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Festival de Trieste abriu com o brasileiro "A rocha que voa"

22/10/2002

 

 

TRIESTE, Itália - A XVII edição do Festival de Cinema Latino-Americano de Trieste, no qual 15 filmes de oito países concorrerão ao prêmio do júri, foi aberta sábado, com a projeção do filme brasileiro "A rocha que voa", de Eryck Rocha. Uma seção informativa, com vários títulos recentes, e uma vasta exibição de curta-metragens do Brasil, da Argentina e do México ocupam a maior parte da programação do festival de Trieste, considerado a principal vitrine da cinematografia latino-americana na Europa, juntamente com o festival Ibero-Americano de Huelva (Espanha).

   Até o próximo dia 27, a cidade italiana que faz fronteira com a Eslovênia, a Oeste do Golfo de Veneza, exibirá o potencial de uma indústria múltipla e diversa.O filme "A rocha que voa" é o primeiro longa premiado no Festival Cinesul do Rio de Janeiro. O diretor Eryck Rocha, neste filme, homenageia seu pai, Glauber Rocha, um dos maiores cineastas brasileiros de todos os tempos.

   Baseado na vida de Glauber Rocha, precursor do chamado "cinema novo ", "A rocha que voa" é um documento revelador sobre o período em que o diretor de filmes como "Deus e o Diabo na terra do Sol" e "Terra em transe", morto em 1981, viveu exilado em Cuba, entre 1971 e 1972.

   O longa de Eryck Rocha dividirá a seção especial do Festival de Cinema Latino-Americano de Trieste com outras duas produções:"Tiempo de morir", cuja direção e cenografia são do colombiano Jorge Ali Triana e do Prêmio Nobel Gabriel García Márquez, respectivamente; e "Mina Alaska", do boliviano Jorge Ruíz.

   A seção competitiva contará ainda com a exibição de 15 títulos, entre os quais estão os brasileiros "Lavoura Arcaica", de Luiz Fernando Carvalho, "Neto perde sua alma", de Beto Souza e Marcelino Tabajara, e "Rua 6 s/n", de João Batista de Andrade.

   A programação paralela inclui seções curiosas como a que dedicará um dia inteiro ao Movimento dos Sem Terra (MST), na qual serão exibidos vídeos realizados durante os mais de 20 anos de lutas e ocupações de terras no Brasil.

   Para os saudosistas estão reservadas sessões que projetarão filmes históricos do cinema mudo produzidos em três países: Brasil, Argentina e México.Após o Festival, uma seleção dos filmes exibidos poderá ser vista em diferentes cidades italianas, como Pádua, Verona, Milão, Roma e Turim. (Agência EFE)

(© JB Online)


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