano Carlo Petrini, o movimento
"slow food" se propõe a valorizar os produtos da horta e fomentar uma
forma lenta e segura de comer.
O movimento de caráter filosófico-alimentar, que defende o prazer do bem
comer e a escolha de produtos naturais, tudo isto num ambiente
acolhedor, conquistou adeptos em dez anos e se globalizou.
Neste ano, a organização quis dedicar mais espaço ao evento paralelo
Terra Mãe, que reúne 5.000 agricultores de 130 países, para favorecer o
intercâmbio de experiências entre pequenos produtores, os quais costumam
viver em áreas isoladas e são pouco conhecidos no mundo.
Considerado o verdadeiro motor da manifestação, o encontro entre
pescadores, pastores, nômades e depositários de um "saber tradicional"
permitiu criar uma consciência em muitos países sobre o enorme valor
destes produtos para a riqueza cultural, a biodiversidade e a
conservação dos valores eno-gastronômicos.
O Salão do Sabor, aberto ao público, tem pavilhões com "produções de
qualidade" e constitui "a maior exposição de produtos de alta
biodiversidade agro-alimentar existentes no planeta", segundo o
comunicado oficial do evento.
(©
UOL Diversão & Arte)
Festival une 'chefs' palestinos e de Israel na Itália
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A "Mostra do Sabor" mostra produtos
cobiçados por gourmets |
Chefs de cozinha israelenses e palestinos foram convidados
para preparar um banquete conjunto em um dos mais famosos festivais
gastronômicos do mundo.
O Salone del Gusto, ou "Mostra do Sabor",
que está sendo realizado em Turim, na Itália, é uma vitrine para o
movimento Slow Food ("Comida Lenta", em tradução livre), fundado
para conter a expansão do fast food.
A refeição "da paz", em que os chefs dos dois lados
do conflito no Oriente Médio vão se ajudar usando o melhor das tradições
culinárias de suas comunidades, é um dos destaques do festival, que está
celebrando seu décimo aniversário.
Os cozinheiros são membros da
associação Chefs pela Paz, que nos últimos cinco anos vem
tentando promover o diálogo entre israelenses e palestinos por meio da
paixão comum pela boa comida.
Discussões
Outros eventos do festival incluem reuniões a
respeito do impacto imediato da guerra em comunidades agrícolas e também
sobre a devastação a longo prazo causada pela destruição de lavouras e
rebanhos na região do conflito.
O movimento Slow Food - que completa 20 anos
em 2006 - visa promover a agricultura com técnicas e produtos
tradicionais, para conter o avanço da agricultura industrial.
O movimento também visa promover a biodiversidade e
responsabilidade ambiental por parte dos consumidores.
(©
BBC Brasil) |