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Esquerda lança candidato a primeiro-ministro

24/10/2000

 

 

  ROMA - Francesco Rutelli, prefeito de Roma, desde domingo candidato da centro-esquerda italiana ao cargo de primeiro-ministro nas próximas eleições, vai ter que demonstrar que não é só uma cara bonita.

   Conhecido como "Piacione" (Gostosão), por exibir sua beleza e gostar de aparecer em público, será obrigado a provar que é bom político e sua administração de Roma pode ser considerada um exemplo de eficiência para derrotar o grande comunicador Silvio Berlusconi, o outro candidato, líder da direita e dono de um império de televisão.

   Por enquanto, segundo pesquisas de opinião, Berlusconi está disparado na frente, com 57% da preferência para 34% da esquerda.

   A candidatura de Rutelli, lançada oficialmente durante um congresso em Milão, foi possível graças à saída do atual primeiro-ministro, Giuliano Amato, do páreo esquerdista para lançar candidato nas eleições de 2001.

   Havia resistências internas e do eleitorado contra Amato devido a seu passado de ativo e importante colaborador de Bettino Craxi - líder socialista que se tornou símbolo da corrupção no país.

   O prefeito de Roma não tem os reconhecidos méritos do competente professor Amato, mas os dois vão trabalhar juntos e os sucessos obtidos principalmente na área econômica pelos governos de esquerda, no governo desde 1996, serão um dos pontos fortes da campanha eleitoral.

   Apresentando-se como a expressão de uma nova geração de líderes políticos, Francesco Rutelli, de 46 anos, deve sua popularidade - principalmente na região centro-sul, à competente administração da cidade mais importante da Itália, que ele dirige pela segunda vez.

   Foi eleito em 1993 e reeleito em 1997.

   O jubileu do ano santo 2000, instituído pelo papa João Paulo II, organizado em colaboração com a prefeitura de Roma, é um sucesso pessoal de Rutelli.

   Graças ao evento, de repercussão internacional, o prefeito estreitou os laços com a Santa Sé e conquistou a simpatia de muitos católicos, apesar de ter permitido que a marcha gay fosse feita na capital. Comunhão e Libertação, um dos movimentos católicos mais influentes da Itália, apóia a Força Itália, coalizão de Berlusconi, em todo o pais, mas em Roma está com o prefeito da cidade, que contém o pequeno Estado do Vaticano.

   Rutelli casou-se no religioso com a companheira Barbara Palombelli, conhecida jornalista, com quem tem dois filhos.

   Ativista pelos direitos civis, antimilitarista e ecologista, foi secretário do Partido Radical de Marco Pannella - um dos que mais se bateram pelo divórcio e a legalização do aborto Chegou a ser preso nos anos 80 durante uma manifestação contra as centrais nucelares.

   "É só uma imagem, vazia, que vive de pesquisas de opinião", dizem de Rutelli adversários da direita. Mas seu principal inimigo político, o bem documentado e insistente Teodoro Buontempo, do partido ex-fascista Aliança Nacional, alerta os aliados da Força Itália: "Seis anos como prefeito de Roma mudam qualquer um e Rutelli agora é um candidato perigosíssimo." (Assimina Vlahou, OESP)


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