Esse tipo de análise é uma das
tentativas mais ambiciosas da ciência para traçar as raízes de doenças herdadas por
meio da detecção de diferenças genéticas em uma população homogênea. Projetos
semelhantes estão em andamento na Sardenha, Islândia e nas ilhas do Pacífico. Os
aldeões concordaram em participar depois que lhes foi explicado que possuem um conjunto
único de genes que poderá ajudar a criar melhores medicamentos.
Cilento, a duas horas de Nápoles, foi escolhida porque há milênios seus
habitantes não sofrem interferência da imigração. Algumas vilas, com 600 a 2 mil
habitantes, ainda falam grego antigo e albanês. No próximo ano, mais 70 vilarejos de
Cilento devem aderir ao projeto.
Uma equipe do Instituto Internacional de Genética e Biofísica vai
pesquisar 500 anos de certidões de batismo para construir a genealogia das famílias.
Entrevistas com médicos, coleta de sangue e análise de DNA vão ajudar a
formar um banco de dados genéticos. (The Guardian)