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Berlusconi ataca investigações no futebol e pede pizza na Itália


Ex-premiê e dono do Milan, um dos clubes ameaçados de rebaixamento, ele diz que o processo que apura os escândalos é falho e sumário.

Antero Greco

 
ROMA - O ex-primeiro ministro da Itália Silvio Berlusconi, que é também proprietário do Milan, disparou nesta quinta-feira contra o trabalho de investigação do escândalo no futebol italiano, que envolve manipulação de arbitragens, suspeitas de irregularidades em transferências de atletas e falcatruas na administração de empresas de marketing esportivo, entre outros crimes.

“Não podemos aceitar processos sumários”, disse Berlusconi, que até então ainda não havia saído da toca e protestado oficialmente contra o trabalho da comissão especial que deve anunciar nesta sexta-feira o veredicto das investigações. O Milan pode cair para a Série B (segunda divisão) e começar a disputa com 3 pontos negativos - punição relativamente branda.

O promotor Saverio Borrelli propôs que a Juventus fique sem os títulos de 2005 e de 2006, caia para a Série C e ainda comece o campeonato com 6 pontos negativos. Para Lazio e Fiorentina, a punição seria o rebaixamento para a Série B e 15 pontos negativos.

Mas Berlusconi acha que há falhas no processo. “Faltam fatos concretos, é preciso ouvir novamente as ligações telefônicas e também devem ser chamadas mais testemunhas”, alegou o cartola-político, que nem se envergonhou de apresentar uma proposta, se o caso se arrastar. “Se as coisas continuarem assim, começamos o campeonato do jeito que deveria ser”, alegou. “Depois, veremos o que dizem as sentenças.”

Berlusconi diz que nem se preocupa com o Milan, “vítima desse sistema”, mas com os torcedores dos outros clubes. “Não aceitaremos punições a torcedores e equipes”, advertiu. “Devem ser castigadas as pessoas que realmente cometeram delitos.”

A postura de Berlusconi teve reação imediata de Francesco Saverio Borrelli, chefe das investigações. “Não poderia esperar outra coisa dele”, contestou. “Até se eu acender um cigarro, ele dirá que estou agindo contra a Forza Itália (partido de Berlusconi) ou contra o Milan”, comparou. “Não estou dando a mínima para o que ele diz.”

(© Agência Estado)


Donadoni assume como técnico da Itália

Foto Reuters

Roma (Itália) - O cargo de técnico da seleção italiana ficou vago por apenas um dia. Depois do anúncio da saída de Marcelo Lippi nesta quarta-feira, a Federação Italiana de Futebol (FIGC) agiu rápido e anunciou o nome de Roberto Donadoni para comandar os agora tetracampeões mundiais.

Ex-meio-campista do Milan e da própria seleção italiana, Donadoni, de 42 anos, tem uma carreira modesta como treinador. Começou apenas em 2001, quando dirigiu o Lecco, time da terceira divisão do país.

Posteriormente, o treinador comandou o Genoa e também o Livorno, seu último trabalho no Calcio. O treinador chegou a levar a equipe ao sexto lugar na tabela de classificação do último Campeonato Italiano, mas acabou demitido na 24ª rodada da competição.

A apresentação de Roberto Donadoni como novo técnico da seleção italiana deverá ocorrer na próxima terça-feira. A sua missão inicial será levar a Itália à disputa da fase final da Eurocopa de 2008, a ser realizada na Áustria e na Suíça. As eliminatórias da competição continental começam já neste ano.

(© Gazeta Esportiva)

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