Battisti
afirma
que está
submetido
ao
regime
disciplinar
diferenciado,
aplicado
a presos
de alta
periculosidade
BRASÍLIA - Alegando ser vítima de "gravíssimos constrangimentos
ilegais", o
cidadão italiano
Cesare Battisti
encaminhou
pedido de habeas
corpus ao
Supremo Tribunal
Federal (STF)
solicitando sua
transferência
para a Polinter,
no Rio de
Janeiro.
Ele está
preso na
carceragem da
Superintendência
do Departamento
de Polícia
Federal no
Distrito
Federal,
aguardando o
julgamento de
pedido de
extradição feito
pela Itália.
Naquele país,
Battisti foi
condenado à
prisão perpétua
por quatro
homicídios. Mas,
como no Brasil
não há prisão
perpétua, caso a
extradição seja
deferida, a pena
terá de ser
comutada em 30
anos de prisão,
a maior pena da
legislação
brasileira.
Em seu
pedido, Battisti
afirma que está
sendo submetido
a regras do
regime
disciplinar
diferenciado,
aplicado a
presos de alta
periculosidade.
Destaca que seus
advogados
enfrentam
"enormes
barreiras"
quando vão
visitá-lo e que
ele é obrigado a
passar por
revistas
pessoais
humilhantes.
Diz que só
pode ver sua
família uma vez
por semana, sem
direito a
contato físico,
que é impedido
de ter acesso a
correspondências
em francês e que
seu banho de sol
diário é de
apenas duas
horas, única
oportunidade em
que pode fumar.
No início de
julho, o
ministro Celso
de Mello
determinou que
Cesare Battisti
fosse autorizado
a realizar
consultas
reservadas com
seus advogados,
mas ele alega
que essa
determinação não
foi devidamente
cumprida e que
muitas vezes foi
interrompida.
(©
Agência Estado)