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Italianos resgatam barco grego afundado há 2,5 mil
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30/07/2008
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Barco grego do século V antes de Cristo, recuperado na costa da Sicilia
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Pesquisadores italianos recuperaram barco da Grécia antiga que naufragou na costa da Sicília há cerca de 2.550 anos.
A operação de resgate dos destroços da embarcação da Magna Grécia, atual sul da Itália e Sicília, durou um dia inteiro, na costa da cidade de Gela, na sul da ilha.
Um guindaste apoiado sobre uma balsa içou para superfície o que sobrou de um antigo cargueiro movido a velas e remos. Acredita-se que ele não resistiu a uma forte tempestade.
A parte do casco que foi recuperada revelou que o barco é um dos maiores e mais bem conservados exemplares da sua classe já encontrados no fundo do mar.
Os destroços da embarcação repousavam a apenas cinco metros de profundidade e a menos de um quilômetro da costa. Eles foram recuperados com o auxílio de uma rede metálica, posicionada por mergulhadores ao redor do que sobrou do barco.
Ele tinha sido descoberto em 1988, mas na época não haviam sido identificados, por exemplo, nem cozinha nem a "cabine" do comandante, com o gancho de bronze para pendurar a roupa.
CaracterísticasAcredita-se que o barco pudesse levar uma tripulação de pelo menos 12 homens e tivesse 21 m de comprimento e oito de largura. Ele é semelhante a um descrito por Homero no poema épico Ilíada.
Segundo uma das técnicas de construção naval da época, o casco de madeira de pinheiro era reforçado e amarrado com laços de fibras vegetais. E isso faz dele um exemplar raro e de grande interesse arqueológico.
Já se previa que este naufrágio pudesse ser um dos mais importantes testemunhos da antiga história da navegação. O resgate de onze metros de casco vai ajudar a contar como era a vida 500 anos antes de Cristo.
Naquele período, Gela, antiga colônia grega, era um importante ponto de passagem para o comércio no Mar Mediterrâneo.
A carga principal, composta de ânforas com óleo de azeitonas e vinho, indica que este era um navio de cabotagem ao longo da costa da Sicília.
O barco redistribuía as mercadorias de porto em porto que tinham sido já transportadas e desembarcadas do Peloponeso e das Cíclades. Ele trazia ainda cerâmicas pintadas com figuras vermelhas e escuras e pequenas estátuas de madeira.
Moringas
"O barco naufragado deve ter vindo de um porto próximo a Gela, Camarina. Mas antes, quase com certeza, passou por Siracusa, antes ainda pela Catânia e talvez algum porto da Calábria, pois encontramos a bordo granito daquela região e pedra de lava", explicou a superintendente de Bens Culturais e Ambientais da Província de Caltanissetta, Rosalba Panvini.
Neste naufrágio foram encontrados cerca de 200 moringas, antepassados dos atuais contêineres.
Também foram recuperadas cerâmicas destinadas ao comércio e para o uso a bordo. A superintendente Rosalba Panvini conta ainda "naquele período os pedidos eram feitos pelos clientes e achamos no barco uma espécie de caneta, um objeto usado para anotar numa tábua de madeira revestida com cera o movimento da carga e, talvez, o diário de bordo, o que prova que havia um escrivão a bordo".
O barco "pescado" pelo guindaste foi mergulhado numa grande piscina de água doce para lavar o sal. Dentro de pouco tempo ele será transportado para os laboratórios da Mary Rosa Acheological Services, no condado de Hampshire, na Inglaterra.
Lá serão executados os trabalhos de restauração do casco.
(©
UOL Últimas
Notícias)
Recuperata in Sicilia una nave greca del 500 a.C. Sarà conservata nel museo del mare di GelaCALTANISSETTA - Una nave greco arcaica, risalente al 500 avanti Cristo,
affondata durante una tempesta a 800 metri dalla costa mentre da Gela stava
facendo ritorno in patria, è stata recuperata nel mare di contrada "Bulala", a
2 km a est di Gela. L'imbarcazione in legno, lunga 21 metri, è una delle poche
testimonianze di nave realizzata con fasciame «cucito», cioè legato da corde di
fibre vegetali. Il fondale argilloso, a cinque metri di profondità, ha
conservato e protetto la sua struttura fino ai nostri giorni.
Il relitto era stato individuato nel 1988 durante una delle loro immersioni
da Gino Morteo e Gianni Occhipinti, sub dilettanti locali. I due recuperarono
alcuni reperti e li consegnarono alla soprintendenza alle antichità di
Caltanissetta. Un sopralluogo degli archeologi permise di accertare la rilevante
importanza storico-culturale della scoperta.
Il recupero della nave è frutto della collaborazione tra la soprintendenza alle
antichità e ai beni culturali di Caltanissetta, la Guardia Costiera, l'Eni con
le sue aziende "Raffineria di Gela" e "Saipem" e l'impresa "Eureco" dell'indotto
del petrolchimico. Un pontone polivalente, il "Vincenzo Cosentino", dotato di
una gru da 200 tonnellate e camera iperbarica, ha portato in superficie la
chiglia della lunghezza di 11 metri e la cosiddetta "ruota di poppa" della nave.
Le parti del natante resteranno immerse per alcuni giorni in vasche piene di PEG
(glicole polietilenico), un protettivo chimico, e poi trasportate in
Inghilterra, nel laboratorio Mary Rose Archeological Services, di Portsmouth
(Ampshire) dove già si trovano da tempo i primi pezzi della prua, recuperati nel
2004. La Soprintendenza di Caltanissetta ha progettato la realizzazione di un
"museo del mare" da costruire nel "bosco littorio" di Gela, dove esisteva
l'emporio dell'antica colonia greca.
(©
Il Messaggero) | | | |
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