O diretor de cinema tinha 94
anos e era considerado um mestre
do cinema moderno.
Em 1995, Antonioni
recebeu o Oscar em
reconhecimento a sua carreira.
O diretor de cinema italiano
Michelangelo Antonioni morreu na
noite desta segunda-feira (30),
aos 94 anos. Segundo a agência
Ansa, ele estava na sua casa, em
Roma, junto a sua mulher, Enrica
Fico.
O corpo do diretor italiano
será velado amanhã na Prefeitura
de Roma. Depois, os restos
mortais serão levados para a sua
cidade natal, Ferrara, no norte
da Itália.
“Com
Antonioni
desaparece
não só um
dos nossos
maiores
diretores,
mas também
um mestre do
cinema
moderno.
Graças a ele
chegaram à
grande tela
as
problemáticas
mais duras
do mundo
contemporâneo,
como a falta
de
comunicação
e a
angústia”,
comentou o
prefeito de
Roma, Walter
Veltroni.
Antonioni
despontou na
cinematografia
italiana com
uma forma
original de
fazer filmes
com “Crimes
da alma”
(“Cronaca di
un amore”,
1950) e, em
1960 rodou
“A
aventura”,
que
receberia o
Prêmio da
Crítica do
Festival de
Cannes.
Entre suas
musas, se
destaca
Monica
Vitti,
estrela de
“A
aventura”,
“A noite”
(1960) e “O
eclipse”
(1962). Em
seguida
vieram “O
dilema de
uma vida”
(“Deserto
rosso”,
1964) e, em
seu período
americano,
“Depois
daquele
beijo”
(“Blow up”,
1966),
“Zabriskie
point”
(1970) e
“Profissão:
repórter”
(1974).
Outra
obra de
Antonioni
foi “Além
das nuvens”
(“Al di là
delle
nuvole”,
1995),
realizada
com o alemão
Wim Wenders.
O filme se
baseia num
livro do
cineasta
italiano.
Com “Blow
up”, seu
primeiro
filme em
inglês, o
cineasta
recebeu a
indicação
para o Oscar
de melhor
diretor. Mas
só recebeu a
estatueta
dourada em
1995, num
prêmio por
toda a sua
carreira.
(©
G1)
Confira a filmografia de Michelangelo
Antonioni
Cineasta italiano morre, aos
94 anos, em sua casa, em Roma.
Tido como gênio, Antonioni
influenciou Martin Scorsese e
Walter Salles, entre outros.
Ainda se
recuperando
da perda do
cineasta
sueco Ingmar
Bergman, que
morreu na
segunda-feira
(30), os
cinéfilos de
todo o mundo
ficam
duplamente
órfãos ao
dizer adeus
para outro
gênio da
sétima arte:
Michelangelo
Antonioni. O
diretor
italiano
morreu aos
94 anos na
tarde da
última
segunda, mas
o anúncio só
ocorreu
nesta terça
(31).
Nascido
na cidade de
Ferrara, no
norte da
Itália, dia
29 de
setembro de
1912,
Antonioni
dirigiu seu
primeiro
longa,
"Cronaca di
un amore"
(Crônica de
um Amor), em
1950, aos 38
anos.
Carreira
Diretor de cerca de 20 filmes,
recebeu inúmeros prêmios no
transcorrer de sua carreira, entre
eles o Leão de Ouro do Festival de
Veneza por "O deserto vermelho", de
1964, e a Palma de Ouro no Festival
de Cannes em 1967 por "Blow up -
Depois daquele beijo", falado em
inglês e ambientado na agitada
Londres dos anos 1960, que o
transformou em figura "cult" para
cinéfilos e cineastas.
Ele também
obteve o prêmio
especial do júri
em Cannes, em
1982 por
"Identificação
de uma mulher",
além do Oscar,
em 1995, e o
Leão de Ouro em
Veneza, em 1997,
pelo conjunto de
sua obra.
Seu cinema,
marcado pela
obsessão da
imagem e a busca
de uma linguagem
formal e
estética, com
cenas longas e
lentas, servia,
na realidade,
para indagar o
interior de suas
personagens, num
espaço
enigmático.
Sua obra
influenciou o
trabalho de
grandes nomes da
sétima arte,
entre eles,
Martin Scorsese,
que o descrevia
como "um
poeta com
uma câmera", e o
brasileiro
Walter Salles,
que atribui seu
ingresso na
carreira
cinematográfica
a filmes do
italiano.
Filmografia
Confira
abaixo a
filmografia do
cineasta:
Longa-metragens:
1950: "Crimes de
um amor"
1952: "Os
vencidos"
1953: "A dama
sem camélias"
"Amores na
cidade",
episódio de
"Tentado
suicídio"
1955: "As
amigas"
1957: "O Grito"
1960: "A
aventura"
1961: "A
noite"
1962: "O
eclipse"
1964: "O
dilema de uma
vida"
1965: "As 3
faces de uma
mulher"
1967: "Blow up -
Depois daquele
beijo", Palma de
ouro em Cannes 1969:
"Zabriskie
point"
1972: "China
ou Chung Kuo",
filme para a
televisão
1974: "O
passageiro,
profissão:
repórter"
1979: "O
mistério de
Oberwald", filme
para a
televisão
1982:
"Identificação
de uma mulher"
1995: "Além das
nuvens", com a
ajuda de Wim
Wenders 2005: "Eros",
média-metragem
em co-realização
com Soderbergh e
Wopng Kar-Wai
Curta-metragens:
1943-1947:
"Gente del Po"
1948: "N.U."
1949:
"L'Amorosa
mensogna"
"Superstizione" 1950: "Sette
cane, un
vestito"
"La funivia del
faloria"
"La villa dei
mostri"
1951:
"Rayon"
2004: "Lo
sguardo di
Michelangelo"
(documentário)
(©
G1)
VÍDEO:
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