Já que os católicos abandonam as
igrejas durante o verão, missionários
decidiram levar o Evangelho a banhistas
Valquíria Rey - BBC
ROMA - "Se Maomé não vai à montanha, a
montanha vai a Maomé" é a palavra de
ordem dos evangelizadores na Itália.
Sabendo que os católicos fogem das
cidades e, conseqüentemente abandonam as
igrejas durante o verão, missionários
italianos decidiram levar a palavra de
Jesus Cristo a um local onde vários
possíveis novos fiéis foram buscar
repouso neste período: a praia.
Os grupos evangelizadores do verão -
formados por padres, jovens de
associações católicas, movimentos
eclesiais e voluntários - podem ser
vistos de norte a sul do país.
Eles brincam com as crianças, conversam
com os adultos, dançam e cantam com os
jovens e, ao mesmo tempo, transformam as
praias em igrejas a céu aberto. "No
verão, as pessoas não têm interesse de
ir até uma paróquia para rezar. Então,
levamos o Evangelho às ruas, seguindo o
exemplo de Jesus Cristo", disse à BBC
Brasil o padre Davide Banzato.
"Nos apresentamos, perguntamos o que
pensam sobre Jesus e, por fim,
convidamos a rezar junto com a gente."
Em muitas praias, os evangelizadores
trabalham como animadores de resorts
turísticos: montam palco, pista de dança
com música eletrônica a todo o volume,
organizam atividades recreativas e
vestem-se de palhaços.
"Muitas vezes nem precisamos chegar até
os banhistas. São eles que se aproximam,
querem saber o que está acontecendo e
pedem para participar", diz a jovem
Roberta Dusi, de 21 anos.
"Aqueles que não querem só saber de
diversão, participam de debates sobre
temas importantes da atualidade, como
eutanásia, aborto, homossexualismo e até
sobre pedofilia envolvendo religiosos
católicos." Missões
Grupos como Sentinelle del Mattino,
Beatitudini e Nuovi Orizzonti são alguns
dos protagonistas das missões
espirituais do verão italiano.
Em cada missão, com duração de três a
quatro dias, participam um pequeno grupo
de jovens de uma equipe fixa e numerosos
voluntários vindos de várias partes da
Itália.
Antes de chegar nas praias, o trabalho é
organizado dentro das paróquias. Segundo
Alberto Vitaletti, que pertence a um
grupo carismático, a missão procura
envolver toda a comunidade. "São muitos
os padres que entram em férias nessa
época do ano. Mas também são muitos os
que estão dispostos a levar a Igreja até
onde está a maioria das pessoas",
afirmou.
"Além do trabalho com os banhistas,
pedimos aos sacerdotes que mantenham
sempre abertas as paróquias perto das
praias."
Paróquia a céu aberto
Segundo Dom Roberto Fiscer, praia não é
sinônimo de pecado, mas o lugar onde
nasceu o Evangelho. Ele lembra que Jesus
rezava na beira do mar da Galiléia junto
com os 12 apóstolos e todos eram
pescadores. "Levamos o Evangelho ao
local onde estão os nossos fiéis", diz
Vitaletti.
"Alternamos momentos de diversão,
música, muito contato pessoal e oração.
Nossa proposta é ter uma Igreja aberta
na praia para ouvir jovens, crianças e
adultos."
No final do dia, os missionários
preparam o altar, iluminam a igreja a
céu aberto com velas e reservam espaço
até para um confessionário. "Em algumas
regiões, como a Sicília, as pessoas são
mais abertas", diz o padre Banzato.
"Quem sente a necessidade de se
confessar, o faz na beira da praia e não
vê nenhum problema."
Além de popularizar as missões nas
praias italianas, os missionários querem
levar a iniciativa a outros países. O
padre Banzato esteve recentemente em
Fortaleza e Quixadá, no Ceará, e disse
que foi uma boa experiência.
(©
Agência Estado)
Messa in
spiaggia
all’happy
hour
Milena
Arnaldi
Imperia.
Cala
il
sole,
non
fa
più
caldo
e la
sabbia
è
tiepida
alla
Baia
Zen,
modaiola
spiaggia
del
Prino.
I
bagnini
chiudono
sdraio
ed
ombrelloni
e si
accende
la
musica,
la
voglia
di
cantare
e di
ballare.
Ma
non
è
una
serata
di
Disco
Beach.
Ieri
la
Baia
ha
ospitato
centinaia
di
ragazzi
(e
tante
famiglie)
che
hanno
animato
una
Messa
in
perfetto
stile
gospel,
celebrata
da
don
Antonello
Dani.
Una
celebrazione
sentita,
sincera,
una
messa
organizzata
per
coinvolgere
i
giovani
la
vigilia
di
Ferragosto.
A
piedi
nudi
sulla
sabbia,
a
pochi
metri
dalla
battigia
con
i
deejay
che
mixano
i
brani
più
amati
dai
giovani
cattolici,
la
musica
della
gioia.
Al
centro
della
consolle,
il
sacerdote
che
celebra
Messa,
unendo
il
rito
della
funzione
religiosa
alla
voglia
di
sano
divertimento
di
tanti
giovani.
In
un
orario
di
solito
destinato
all’happy
hour,
quando
compaiono
mojito,
caipirinha,
i
pittoreschi
drink
dai
colori
improbabili,
i
ricchissimi
buffet
e
l’immancabile
birra
ghiacciata.
L’idea
della
Messa
di
Ferragosto
è
venuta
a
don
Antonello
Dani,
parroco
della
Chiesa
dell’Assunta
ai
Piani,
un
prete
da
sempre
molto
vicino
ai
giovani.
«Mi
è
venuto
in
mente
l’altra
sera,
eravamo
riuniti
alla
Baia
Zen
-
spiega
don
Antonello
-
c’erano
i
ragazzi
che
animano
la
Messa
di
mezzogiorno
del
Duomo,
a
San
Maurizio.
Una
frase
buttata
lì e
poi
la
convinzione
che
si
poteva
fare.
Che
non
era
poi
così
strano
celebrare
la
Santa
Messa
in
riva
al
mare.
In
un
locale
frequentato
dai
giovani,
anzichè
una
chiesa.
Penso
sia
un
modo
per
dimostrare
che
si
può
essere
cristiani
anche
e
soprattutto
in
modo
gioioso.
E
che
andare
a
Messa
non
vuol
dire
chiudersi
in
una
Chiesa.
L’invito
è
anche
ad
altri
sacerdoti,
alle
altre
parrocchie
cittadine».
Un
modo
insomma
per
portare
la
parola
di
Dio
tra
i
ragazzi.
Anche
tra
gli
ombrelloni,
negli
stessi
scenari
frequentati
di
sera,
nel
villaggio
giovane
del
Prino.
E’
una
Messa
che
parla
il
linguaggio
dei
giovani,
che
non
sa
di
incenso
ma
di
salsedine
e
non
recita
preghiere
in
latino.
«Una
scommessa
in
un
giorno
particolare,
la
vigilia
di
Ferragosto
-
dice
ancora
don
Antonello
- Un
momento
di
festa,
in
questo
caso
la
festa
siamo
noi.
E’
un
modo
per
dimostrare
anche
che
i
locali
frequentati
dai
giovani
non
sono
il
diavolo,
non
esiste
una
discoteca
cattiva,
un
luogo
pericoloso.
Sta
a
noi
decidere
come
comportarci,
è la
volontà
che
conta.
Scegliere
anche
come
divertirsi».
Batterie,
percussioni,
chitarre,
nacchere.
Un
coro
che
interpreta
in
modo
originale
i
canti
e le
lodi.
Che
emoziona
e
che
aiuta
a
pregare.
A
scatenare
la
gioia.
«Ospitiamo
volentieri
don
Antonello
-
spiega
Elio
Boazzo,
titolare
della
Baia
Zen
di
Borgo
Prino-
Sicuramente
è
una
serata
insolita
per
noi
ma
bellissima.
Un
modo
per
divertirsi,
perchè
tanti
giovani
hanno
voglia
semplicemente
di
stare
insieme
e
condividere
il
proprio
mondo.
In
questo
caso,
per
tanti
ragazzi,
la
festa
vuole
dire
preghiera».
(©
Il
Seculo
XIX
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