MILÃO (Reuters)
- Luciano
Pavarotti,
estrela da ópera
italiana, deixou
o hospital neste
sábado após
ficar internado
por mais de duas
semanas para
realizar exames
e para passar
por um
tratamento em
sua batalha
contra um
câncer. O
cantor de 71
anos,
considerado um
dos maiores
tenores de sua
geração, passou
por uma cirurgia
em julho de 2006
para remover um
tumor no
pâncreas. Ele
foi internado
num hospital de
sua cidade
natal, Modena,
em 8 de agosto
com febre alta.
O hospital
informou que
Pavarotti foi
levado para casa
às 6h (horário
local, 1h em
Brasília)
supostamente
para evitar os
repórteres. O
cantor, no
entanto, terá de
manter um
"contato
próximo" com o
departamento de
oncologia do
hospital,
segundo
comunicado.
"A
recuperação dele
das causas do
tratamento a que
se submeteu e a
estabilização de
sua situação
clínica (...)
tornam possível
que o paciente
continue sua
convalescência
na serenidade do
lar de sua
família",
informou o
hospital.
Inicialmente,
esperava-se que
o cantor tivesse
alta dias depois
de sua
internação, mas
a esposa de
Pavarotti,
Nicoletta
Mantovani --34
anos mais nova
que o tenor--
disse que ele
preferia
permanecer no
hospital pois
sentia-se mais
confortável lá.
(Por Sara
Rossi)
(©
UOL Música)
Pavarotti
dimesso
dall'ospedale
convalescenza
nella casa
modenese
È stato
ricoverato a
Modena per 18
giorni per una
febbre troppo
alta
Il Policlinico
ha reso noto che
il quadro
clinico si è
stabilizzato
MODENA -
Luciano
Pavarotti è
stato dimesso
questa mattina
dall'ospedale di
Modena, dove era
ricoverato
dall'8 agosto
per uno stato
febbrile. Il
tenore ha
lasciato il
Policlinico
intorno alle 6
ed è tornato
nella sua casa
modenese di
Santa Maria del
Mugnano, dove
passerà il
periodo di
convalescenza.
Lo ha reso noto
l'Ausl modenese,
precisando che
Pavarotti ha
concluso tutti
gli accertamenti
diagnostici
disposti dallo
staff medico,
dopo lo stato
febbrile che lo
aveva afflitto
nelle scorse
settimane.
"Il superamento
delle cause di
ricovero e la
stabilizzazione
del quadro
clinico,
consentiti
dall'ottima
assistenza
terapeutica
fornita dal
personale
medico-sanitario
del Policlinico
- si legge nella
nota - hanno
reso possibile
per il paziente
di poter
continuare la
convalescenza
nella serenità
dell'ambiente
familiare, dove
potrà comunque
contare sulla
stretta
collaborazione
dei medici del
Dipartimento di
Oncologia ed
Ematologia".
L'orario delle
dimissioni, a
quanto si è
potuto
apprendere,
sarebbe stato
scelto anche per
evitare che
Pavarotti fosse
visto da occhi
indiscreti,
principalmente
da macchine
fotografiche e
telecamere.
Il ricovero.
Luciano
Pavarotti era
stato ricoverato
la sera dell'8
agosto nel
Policlinico di
Modena per una
febbre troppo
alta. Il malore
lo aveva colpito
mentre stava
trascorrendo un
periodo di
riposo nella sua
villa sulle
colline di
Pesaro, assiema
alla moglie
Nicoletta
Mantovani e alla
figlioletta
Alice. Il tenore
sta seguendo da
mesi terapie,
dopo il cancro
al pancreas per
il quale era
stato operato
nell'estate del
2006.
Nel bollettino
medico emesso
all'indomani del
ricovero si
parlava di
"stato
febbrile", ma
già di
"condizioni
soddisfacenti" e
della
possibilità di
dimissioni fin
dai giorni
immediatamente
successivi.
Durante la
degenza il
tenore è stato
superprotetto da
familiari e
amici. Secondo
quanto è
filtrato
all'esterno
dell'ospedale,
non ha mai perso
il buonumore.
Moltissime le
mail di auguri
giunte al
Policlinico da
parte dei suoi
sostenitori.
(©
La Repubblica)
Maestro faz
tributo a
Toscanini em SP
Lorin
Maazel, diretor
da Filarmônica
de NY, rege
orquestra jovem
italiana de 200
músicos para
homenagear
mestre
O 50º
aniversário de
morte do regente
italiano
inspirou a
criação da
Sinfônica
Toscanini, que
se apresenta
hoje e amanhã na
Sala SP
Divulgação
|
Lorin
Maazel,
que rege
a
Sinfônica
Toscanini
na Sala
SP |
IRINEU FRANCO
PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA
A FOLHA
Em 1941, o
mítico regente
italiano Arturo
Toscanini
(1867-1957),
então no auge da
fama e do
prestígio,
convidou um
menino de 11
anos para reger
sua Orquestra da
NBC, com a qual
ele estabelecia
um novo e
elevado
paradigma de
execução
sinfônica nos
EUA. O concerto
foi eletrizante.
Norte-americano
nascido na
França, o
garoto, que
vinha estudando
violino
(instrumento do
qual se tornaria
um virtuose)
desde os cinco
anos, e regência
desde os sete,
ganhou os mais
calorosos
elogios do velho
maestro. Aos 77,
e ocupando os
cargos de
diretor musical
da Filarmônica
de Nova York e
do Palau de Les
Arts Reina
Sofia, em
Valência
(Espanha), Lorin
Maazel resolveu
homenagear o
guru que tanto o
incentivou.
Na série de
assinaturas do
Mozarteum
Brasileiro, ele
traz ao Brasil a
Sinfônica
Toscanini,
orquestra jovem
de 200
integrantes,
sediada na
Itália e criada
no ano passado
por sua
iniciativa, para
celebrar a
memória do
maestro, no 50º
aniversário de
sua morte.
"Toscanini
atingiu um
padrão de
performance que
serve como
modelo para os
intérpretes de
hoje, e todos
nós temos que
lutar para estar
à altura do
desafio desse
padrão", afirma
Maazel. "Seu
legado mais
importante foi a
integridade como
músico e como
ser humano
consciente."
Tendo regido
mais de 150
orquestras, em
um total de
aparições
públicas que
supera 5.000,
ele rejeita o
estereótipo de
que as
orquestras
italianas são
inferiores às de
países como a
Alemanha e o
Reino Unido. "No
passado, a RAI
de Roma e a RAI
de Turim tinham
orquestras que
não perdiam para
nenhuma, como
são hoje a do
Scala de Milão e
a Sinfônica
Toscanini", diz
ele.
O item do
programa de
hoje, com
ingressos
esgotados, não
poderia ser mais
emblemático da
efeméride: uma
apresentação, em
versão concerto,
da ópera "Aida",
de Verdi, com o
coro do Maggio
Musicale
Fiorentino e
cantores de
renome
internacional,
como a soprano
Maria Guleghina,
o barítono Juan
Pons, o tenor
Walter Fraccaro
e a
mezzo-soprano
Ana Smirnova.
Toscanini era um
violoncelista de
19 anos quando
foi chamado à
última hora para
assumir a batuta
de uma
apresentação de
"Aida" no Rio,
em 1886. "Essa
estréia
sensacional deu
a ele fama
instantânea",
conta. Já a
apresentação de
amanhã, que
ainda tem
entradas
disponíveis,
traz um
repertório da
primeira metade
do século 20,
com a "Suíte nº
2 de Baco e
Ariadne", do
francês Albert
Roussel
(1867-1937), e
os poemas
sinfônicos "As
Fontes de Roma"
e "Os Pinheiros
de Roma", do
italiano
Ottorino
Respighi
(1879-1936).
Complementam a
tarde da ópera
"Salomé", de
Richard Strauss
(1864-1949), a
"Dança dos Sete
Véus" e a cena
final, tendo
como solista
convidada a
soprano
norte-americana
Nancy Gustafson,
51, que, em
2005, no Covent
Garden, em
Londres, cantou
na estréia de
"1984", ópera de
Maazel baseada
no livro de
George Orwell.
O maestro já
esteve no Brasil
várias vezes,
regendo uma gama
de orquestras
que vai desde a
Filarmônica de
Viena até a
Experimental de
Repertório.
Fez uma
memorável (e
hoje fora de
catálogo)
gravação dos
"Choros nº 6",
de Villa-Lobos,
e registrou em
LP o "Guia dos
Jovens para
Orquestra", de
Britten, com
narração sua, em
português. "Eu
ainda falo
português, mas
mal", diz, por
e-mail e em
inglês.
"Falta-me a
prática. É uma
língua charmosa
e muito rica."
(©
Folha de S. Paulo, 25.08.2007) |