O artista Carlos Araújo, autor
das pinturas que ilustram a Bíblia entregue pelo
governador do Estado José Serra ao papa Bento XVI
por ocasião de sua recente visita ao Brasil, acaba
de ser convidado para participar oficialmente da
sexta edição da Bienal Internacional de Arte
Contemporânea de Florença.
O crítico Emanuel von Lauenstein Massarani,
superintendente do Patrimônio Cultural da Assembléia
Legislativa que acaba de regressar de recente
reunião com o presidente e o comitê organizador da
próxima bienal, entregou ontem ao consagrado pintor
paulista a carta convite para sua participação
assinada pelo professor Pasquale Celona, presidente
daquela entidade.
Na mesma ocasião, Carlos Araújo, que tem quadros
no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São
Paulo, recebeu da Bienal de Florença um diploma de
reconhecimento especial pela obra realizada no
decorrer de 30 anos, bem como uma benção do papa.
Na terra de Lorenzo Dei Médici, grande protetor
das artes e da cultura no renascimento, o artista
deverá expor na Fortezza da Basso cerca de 20 telas
especialmente escolhidas que serão apresentadas na
Bienal em première mundial. O conjunto pictórico
deverá ser apresentado a seguir em museus e locais
de prestígio na Europa.
O superintendente do Patrimônio Cultural da
Assembléia Legislativa de São Paulo, Emanuel
von Lauenstein Massarani, fez o comunicado
do convite a Carlos Araújo. Imprensa/Alesp
A edição em português da nova Bíblia Ecumênica
deverá ser lançada no Brasil em outubro próximo e
terá apresentações do arcebispo monsenhor Mauro
Piacenza, presidente da Comissão Pontifícia para os
Bens Culturais e Arqueológicos do Vaticano, do bispo
dom Emilio Pignoli, da Diocese de Campo Limpo e de
Emanuel von Lauenstein Massarani, presidente do
Instituto de Recuperação do Patrimônio Histórico no
Estado de São Paulo.
No próximo ano deverá ser publicada uma versão em
italiano da Bíblia reunindo as 800 telas de Carlos
Araújo.
O italiano Stefano Maffei apresentou, durante
palestra em Porto Alegre, conceitos empregados pelo
Sistema Design-Itália
O que o design produz? Quem são os designers? O
que é design territorial? Essas foram algumas
perguntas que guiaram a palestra Design: uma
abordagem estratégica do italiano Stefano Maffei,
coordenador do Sistema Design-Itália, realizada na
Escola de Design Unisinos, em Porto Alegre, na
última semana. O pesquisador está na capital gaúcha
para conduzir workshop na especialização em Design
Estratégico na escola.
Segundo ele, que apresentou sua fala em inglês
para um público formado por profissionais
qualificados da área, o design não produz apenas
produtos e tampouco os constrói pensando apenas na
funcionalidade. Pelo contrário: foca os novos
contextos de uso, as novas necessidades,
relaciona-se com todo o sistema que envolve o
objeto, voltando-se para comunicação, distribuição,
serviços, entre outros. “Estamos falando de uma
experiência holística”, salientou Maffei.
Dentro desse conceito mais abrangente, está o
Design Territorial, que se relaciona à valorização
da região de origem dos alimentos, dos bens
culturais e de fatores de incremento de negócios
ligados ao turismo através de uma complexa rede de
estratégias, processos, atributos, serviços e
indicadores de mérito, para sensibilizar as pessoas,
induzi-las ao consumo e propiciar-lhes experiências
únicas de desfrute e compensação pelo investimento
feito.
Na Itália, em Belluno, existe uma região em que
estão nada menos que 250 empresas de óculos de sol.
Elas vivem numa atmosfera chamada por Maffei de
coompetição, uma mescla de cooperação e competição.
E, nesse ambiente, o designer não é apenas aquele
que trabalha em cima do objeto, mas todos os atores
envolvidos no cenário.