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Brasil tem destaque no 60º Festival de Cinema de Locarno

03/08/2007

Divulgação

'Moacir-Arte Bruta'
 

Walter Carvalho integra júri e tem seu 'Moacir-Arte Bruta' exibido na sessão Filmes do Júri

Flávia Guerra, do Estadão

SÃO PAULO - A meca do cinema de autor. Único festival classe A que abre espaço para experiências de linguagem e foge ao tradicional cinema narrativo, e, ao mesmo tempo, não abre mão do melhor do cinemão. Este é o Festival Internacional de Cinema de Locarno, que começou nesta quarta-feira, 31, e festeja 60 anos encarando o desafio de se destacar em meio aos três maiores eventos de cinema do mundo: Cannes, Berlim e Veneza.

Berlim ocorre em fevereiro e inaugura o ano. Cannes e Veneza (que começa no dia 29) praticamente espremem Locarno em uma programação cada vez mais concorrida e em busca de um diferencial. Com direção artística de Frédéric Maire, Locarno cumpre o papel de ser o principal cenário das possibilidades de renovação do cinema. Além de revelar nomes que mais tarde serão sensação em outros festivais. Não por acaso, é um dos raríssimos festivais que não faz distinção de formato. Podem concorrer filmes em película ou digitais. O que importa é o cinema.

Este ano, o Brasil tem espaço destacado. Walter Carvalho está no júri, com Irène Jacob, Bruno Todeschini e Jia Zhang-Ke, e tem seu Moacir-Arte Bruta exibido na sessão Filmes do Júri. Maria Augusta Ramos concorre com o documentário Juízo entre os Cineastas do Presente. "É uma seleção representativa. Dizem que o Brasil participa pouco de festivais importantes. Pode ser com o cinema mais comum. O cinema que experimenta e ousa está bem representado", diz o brasileiro Paulo Roberto de Carvalho, correspondente do Festival para a América Latina, Espanha e Portugal e membro do comitê de seleção.  

Nessa lista, entram também Helvécio Marins, com Trecho (melhor curta de Brasília 2006), Pablo Lobato com Outono, e Carlos Adriano com Das Ruínas a Existência, na sessão Play Forward. Kiko Goifman mostra seu Handerson e as Horas na sessão Ici et Ailleurs. "Cinema é arte tão jovem que ainda busca novas formas. Locarno abre espaço para isso, ao contrário dos outros grandes festivais. Acho que vai ser um ótimo ano", aposta Marins.

(© Agência Estado)

 


FILME DOS IRMÃOS TAVIANI RECEBE EFEBO DE OURO NA ITÁLIA

PALERMO - Os irmãos Paolo e Vittorio Taviani receberam o Efebo de ouro pela melhor adaptação cinematográfica de uma obra literária por seu filme "La Masseria Delle Alodole"(A Casa das Cotovias), baseado na novela homônima de Antonia Arslan.

O livro recorda o massacre do povo armênio no início do século XX pelo exército turco e o filme dos Taviani (que será também um filme para televisão de quatro horas de duração) venceu outros 60 participantes que estrearam na Itália na temporada 2006/07.

O prêmio é oferecido anualmente em Agrigento, na Sicília, pelo Centro de Pesquisas de Cinema e Literatura dessa cidade.

(© Ansa Latina)

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