O alemão Michael Schumacher fez história nesta madrugada de domingo. Ao vencer o GP do Japão, ele conquistou seu terceiro título mundial da F-1 e quebrou um jejum de 21 anos sem título de pilotos de sua equipe, a Ferrari, a mais tradicional da categoria.

  Com a vitória, Schumacher chega a 98 pontos no Mundial e não pode mais ser alcançado pelo finlandês Mika Hakkinen, da McLaren, que tem 86 pontos e foi campeão da categoria nos dois últimos anos.

  Hakkinen liderou boa parte da prova desta madrugada, mas terminou na segunda colocação. O terceiro foi o escocês David Coulthard, da McLaren, seguido pelo brasileiro Rubens Barrichello, da Ferrari. O inglês Jenson Button, da Williams, e o canadense Jacques Villeneuve, da BAR, completaram a zona de pontuação.

  Schumacher tinha a pole position, mas acabou largando mal em Suzuka. O alemão puxou sua Ferrari para a direita, na tentativa de bloquear o caminho de Hakkinen. Não deu certo.

  O finlandês conseguiu trazer seu McLaren mais ainda para a direita e pular na frente de Schumacher, assumindo a liderança da corrida. Já Rubens Barrichello, que largou em quarto, acabou perdendo duas posições.

  Rapidamente, Hakkinen e Schumacher passaram a ditar um ritmo de prova bem diferente dos outros concorrentes, com voltas muito rápidas. O finlandês foi ligeiramente mais rápido nesta parte da prova, mas conseguiu abrir, no máximo, 2s3.

  Os dois líderes foram os últimos a fazer a primeira parada de boxes. Hakkinen parou na 22ª volta e perdeu 6s8. Schumacher veio logo a seguir, e a Ferrari o mandou de volta à pista 7s4 depois. Barrichello ganhou duas posições e foi para quarto, de onde não mais saiu.

  A esta altura, a garoa começou a cair um pouco mais forte em Suzuka. Com pista escorregadia, Schumacher passou a tirar a diferença para Hakkinen, diminuindo para menos de um segundo a vantagem do piloto da McLaren.

  Mas foi entre as voltas 37 e 40 que tudo acabou decidido. No 37º giro, Hakkinen fez sua segunda parada nos boxes em 7s4. Schumacher manteve-se na pista e fez três voltas fantásticas, enquanto o finlandês estava com pneus frios e o carro pesado, cheio de combustível.

  Na 40ª volta, o alemão foi para a sua segunda parada. E aí foi a vez de a Ferrari fazer sua parte, realizando o trabalho de boxes em 6s0. Schumacher voltou a pista na primeira colocação, com mais de quatro segundos de vantagem para Hakkinen.

  Daí para frente, foram 13 voltas de mais emoção e expectativa. A pista continuou escorregadia devido à insistente garoa. Mas Michael Schumacher levou sua Ferrari na ponta dos dedos até o fim, até mesmo aumentando sua vantagem para Mika Hakkinen.

  Depois de 21 anos, os italianos e o mundo viram um piloto da Ferrari ser o campeão do mundo. E Michael Schumacher, tal como Ayrton Senna, Nelson Piquet e outras lendas do automobilismo, é o tricampeão mundial da F-1. (UOL)