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Notizie d'Italia

 

Natureza e história reunidas à italiana

03/10/2002

 

 


Ana Lúcia Borges

   Va bene , Florença, na Itália, tem a capacidade de consumir o tempo dos turistas. Os jardins, os museus e as galerias da capital da arte renascentista têm tanta informação que o viajante às vezes nem sabe por onde começar. Mas, passados os primeiros dias de visita, que tal conhecer um pouco dos arredores? A 20 minutos dali, está a pequena Fiesole. No alto de uma colina, a cidade parece um cenário daqueles cartões-postais típicos da Toscana. A beleza difere um pouco da de Florença: o passado parece estar mais presente. A natureza dá o ar de sua graça em cada canto da cidade, que preserva algumas ilhas de verde, onde não há nada além de alamedas de ciprestes ou casas seculares cercadas de oliveiras.

   Para chegar, é fácil: basta pegar, na estação de Santa Maria Novella, em Florença, o ônibus de número 7, que passa a cada 20 minutos. Circular pela cidade também é facílimo. Faça tudo a pé. Assim que desembarcar em Fiesole, vá ao escritório de informações turísticas e pegue um mapinha ilustrado da região. Não deixe de descobrir as novidades de eventos — sempre pode haver algum bom programa. Até o fim deste mês, já está fechada parte da programação oferecida aos turistas, incluindo passeios de grupos guiados aos jardins, parques e fontes fiesolanos, que pode ser agendada por telefone.

Convento de São Francisco é uma das atrações da cidade

   Depois de passar no centro de informações, o passeio pode começar pelo topo de Fiesole, no Ponto Panorâmico, localizado no Parco della Rimembranza, de onde se tem uma das vistas mais belas de Florença. Em seguida, o viajante pode visitar a Igreja e o Convento de São Francisco, no topo da cidade, próximo ao Parque Público. Com sorte, será presenteado com a voz de monges entoando cantos gregorianos. A decoração é um atrativo à parte: nas paredes da igreja, há resquícios da arte renascentista que ainda se respira na Toscana. Há painéis e obras de artistas como Piero de Cósimo, Raffaellino del Garbo e Neri de Bicci.

   A visita ao local reserva outras gratas surpresas. Os dois claustros do convento têm jardins floridos e são um convite à contemplação. No Conventino de São Bernardino, no mesmo lugar, mais mostras do passado: pequenas celas onde viviam os frades da ordem franciscana, em que cabem no máximo uma cadeira e uma escrivaninha, são visitadas por turistas que deixam nos quartos moedas e pedidos.

   Seguindo-se pelo Parque Público, vizinho do convento, pode-se caminhar até a Área Arqueológica, um jardim etrusco-romando de mais de dois mil anos, cercado de ciprestes e, durante a primavera e o verão, coberto de margaridas. Localizado na área, um anfiteatro romano também impressiona por ser um espelho do passado. Os resquícios da arena foram encontrados em 1809 e, de lá para cá, foram restaurados. A arena, de 34 metros de diâmetro, tem a parte central apoiada diretamente numa rocha e ainda hoje é cenário de eventos. Ali são realizados concertos musicais e apresentações de dança que param a cidade. A chamada série “Estate fiesolana” (Verão fiesolano) é o ponto alto e tem festivais de ópera e dança ao ar livre.

   Fora da área das escavações, há ainda museus que guardam vestígios da civilização romana na cidade. Uma visita a este complexo, incluindo a escavação e os acervos, não leva menos de uma hora e meia. As demais igrejas da região, como a Basílica de São Alessandro, a Catedral de São Rômulo e a Abadia Fiesolana, também merecem constar do roteiro histórico do viajante.

   E, na volta do passeio, antes de pegar o ônibus para Florença, não deixe de tomar um café na Piazza Mino. Aproveite e lance um olhar sobre a paisagem das montanhas. É, sem dúvida, um cenário difícil de esquecer.

Programe-se na cidade

COMO CHEGAR

De avião: Não há vôos diretos do Rio para Florença. A Varig e a Alitalia oferecem o trecho até Roma ou Milão.É preciso pegar uma conexão. Na classe econômica promocional, o vôo da Varig custa R$ 3.667,13, ida e volta.

De ônibus: Da estação de Santa Maria Novella, em Florença, pode-se pegar o número 7, com ponto final em Fiesole. A viagem dura 20 minutos.

PONTOS TURÍSTICOS

Área Arqueológica: O bilhete para este local inclui entrada para os museus Bandini e Cívico, além da Coleção Costantini de arte. O endereço é Via Portigiani 1. Telefone: (55) 59477.

Museus: O Museu Bandini tem coleções de telas renascentistas (Via Dupré 1). O Cívico tem resquícios de sítios arqueológicos (Via Portigiani 1).

Igrejas: O Convento de São Francisco fica aberto, durante a semana, das 10h às 12h e das 15h às 18h. Fica na Via San Francesco e hospeda um museu etnográfico. Telefone: (55) 59175. A Catedral São Rômulo, uma basílica, fica na Piazzetta della Cattedrale. A Igreja de São Alessandro fica na Via San Francesco. A Abadia Fiesolana é na Via San Domenico.

PASSEIOS: Há visitas guiadas organizadas pela prefeitura aos jardins de Fiesole e ao Parque Montececeri. O passeio custa 3 euros. Reservas pelo "telefone verde“ da prefeitura: 800-414240.

INFORMAÇÕES TURÍSTICAS

Escritório de informações turísticas: Fica na Via Portigiani 3/5. O telefone é (55) 598720. Há mais dados no site <www.comune.fiesole.fi.it>.

Enit: Mais informações podem ser obtidas no Ente Nazionale Italiano per il Turismo, que fica na Avenida Paulista 2.073, 24º andar, Horsa II, São Paulo. Tel.: (0XX11) 3179-0146. E-mail: <enit@italcam.com.br>. Home page:<www.enit.it>.

 

Para saber mais sobre:

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