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Roberto Benigni leva Dante Alighieri aos EUA

02/06/2009

Foto: Divulgação

Roberto Benigni, em "TuttoDante"
 

NOVA YORK - Um espetáculo solo sobre o poeta italiano Dante Alighieri pode não soar como algo muito divertido, mas quando o ator que o apresenta é Roberto Benigni, famoso por sua reação empolgada depois de conquistar um Oscar, já se sabe que não será algo que fará o espectador cochilar.

"TuttoDante" (Todo Dante) tem como ponto de partida a maior obra do poeta, "A divina comédia", uma alegoria medieval em que Dante percorre os círculos do inferno até chegar ao fundo do poço, emerge no purgatório e finalmente ascende ao paraíso.

"Não sou professor - sou um showman", disse Benigni em entrevista alguns dias antes de fazer sua estreia nos palcos norte-americanos com o show, na terça-feira. "Não esperem comentários ou notas de rodapé."

"TuttoDante" é em parte um show humorístico e em parte performance do quinto canto do poema, no qual Dante encontra amantes famosos do passado que foram punidos pela lascívia. O espetáculo já fez sucesso na Itália, além de Paris, Atenas e Londres.

Nas próximas semanas Benigni o levará para San Francisco, Nova York, Montreal, Boston, Toronto, Quebec, Chicago e Buenos Aires.

Celebridade na Itália há anos, Benigni ficou mundialmente conhecido em 1998 com sua tragicomédia sobre o Holocausto, "A Vida é Bela", que ele dirigiu e protagonizou. Ele recebeu o Oscar de melhor ator pelo filme, que também ganhou o Oscar de melhor filme em língua estrangeira.

Conhecido por seu humor e sátira política, Benigni infundiu um ânimo novo na cerimônia do Oscar quando subiu sobre seu assento, empolgado, ao ouvir que ganhara uma estatueta.

Ele fala do poema de Dante com empolgação semelhante, gesticulando animadamente e rindo quando reflete sobre em qual círculo do inferno colocaria o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, frequentemente alvo de seu humor mais cortante.

"Os humoristas têm o dever de fazer piadas para proteger as pessoas, os cidadãos, do poder - o governo", disse Benigni, falando em inglês.

Ele diz que é invejado por comediantes de fora da Itália, que lhe dizem: "Você tem sorte, Benigni - tem Berlusconi."

"Quando Berlusconi não estava no poder, quando não era primeiro-ministro, eu me voltei a Dante porque não sabia o que fazer sem Berlusconi", disse Benigni, falando do magnata da mídia que foi eleito primeiro-ministro pela terceira vez em abril de 2008.

Benigni disse que Berlusconi será mencionado no show e que ele pode também falar sobre políticos americanos. Seu monólogo é em grande medida improvisado, mudando a cada noite.   

(© O Globo)


A Cinderela de Rossini do Metropolitan para o cinema

La Cenerentola, a versão operística de Gioachino Rossini para a Cinderela de Charles Perrault, é a última ópera da temporada 2008-2009 do Metropolitan Opera de Nova York a ser transmitida nos cinemas no Rio e em mais 10 cidades brasileiras. Composta em 1817 por Rossini, a opera buffa La Cenerentola é um primor de inventividade melódica e vitalidade rítmica, substituindo o elemento mágico do conto original por um caráter mais realista e humano. Desta forma, a fada madrinha cede lugar a um tutor, Alidoro ("asas de ouro"), que conduz a transformação da protagonista e o reconhecimento de seu valor pelo príncipe e por sua própria família.

Na atual produção do MET, de Cesare Lievi, a vocalização virtuosística, porém dramaticamente consistente, da heroína está a cargo da mais nova sensação do bel canto, a excepcional mezzo-soprano Elina Garanca, que alia a sua beleza cênica a uma linha de canto irretocável, compondo um fraseado de elegância e flexibilidade, perfeito para a profusão de ornamentos da escrita rossiniana. Como Don Ramiro, o príncipe, outro jovem expoente do bel canto, o tenor americano Lawrence Brownlee. Completam o elenco nomes de primeiríssimo nível, essencial para que transpareça a riqueza das cenas de conjunto da Cenerentola rossiniana. Como Alidoro, o baixo-barítono John Relyea, Simone Alberghini vive o cômico e oportunista empregado Dandini, e o consumado basso buffo italiano Alessandro Corbelli emprega toda a sua experiência como o cruel padrasto Don Magnifico. O maestro Maurizio Bernini rege a orquestra do MET.

Com La Cenerentola, encerra-se a bem-sucedida primeira temporada de transmissões operísticas do MET pelos cinemas, que já contabilizou um público de mais de 19 mil espectadores. Para a próxima temporada, a MovieMobz pretende realizar as transmissões ao vivo.

JB Online)


VÍDEO:

Benigni recita Dante

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