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Curitiba restaura painéis do italiano Giglio

04/07/2008

Painéis do artista italiano autodidata Franco Giglio, que emolduram a fachada de cemitério em Curitiba, estão sendo restaurados
 

Uma das principais obras realizadas pelo artista plástico italiano Franco Giglio, em Curitiba, capital do Estado do Paraná, começou a ser restaurada: os painéis, em mosaicos de vidro, localizados na entrada do Cemitério Municipal São Francisco de Paula, estão sendo recuperados por  empresa especializada, com recursos do Programa de Recuperação do Patrimônio Histórico do Fundo Municipal da Cultura. A iniciativa da prefeitura local está sendo coordenada  pela Fundação Cultural de Curitiba.

Instalado em 1966, com 110 m², o mural foi realizado num processo direto - o desenho foi elaborado na argamassa e colocado depois no painel por meio de pastilhas de vidro, numa composição com características estilizadas que lembram os períodos da arte bizantina/gótica. Franco desenvolveu uma narrativa que descreve com maestria e sutileza a cena de almas tentando entrar no céu, guiadas e protegidas por anjos tocando trombetas. Nas extremidades laterais, compõe o painel uma citação de Fagundes Varela. De matizes predominantemente azuis e verdes nas figuras e usando como fundo o branco, o artista obteve a representação de um cenário celestial que o local inspira.

A equipe de restauro está retirando os painéis do pórtico do cemitério, e realizando a limpeza e a recuperação das peças. "É um trabalho minucioso, feito com rigor técnico, para evitar novos problemas e reconstituir a obra de forma a aproximá-la ao máximo da sua concepção original", explica a diretora de Patrimônio Cultural da Fundação Cultural de Curitiba, Christine Vianna Baptista.

O artista

Franco Giglio nasce em Dolceacqua, em 17 de junho de 1937. Desenhista, pintor e muralista. Autodidata. Chega ao Brasil em 1956, fixando-se no Rio de Janeiro, onde trabalha na redação da revista “Il Mondo Italiano”, época que começa a desenhar. Colabora então com o muralista Antonio Mucci na execução de painéis em mosaico em Juiz de Fora, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo.


 
Franco Giglio, nascido em Dolceacqua, realizou inúmeras obras em Curitiba, onde viveu por 16 anos. Foto: Divulgação

Fixa-se em Curitiba em setembro de 1959, estabelecendo-se como mosaicista, profissão que, com o correr dos anos, o coloca entre os mais importantes profissionais do país. Realiza então murais de mosaico, alguns de grandes proporções, Para Assembléia Legislativa do Paraná, Cemitério Municipal de Curitiba, Colégio Lins de Vasconcelos (hoje Colégio OPET), edificio – Anita, Brasilino de Araújo, Cabral e Wawel, igreja matriz de Porto União-SC, além de outras residências particulares. Grandes painéis em cerâmica, entre os quais, para a Faculdade de Ciências Econômicas do Col[égio Bom Jesus , Palácio da Justiça do Paraná,Residências de N. Bonilauri e Adalice Araújo ( hoje no MUMA – Centro Cultural Portão), Prefeitura de Itajai SC. Executa projeto de Poty para Monumento ao Tropeiro, Lapa,e o projeto de Guyma para a agência do Banco do Brasil em Assunção –Paraguai.

A partir de 1974 dedica-se fundamentalmente ao trabalho gráfico e pictórico. Casando-se em 1975 com Roseli de Almeida , retorna à Europa residindo inicialmente em Dolceacqua, norte da Itália, integrando-se ao meio artístico do país. A organização D´Ars passa a promover exposições de Franco Giglio em várias cidades da Itália, tendo ele, então, participado de certames artísticos na Europa. Passando a residir em Mantova e posteriormente em Verona, teve em janeiro de 1979 seu atelier destruído por um incêndio no qual se perderam centenas de obras produzidas em Curitiba e na Itália, entre as quais as selecionadas para a individual em Como (79).

Voltando ao Brasil poucos meses após, expôs no MAC/PR, com novas obras. Retornando à Itália, fez parte, em Desezano del Garda (80/82), do Grupo “ ponte Bianco alla Venesiana”, vindo a falecer em 4 de abril de 1982, aos quarenta e quatro anos de idade.

(© Oriundi)

Saiba mais sobre Franco Giglio


Mimmo Paladino no Planalto Central
 

 
Obras de Mimmo Paladino, um dos integrantes do movimento transvanguardista italiano, podem ser conferidas em Mostra em Brasília. Foto: Divulgação

Brasília (ORIUNDI) - Até o próximo dia 20, em uma iniciativa da Embaixada da Itália no Brasil, do Instituto Italiano de Cultura de São Paulo e do Banco do Brasil, os moradores da capital brasileira poderão conferir a Mostra "Mimmo Paladino. Obra Gráfica". A exposição proporciona ao público 30 obras do artista italiano, produzidas com várias técnicas de gravura (água-forte, serigrafia, litografia e xilografia), no período entre 1992 e 2003.  

Junto com Sandro Chia, Francesco Clemente, Enzo Cucchi e Nicola de Maria, Paladino protagonizou o movimento conhecido como Transavanguarda italiana na década de 1980. Os artistas do movimento, reunidos ao redor da figura do crítico Achille Bonito Oliva, propunham um retorno à pintura em resposta ao que consideravam o esgotamento definitivo dos planos inovadores da vanguarda. Os artistas do movimento encarnaram a mais significativa reprise da pintura expressionista, como reação ao minimalismo e à arte conceitual dos anos ’70 e ao materialismo da arte pobre.  

A obra de Paladino, desde os primeiros desenhos dos anos Setenta até suas telas e montagens atuais, conjuga elementos das vanguardas com atmosferas meridionais carregadas de conotações mágicas e ancestrais, onde aparecem figuras que se referem à tradição popular.

Apresentando ao público brasiliense um dos mais conceituados artistas contemporâneos italianos viventes, a Embaixada da Itália confirma seu compromisso com a inclusão da cidade de Brasília nos roteiros dos grandes eventos artísticos e culturais.

Visitação e horários de abertura:  até 20 de julho; de terça a domingo, das 9hs às 21hs
Local: Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB)
SCES, Trecho 2, conjunto 22 Brasília (DF)
(61) 3310-7087

(© Oriundi)

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