Por
Elizabeth Roche
NOVA DÉLHI, 24 set (AFP) - Um
filme sobre a vida da política indiana de origem italiana Sonia Gandhi,
viúva do ex-premier assassinado Rajiv Gandhi e atual presidente do
Partido do Congresso, chegará em breve aos cinemas, possivelmente com
Monica Bellucci como protagonista.
"Sonia" contará a epopéia de uma
mulher nascida em uma pequena aldeia da Itália, que se casa com um
herdeiro da prestigiosa dinastia indiana dos Nehru-Gandhi e se apaixona
pelo país, resume o diretor, Jagmohan Mundra, que prevê para abril do
ano que vem o término das filmagens.
"A mão do destino teve um papel
crucial em sua vida. Sonia Gandhi optou por entrar na vida política, da
qual não gostava, o que representa mais uma prova de seu amor por
Rajiv", diz Mundra. "Ela optou por preservar a linhagem e recuperar a
glória do Partido do Congresso (no poder na Índia)", acrescenta o
diretor. Ele busca locações para o filme, que custará 6 milhões de
dólares.
Inspirado em um livro publicado
no ano de 2003 pelo jornalista indiano Rasheed Kidwai, o longa-metragem
será filmado na Itália, Grã-Bretanha e Índia. "Estou certo de que serão
fiéis ao espírito do livro. O maior desafio será dar aos personagens a
maior credibilidade possível", comenta o autor.
A atriz italiana Monica Bellucci
deverá interpretar Sonia, enquanto o papel de Rajiv Gandhi caberá a um
ator indiano ainda não escolhido. A primeira seqüência será o momento em
que Sonia Gandhi renuncia ao cargo de primeiro-ministro, em maio de
2004, apesar da vitória esmagadora de seu partido. Em seguida, vem um
longo retorno ao passado, a sua chegada à Índia, adaptação e entrada na
vida política, em 1998, sete anos após a morte do marido.
O filme contará também a
trajetória da jovem Sonia nos anos 60, desde a aldeia de Bassano, perto
de Turim, até a universidade inglesa de Cambridge, onde ela conhece e se
apaixona por Rajiv Gandhi, neto de Jawaharlal Nehru, primeiro premier da
Índia independente.
Dos anos políticos, o diretor
quer destacar a ascensão da "italiana" - alvo de críticas dos
nacionalistas hindus, que a chamavam de "boneca estúpida" - até ela
assumir a liderança do Partido do Congresso, chefiado por seu marido até
ele ser morto, em maio de 1991.
"Será uma homenagem justa a uma
mulher notável, e um dos maiores e mais excitantes projetos
cinematográficos", afirma Mundra.
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