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Grupo italiano mostra três espetáculos no Rio |
03/10/2002
Luciana Pereira*
Um grupo italiano de teatro influenciado pela capoeira, pelo maculelê e
pelo candomblé? Pois é isso que a companhia Potlach afirma ser. O grupo, que se
apresenta no Rio depois de uma passagem pelo Rio Grande do Sul, onde participou da nona
edição do festival Porto Alegre em Cena, diz ter uma ligação muito forte com o Brasil
e com as manifestações culturais do país.
São manifestações artísticas que envolvem o corpo e a dança, foco
do nosso teatro diz o diretor do grupo, Pino di Buduo, que pretende em breve montar
um texto de autor brasileiro. O trabalho dos artistas do Brasil em geral nos
interessa muito.
Fundado em 1976 e formado por nove atores, o Potlach fará quatro
apresentações no Rio. Na sexta-feira, no Espaço III do Teatro Villa-Lobos, às 20h, ele
encena Furacões (Uragani), musical de Bertolt Brecht e Kurt
Weill, definido pelo diretor da companhia como um concerto de ator. O mesmo
espetáculo será apresentado sábado, no Teatro Glaucio Gill, às 21h. Ainda no sábado,
às 16h, no Villa-Lobos, o grupo mostra As histórias de Fernando, teatro de
marionetes que conta a História da Itália desde a Segunda Guerra até os dias atuais,
recuperando a tradição italiana de teatro de bonecos.
Para encerrar a temporada carioca, o Potlach apresenta, na segunda-feira, às
18h30m, no Istituto Italiano di Cultura, a peça Álbum Fellini, uma versão
do espetáculo Felliniana, encenado no festival de Porto Alegre. Todos os
espetáculos têm entrada franca, assim como as oficinas de clown e voz que o grupo está
ministrando para alunos de teatro.
Grupo quer mais integração com artistas brasileiros
O Potlach, que esteve pela primeira vez no Brasil em 1987, voltou a convite
do Istituto Italiano di Cultura e da Secretaria estadual de Cultura. No próximo ano, a
companhia vem mais uma vez ao país, novamente para o festival de Porto Alegre, e já
planeja uma integração maior com os artistas brasileiros.
O público aqui se deixa surpreender pela montagem. Na Europa, há um
pouco de preconceito, o que acaba tirando o impacto do teatro diz Buduo.
Informações sobre os espetáculos e atividades realizados pelo grupo podem
ser obtidas no Istituto Italiano de Cultura: 2532-2146.
* Do Globo On Line
(© O Globo On Line)
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