|
|
|
Cena de O Céu de Suely, de Karim
Ainouz |
O Céu de Suely, de Karim Ainouz, é o
único representante brasileiro na competição da mostra paralela
Horizontes. Festival homenageia o diretor Joaquim Pedro de Andrade
Luiz Zanin Oricchio e AP
SÃO PAULO - O Festival de Veneza, que
acontece de 20 de agosto a 9 de setembro, dirigido por Marco Müller,
divulga os 21 filmes de sua mostra competitiva pelo Leão de Ouro, o
prêmio máximo do festival. O festival de cinema mais antigo do mundo
criado em 1932, chega a sua 63.ª edição.
O filme escolhido para abrir o festival foi The Black Dahlia,
de Brian De Palma, com Josh Hartnett, Scarlett Johansson e Hilary
Swank, adaptado do romance de James Ellroy, que trata do mundo do
crime em Los Angeles nos anos 40.
Entre as principais blockbusters da competição estão
Hollywoodland, com Adrien Brody e Ben Affleck, que investiga a
morte de George Reeves, astro do filme para a TV dos anos 50
Aventuras de Super-homem. E Bobby, com Sharon Stone,
Anthony Hopkins e Demi Moore, um filme sobre o assassinato do político
norte-americano Robert Kennedy; e The Queen, de Stephen Frears,
com Helen Mirren, James Cromwell e Michael Sheen.
Veneza homenageia o cineasta brasileiro Joaquim Pedro de Andrade
O cineasta brasileiro Joaquim Pedro de Andrade será homenageado com
uma retrospectiva completa de seus longas-metragens pelo 63.º Festival
de Veneza. Considerado um dos pais do Cinema Novo, o cineasta
apresentou em Veneza em 1969 Macunaíma, filme que o festival
tem como "uma obra-prima, experimental e até hoje surpreendente". Seis
longas-metragens do diretor serão exibidos na mostra, como o
documentário Garrincha, Alegria do Povo de 1963.
Um brasileiro na competição
O Céu de Suely, de Karim Ainouz, é o único representante
brasileiro na competição do Festival de Veneza, que inicia dia 30 de
agosto. Mesmo assim, disputa o troféu da mostra paralela Horizontes e
não na principal, Veneza 63, que atribui o cobiçado Leão de Ouro. Na
mesma mostra Horizontes há outro filme relacionado ao Brasil, O
Cobrador, dirigido pelo mexicano Paul Leduc e adaptado do conto
homônimo de Rubem Fonseca. Trata-se de uma co-produção entre Brasil e
México.
A mostra principal apresenta uma lista de competidores basicamente
européia e norte-americana, como tem sido a tendência dos grandes
festivais. Dos 21 concorrentes, nove não pertencem à Europa: quatro
dos Estados Unidos, dois do Japão, dois chineses (um de Hong Kong,
outro de Taiwan) e um da Tailândia.
O mexicano Alfonso Cuarón está na mostra competitiva principal com
Hijos del Hombre, uma co-produção entre Grã-Bretanha e Estados
Unidos. Cuarón é o único latino-americano com possibilidade de levar
para casa o Leão de Ouro. Os outros todos se distribuem pelas mostras
paralelas.
De resto, a mostra principal traz alguns grandes nomes, como o
italiano Gianni Amelio (La Stella Ch´non C’è), o americano
Brian de Palma (The Black Dhalia), o franceses Benoît Jacquot (L’Intouchable)
e Alain Resnais (Medos Privados em Lugares Públicos), o casal Straub,
Jean Marie Straub e Danielle Huillet (Quei loro Incontri), o
chinês Tsai Ming Liang (Hei Yanquan). E mais o darling da
crítica, o tailandês de nome impronunciável Apichatpong Weerasethakul
(Sang Sattawat), que fulminou os entendidos de cinema com seu
surpreendente Mal dos Trópicos. O que aprontará desta vez?
(©
Agência Estado)
Confira os filmes na competição pelo Leão de Ouro
Predominam na competição os filmes europeus e
norte-americanos, mas o mexicano Alfonso Cuarón é um dos fortes
candidatos latinos
ROMA - Fallen, de Barbara Albert
(Áustria)
La Stella Che Non C’è, de Gianni Amelio (Itália)
The Fountain, de Darren Aronofsky (EUA)
Hollywoodland, de Allen Coulter (EUA)
Nuovomondo, de Emanuele Crialese (Itália)(EUA)
Children Of Men, de Alfonso Cuarón (Grã-Bretanha)
The Black Dahlia, de Brian de Palma (EUA)
Bobby, de Emilio Estevez (EUA)
The Queen, de Stephen Frears (Grã-Bret-Fran-Itália)
Daratt, de Mahamat-Saleh Haroun (Chad-Fran-Bélgica-Áustria)
L’Intouchable, de Benoit Jacquot (França)
Paprika, de Satoshi Kon (Japão)
Nue Propriete, de Joachim Lafosse (Bélgica-Luxemburgo-França)
Mushi-Shi, de Katsuhiro Otomo (Japão)
Private Fears In Public Places, de Alain Resnais (França-Itália)
Quei Loro Incontri, de Jean-Marie Straub Y Daniele Huillet
(Itália-França)
Fangzhu, de Johnnie To (China-Hong Kong)
Hei Yanquan, de Ming-Liang Tsai (Taiwan-Fran-Áustria)
Zwartboek, de Paul Verhoeven (Holanda-Alemania-Grã-Bretanha)
Ejforija, de Ivan Vyrypaev (Rússia)
Sang Sattawat, de Apichatpong Weerasethakul (Tailândia-França)
(©
Agência Estado)
Festival de Veneza anuncia lista com 21 competidores
O 63º Festival de Cinema de Veneza anunciou ontem os filmes de sua
competição, que começa em 30 de agosto e vai até 9 de setembro. São 21
longas de grandes nomes do mainstream, como Brian de Palma e Stephen
Frears, e também de independentes como o italiano Gianni Amelio e o
tailandês Apichatpong Weerasethakul.
Não há brasileiros na mostra principal, mas o novo projeto de Karim
Aïnouz ("Madame Satã") participa da paralela Horizontes, que também
premia um vencedor. "O Céu de Suely" fala sobre uma jovem que volta para
o interior do Ceará com seu filho recém-nascido à procura do marido.
"Nunca estive em Veneza, [o convite] foi uma ótima surpresa para meu
segundo filme. Acho que "O Céu", como um projeto pequeno e delicado,
está no lugar certo, que é fora da competição principal, que apresenta
trabalhos com grandes estrelas", diz o diretor.
"Esta é uma obra mais autoral, em que quis experimentar coisas. Acho que
é romântico começar a carreira de um filme em Veneza", conta o cineasta,
de Portugal, onde termina de fazer a mixagem do filme. "Vai ficar pronto
em cima da hora, quentinho para o festival."
Na Horizonte, ainda estão "Koorogi", do japonês Aoyama Shinji, e os
americanos "The Hottest State", de Ethan Hawke, e "When the Levees
Broke", de Spike Lee.
Já haviam sido anunciadas as exibições fora de competição de títulos
como "A Flauta Mágica", de Kenneth Branagh, "As Torres Gêmeas", de
Oliver Stone, "Inland Empire", de David Lynch, e "Belle Toujours", de
Manoel de Oliveira.
A mostra ainda homenageia o cinemanovista Joaquim Pedro de Andrade, com
14 trabalhos, entre longas e curtas; a história do cinema russo, com 18
filmes das décadas de 30 a 70; e o cinema italiano, com produções de
Luchino Visconti, Roberto Rossellini e Mario Soldati.
(©
Folha de S. Paulo)
OS ESCOLHIDOS"Fallen", de Barbara Albert
"La Stella Che Non C'è Italy", de Gianni Amelio
"The Fountain", de Darren Aronofsky
"Hollywoodland", de Allen Coulter
"Nuovomondo", de Emanuele Crialese
"Children of Men", de Alfonso Cuarón
"A Dália Negra", de Brian de Palma
"Bobby", de Emilio Estevez
"The Queen", de Stephen Frears
"Daratt Ciad", de Mahamat-Saleh Haroun
"L'Intouchable", de Benoît Jacquot
"Paprika", de Kon Satoshi
"Nue Propriété", de Joachim Lafosse
"Mushi-shi", de Ôtomo Katsuhiro
"Private Fears in Public Places", de Alain Resnais
"Quei Loro Incontri", de Jean-Marie Straub e Danièle Huillet
"Fangzhu", de Johnnie To
"Hei Yanquan", de Tsai Ming-liang
"Zwartboek", de Paul Verhoeven
"Ejforija", de Ivan Vyrypaev
"Sang Sattawat", de Apichatpong Weerasethakul
(©
Folha de S. Paulo) |