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"Igreja inflável" quer atrair jovens nas praias da Itália

20/08/2008

 "Igreja inflável" quer atrair jovens em praias
 

da BBC

Ao lado de discotecas e bares da orla marítima italiana, um grupo de católicos resolveu instalar uma estrutura desmontável de plástico, com 30 metros por 15, para divulgar a fé cristã aos jovens que freqüentam a noite.

Conhecido por usar métodos de evangelização diferentes para atrair fiéis, como pregar em postos de gasolina nas estradas, discotecas ou bares, o padre Andréa Brugnoli, fundador de uma associação de jovens católicos chamada "Sentinelas do Amanhecer", resolveu disputar a atenção de moças e rapazes que freqüentam a vida noturna do verão italiano com uma "igreja inflável", onde eles poderão se aproximar do cristianismo.

"Nem sempre há uma igreja perto dos locais de diversão para acolher os jovens que durante a noite estão em busca de Deus, assim decidimos investir nesta estrutura inflável", disse Brugnoli.

A "igreja" pode ser montada em poucos minutos, não tem teto e as cores são preto e cor-de-rosa. Nela, sacerdotes e jovens da associação --fundada em 2000 com a benção do papa João Paulo 2°-- vão receber quem estiver interessado.

"É um espaço de oração, silêncio e escuta dos jovens, em lugares muito freqüentados nas noites de verão, como as praias com seus bares na areia. Criamos simplesmente ocasiões de diálogo sobre a fé em Deus e os problemas ligados a ela", disse o religioso à BBC Brasil.

Eucaristia e música

Segundo a descrição de padre Brugnoli, a "igreja inflável" é uma grande sala com um espaço para o cálice da Eucaristia e outro para uma banda que toca músicas religiosas ao vivo "para ajudar a criar um ambiente de oração".

"É necessário um pouco de intimidade para falar de coisas um pouco mais sérias. Queremos criar um espaço diferente, onde o jovem não se sinta observado e possa se expressar livremente sem se envergonhar diante dos outros. Entrando nesse globo, eles são mais sinceros", afirmou o padre Brugnoli.

A evangelização dos "Sentinelas do Amanhecer" chama-se "Uma Luz na Noite". Eles saem, de dois em dois, a procura de outros jovens que estejam interessados em ter um contato com a fé cristã. Desde 2002, esta operação foi realizada mais de 300 vezes, em cerca de 50 cidades italianas.

Durante o inverno, a operação é feita em bares, praças e discotecas, e os jovens são levados para as igrejas próximas. "No verão, preferimos ir às praias, sob as estrelas, de frente para o mar, que é muito bonito", explicou o religioso.

Antes de comprar a "igreja inflável", eles chegaram a montar um espaço, com material de construção, na praia de Bibione, perto de Veneza. Mas era muito pesado e perigoso, por isso procuraram uma estrutura alternativa e mais fácil de montar.

Segundo padre Brugnoli, no ano passado, só na praia de Bibione, em três horas de atividade noturna contataram mais de mil jovens.

"A sede de Deus nos jovens de hoje é muito grande, mas eles não têm lugares onde expressá-la e se confrontar. Ao invés de esperar que venham a igreja, jovens como eles vão a seu encontro e isso ajuda muito a se abrir. Jesus não esperava as pessoas em sua casa, ia até elas, queremos fazer a mesma coisa", afirmou o padre Brugnoli.

Polêmica

A iniciativa recebeu críticas em blogs e sites católicos italianos, onde alguns fiéis disseram não concordar com a informalidade do projeto.

"Os banhistas que desejam ir à missa, vistam-se como fiéis e procurem a igreja mais próxima", sugeriu um comentário no site da diocese de Cagliari, na Sardenha.

"Passar de uma arca toda de ouro, com querubins e tabernáculos, para um plástico inflável onde guardar a eucaristia, o mistério dos mistérios, é vulgar", disse outro comentário.

No entanto, as críticas não preocupam padre Brugnoli que fez questão de esclarecer que não se trata de uma igreja de verdade, porque não serão rezadas missas no local.

"As críticas são de poucos tradicionalistas que não estão bem informados sobre o que estamos fazendo. Esse espaço foi definido como "igreja inflável", parecendo até uma brincadeira. Para nós é um espaço sacro na praia, onde não fazemos missas, não é correto defini-lo como igreja inflável", disse.

O padre explicou que lá dentro será apenas realizada a adoração da Eucaristia, a exposição no altar do cálice da comunhão.

"Acompanhamos cada jovem a ajoelhar diante da presença real de Jesus e expressar uma oração, ajudando-os a redescobrir aquela fé que muitos tem, ainda que estejam distantes da igreja".

A inauguração devia ter sido na semana passada, na Sardenha, mas foi adiada por causa de um vento forte que dificultou a operação e obrigou os organizadores a desmontarem a estrutura.

Agora, a estrutura vai ser levada para outras praias italianas. A nova data de inauguração está marcada para dia 9, em Campomarino na região de Molise (sul da Itália). Depois, a "igreja inflável" será levada para as praias de Bibione e Ravena.

(© Estadão)

 


Messe volanti sulle spiagge, prima esperienza a Cagliari. Ma non tutti sono d'accordo e sul sito della diocesi fioccano le proteste

Addio oro e travertino: Ecco la chiesa gonfiabile

Addio oro e travertino Ecco la chiesa gonfiabile

La costruzione di una chiesa sulla spiaggia di Bibione nell'estate dello scorso anno

dal nostro inviato JENNER MELETTI

CAGLIARI - Sono emozionate, le Sentinelle del mattino. «Ragazzi, è bellissima. L'abbiamo appena ritirata dalla ditta che ce l'ha costruita. È un capolavoro». Sono emozionate, queste Sentinelle (chiamate così da papa Wojtyla che disse loro: «Giovani, voi stessi siate gli apostoli degli altri giovani»). Sulla spiaggia del Poetto a Cagliari stanno per montare la prima chiesa gonfiabile poggiata sul suolo italiano. Lunga trenta metri, larga quindici, colori nero e fucsia che non ricordano certo le cattedrali romaniche. È completa di altare, abside, confessionali. Cinque compressori, in cinque minuti, permetteranno di "costruire" una chiesa che nei secoli passati richiedeva decenni, se non secoli, di lavoro.

Una domanda è d'obbligo. Era proprio necessaria? "Ci serviva - risponde don Andrea Brugnoli, il prete delle Sentinelle, da anni impegnato a evangelizzare in luoghi insoliti come gli autogrill, le spiagge, le discoteche - un luogo sacro dove poter accogliere i giovani che la notte sono alla ricerca di Dio. Non sempre c'è una chiesa, accanto ai luoghi del divertimento e della movida. E allora abbiamo fatto questo investimento, con la chiesa gonfiabile. Ci costa tanto, decine di migliaia di euro, perché è stata progettata e costruita esclusivamente per noi. Ma non sarà usata solo in Sardegna: dopo Cagliari, andremo su altre spiagge: a Campomarino di Tremoli, a Bibione, a Ravenna. Sì, lo so che c'è qualche polemica. Qualcuno ha detto che dopo la chiesa gonfiabile arriveranno anche i cristiani gonfiabili, ma noi questa scelta l'abbiamo fatta con serenità. L'abbiamo deciso l'anno scorso, a Bibione. Anche là, durante l'opera di evangelizzazione, non c'era una chiesa vicina e allora l'abbiamo costruita, con i tubi in ferro, legno, teli. È stata una vera fatica ma in una sola sera in quella chiesa improvvisata sono entrati più di mille giovani".

Ancor prima che la chiesa sia gonfiata, c'è già chi parla di degrado della liturgia. Nello stesso sito ufficiale della diocesi di Cagliari - il cui arcivescovo, Giuseppe Mani, ha chiamato le Sentinelle - c'è chi si scatena contro questa cattedrale di plastica. "Terribilis est locus iste: hic domus Dei est, et porta caeli". Il fedele che si firma L. J. C. ricorda "l'introito della S. Messa per la dedicazione di una chiesa". "Terribile, o importante, è questo luogo. Questa è la casa di Dio e la porta dei cieli...Queste parole ci spiegano cosa si debba intendere per chiesa. Oggi invece si propone questa chiesa gonfiabile, piazzata in mezzo a ombrelloni, materassini e annesse nudità varie... Se i bagnanti vogliono andare a messa, si vestano da fedeli e vadano nella chiesa più vicina che spesso - è anche il caso della spiaggia del Poetto - non dista certo centinaia di chilometri". A L. J. C. fa eco, "con fraternità", Caterina. "Passare dall'Arca tutta d'oro, con cherubini e tabernacolo, a una plastica gonfiabile dove tenere l'Eucarestia, il mistero dei misteri, lo trovo veramente squallido".

Il sacerdote delle Sentinelle non si scompone. "La messa - dice -non è prevista, l'adorazione del Santissimo sì. La nostra chiesa sarà aperta dalle 23 alle 3 della notte e come tetto avrà la luna e le stelle. Non c'è copertura, infatti, nel nostro luogo sacro. Noi crediamo di avere fatto una cosa bella che speriamo sia gradita al Signore, il quale merita sempre il meglio". Per "favorire l'incontro fra Gesù e i giovani" le Sentinelle della notte le hanno provate tutte. Hanno celebrato messe negli autogrill, hanno costruito cappelle per l'Adorazione sulle spiagge e nei viali della movida. "Per fortuna - dice don Brugnoli - nella fede non c'è il copyright". E allora dagli Anglicani ha preso l'idea degli "inviti a cena con Gesù", dove si mangia gratis e alla fine c'è un prete che parla di Cristo, del diavolo, del peccato e della conversione. "Le parole più importanti Gesù le ha pronunciate a tavola", sottolinea.

Dall'Inghilterra arriva anche l'idea della chiesa gonfiabile. Oltre la Manica è ormai una moda, per chi ad esempio non vuole costringere gli invitati a un matrimonio a spostarsi dalla chiesa al luogo del ricevimento. Si affitta la chiesa, si monta sul prato della villa, chiama un sacerdote. Ci sono anche tariffe precise: per un giorno, 3 mila euro. Per 2 giorni, 4.200. Per un weekend, 7.850 euro. Ma là - e anche in Spagna - i "gonfiabili" sono diventati quasi una mania. Ci sono non solo le chiese, ma anche le discoteche, i night club, le sale da gioco. In pochi minuti, in occasione di feste o sagre, si può allestire un mezzo paese.

Per ora, in Italia, è arrivata la prima chiesa. Chi rimpiange le pietre e i marmi, durante la preghiera avrà comunque una chance. Non ci sono tegole, nella chiesa di plastica, nemmeno finte. Guardando in alto, si potranno ammirare le stelle.

(© La Repubblica)

Veja o vídeo da notícia (BBC)

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