FLORENÇA - A torre de Pisa estará a salvo por pelo menos mais 300 anos, segundo afirmaram, frente o Simpósio Mundial de Geólogos, os especialistas que realizaram obras para reduzir a inclinação da torre entre 1988 e 1999.

   "Acreditamos que a torre esteja definitivamente segura. O pior que poderá acontecer é que, em 300 anos, ela esteja na mesma situação em que nós a encontramos", afirmou o professor Carlo Viggiani, da Universidade de Nápoles, que colaborou com o projeto.

   Desde setembro de 2003 a torre está praticamente imóvel, exceto os movimentos cíclicos regionais. Consideramos que a estabilização geotécnica tenha sido conseguida", anunciou o professor Michele Jamiolkovski.

   Ele é um engenheiro de fama mundial e ex-presidente do Comitê Internacional de especialistas que assumiu a responsabilidade de salvar um dos monumentos italianos mais celebres do mundo.

   Depois de onze anos de intervenções, a inclinação da torre diminuiu meio grau.

   Era de 5,5 graus em 1992 quando temia que o movimento a derrubasse. Atualmente a inclinação é de 5 graus.

   O desvio foi de 4,5 metros para 4,1 metros hoje.

   Em janeiro de 1999 aconteceu a obra definitiva para a estabilização: o cimento foi escavado para criar uma base de assentamento sob a parte oposta à da inclinação, diminuindo e reduzindo o desvio.

   "A torre, se bem estável, continua tendo movimento cíclicos regulares. Trata-se, em alguns casos, de movimentos diários, provocados pelo efeito do aquecimento pelos raios solares. Quando o sol surge, a leste, a torre se esquenta e pende, ligeiramente, para oeste, rodando durante o dia e voltando para sua posição inicial. Outros movimentos acontecem pelas falhas no subsolo e por fatores químicos", disse o professor Viggiani.

   As autoridades temem que a torre possa ser alvo de um ataque terrorista. Por isso, foi instalada uma barreira de proteção a seu redor para evitar que alguém se aproxime do campanário à noite.

(© ANSA)