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Cientistas italianos querem criar roupa de 'homem-aranha'

 

Cientistas italianos estão realizando pesquisas para chegar a uma roupa de "homem-aranha", que possibilite àqueles que a usam escalar paredes como o super-herói do cinema.

Os estudiosos estão analisando o funcionamento da "tecnologia natural" existente em aranhas e lagartixas, que possuem minúsculas estruturas semelhantes a pêlos que as permitem se aderir a vários tipos de superfície.

Algumas pesquisas sugerem que as lagartixas podem suportar centenas de vezes o seu próprio peso.

Se for reproduzida numa roupa para humanos, essa tecnologia permitiria aos usuários não apenas escalar prédios, mas também se pendurar no teto de cabeça para baixo.

Uma pesquisa americana realizada em 2002 revelou que a capacidade de aderência das lagartixas se deve a forças intermoleculares produzidas por bilhões de pêlos encontrados nas patas do réptil.

As forças intermoleculares aumentam quando descargas elétricas em volta das moléculas provocam sua atração.

A força de atração acumulada entre bilhões de pêlos permite às lagartixas subir pelas paredes e ficar de cabeça para baixo mesmo em superfícies polidas, como o vidro.

O professor Nicola Pugno, do Instituto Politécnico de Turim, na Itália, calculou a aderência necessária para suportar o peso do corpo humano.

"As pesquisas foram capazes de medir, em teoria, uma força de aderência 200 vezes maior do que a encontrada na lagartixa", ele afirmou.

Mas admitiu: "Há uma grande diferença entre teoria e prática".

Em uma eventual "roupa de homem-aranha", o pesquisador propõe que nanotubos de carbono desempenhem o papel dos pêlos das lagartixas.

Os nanotubos são minúsculos cilindros que medem um bilionésimo de metro. Apesar disso, são muito resistentes e podem ser organizados em grandes filamentos.

O cientista apontou três habilidades que devem ser demonstradas por um "homem-aranha" de verdade.

Primeiramente, e mais importante, ele deve ter grande capacidade de aderência.

Em segundo lugar, deve poder se "descolar" da superfície quando necessário.

Por último, ser capaz de se "auto-limpar". Isto porque, explica o pesquisador, partículas de sujeira podem penetrar na estrutura, prejudicando a aderência.

Entretanto, a limpeza não pode ser feita com água.

A solução seria tornar a roupa "super-hidrofóbica", capaz de repelir água e ainda eliminar a sujeira.

"Ter todos esses mecanismos funcionando ao mesmo tempo é difícil, porque eles competem entre si. Mas aranhas e lagartixas já demonstraram que é possível", diz o pesquisador.

Pugno acrescentou que a roupa aderente poderia no futuro ser aplicada em missões espaciais e de defesa, e inspirar novos designs de luvas e sapatos para limpadores de janelas que trabalham em arranha-céus.

(© O Globo)

 


Tutti come Spiderman grazie a una colla italiana

ROMA - La tuta di Spiderman potrebbe essere, a breve, prodotta in Italia. Consentirebbe di arrampicarsi su superfici verticali e di camminare aderendo ai soffitti proprio come il mitico eroe dei fumetti e, al cinema, Tobey Maguire. L'ingrediente segreto per realizzarla sarebbe una colla fatta di molecole uncinate di nanotubi di carbonio.

Ne è convinto Nicola Pugno (foto), ingegnere e fisico del Politecnico di Torino, che ha descritto la sua teoria alla rivista inglese Journal of Physics: Condensed Matter. La tecnologia, come ha spiegato lo scienziato, obbedisce alle leggi di Van der Waals, ovvero sfrutta l'attrazione che si genera fra molecole poste molto vicine. Lo stesso principio è alla base dell'abilità del geco di camminare su superfici lisce senza l'uso di secrezioni adesive: le estremità delle sue zampe, infatti, sono ricoperte da milioni di peli che moltiplicano le deboli forze elettromagnetiche d'interazione con la superficie.

Lo studio di Pugno è partito proprio dall'osservazione di questi piccoli animaletti e dei ragni. «Questi animali - ha spiegato l'ingegnere italiano - hanno una sorprendente capacità di aderire alle superfici, straordinaria per tre motivi: l'estrema resistenza adesiva, l'autopulizia delle zampette, il controllo dell'adesione nella fase di distacco». La prima e la seconda di queste caratteristiche, ha aggiunto l'esperto, «sono date dalla struttura dei peli che somigliano a tante micro-torrette poste le une sulle altre». La terza qualità, invece, deriva dalle leggi fisiche ovvero «applicando forze piccole, pezzettino dopo pezzettino, è possibile staccarsi dalle superfici facilmente».

Il ricercatore ha promesso che non ci vorranno molti anni prima di avere la tuta di Spiderman. Ma a cosa servirà? Di certo non a combattere il male, come faceva l'eroe inventato da Stan Lee e Steve Ditko nel '62, tuttavia le sue possibili applicazioni sono molteplici. Ad esempio, si potrebbe utilizzare il tessuto per la realizzazione di guanti e scarpe dei lavavetri dei grattacieli. Non è escluso che la tuta si possa usare anche per esplorare i fondali marini, se costruita con una colla resistente all'acqua. Probabilmente, però, il campo in cui sarebbe più sfruttata è quello dello spazio, dal momento che le ventose non necessitano della pressione atmosferica.

Non esiste Uomo ragno senza il filo di ragnatela al quale si aggrappa. Nicola Pugno ha pensato anche a questo. «Una griglia di nanotubi di carbonio - ha spiegato il ricercatore - sarebbe il materiale con cui comporre un cavo invisibile di un centimetro di diametro, super-resistente, adatto a supportare il peso di un uomo».

(© Il Messaggero)

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