Terremoto atinge Itália e deixacerca de 100
mortos, 1.500 feridos e 100 mil desabrigados
06/04/2009
Foto: Pier Paolo Cito/AP
Equipes de resgate retiram uma
mulher dos escombros de uma casa na cidade de L'Aquila
Atualizado às 12h05
Ao menos 92 pessoas morreram em decorrência do
terremoto de 6,3 graus na escala Richter que
atingiu a região de Abruzzo, no centro do país,
segundo um novo comunicado publicado pela equipe
de resgate. Ao menos 1.500 pessoas ficaram
feridas, informou o primeiro-ministro italiano
Silvio Berlusconi. Segundo Massimo Cialente,
prefeito de L'Aquila, cerca de 100 mil pessoas
estão desabrigadas.
O epicentro do tremor, que
ocorreu às 3h32 desta segunda (horário local),
22h32 de domingo (horário de Brasília), foi
localizado a 68 quilômetros a oeste da cidade de
Pescara e 95 km ao nordeste de Roma. O Instituto
de Geofísica dos EUA afirma que a magnitude do
tremor foi de 6,3 graus, no entanto, o Instituto
Nacional de Geofísica da Itália diz que foi de
5,8 graus.
Alguns moradores da cidade de l'Aquila, a leste
de Roma, na região montanhosa de Abruzzo,
fugiram para as ruas na hora do tremor. A região
foi a mais atingida pelo terremoto. De acordo
com a imprensa local, diversos edifícios do
centro histórico foram danificados e algumas
residências desmoronaram, deixando dezenas de
feridos e milhares de desabrigados. Segundo
estimativas da Defesa Civil, encarregada de
coordenar as operações de resgate, cerca de 50
mil pessoas estão desalojadas e estão sendo
transferidas para hotéis e tendas de campanha.
"A situação é muito grave, porque o abalo afetou
edifícios", disse Luca Spoletini, porta-voz do
Departamento de Proteção Civil Nacional. Imagens
de televisão mostraram as equipes de resgate
socorrendo vítimas entre os escombros, muitas
delas sangrando, que aguardavam para serem
transferidas para os pronto-socorros da região.
Parte do principal hospital da cidade teve que
ser interditada porque havia risco de
desmoronamento. Segundo a agência de notícias
ANSA, entre as vítimas na cidade de l'Aquila,
estariam quatro crianças. A cúpula de uma igreja
na cidade desmoronou, além de sérios danos na
catedral.
Moradores de diversas regiões da Itália,
incluindo a capital Roma, que raramente é
atingida por terremotos, sentiram o tremor.
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi,
cancelou viagem que faria a Moscou por causa do
terremoto em l'Aquila para ir até a região
atingida. Berlusconi decretou estado de
emergência, para liberar recursos para
reconstrução da região.
"Eu acordei ao ouvir um barulho que parecia uma
bomba", disse Angela Palumbo, 87, quando
caminhava em uma rua de l'Aquila. "Nós
conseguimos escapar enquanto as coisas caiam em
torno da gente. Não me lembro nunca de ter visto
nada assim na minha vida", disse.
Escombros espalhados por toda a
cidade e nos municípios vizinhos, bloqueam
estradas e impedindo equipes de salvamento.
Muitos moradores tentam levantar escombros com
suas próprias mãos, em uma busca por
sobreviventes do terremoto.
De acordo com a BBC Brasil, um especialista em
física que mora em l´Áquila, na Itália, revelou
hoje que havia alertado as autoridades locais,
há algumas semanas, sobre a possibilidade de um
terremoto "desastroso" na região. "Há três dias
estávamos vendo sinais fortes de terremoto",
disse a jornais italianos Giampaolo Giuliani,
técnico do Laboratório Nacional de Física e
Astrofísica Gran Sasso. Segundo ele, o Instituto
Italiano de Geofísica registrou cerca de 200
abalos sísmicos em Áquila nos últimos dois
meses. No final de março, Giuliani disse às
autoridades que a série de tremores registrados
poderia ser o anúncio de um evento mais forte.
Mas o técnico conta que foi acusado de "brincar
com assuntos sérios" e que foi denunciado à
polícia pela Prefeitura de Áquila por alarmar a
população.
l'Aquila é uma cidade medieval, situada num vale
rodeado pelos montes Apeninos, e tem cerca de
70.000 habitantes. O último grande terremoto que
atingiu a região central da Itália foi um de 5,4
graus, que atingiu a região de Molise em outubro
de 2002, matando 28 pessoas, sendo 27 crianças
que estavam em uma escola que desabou.
*Com informações das agências Reuters, AFP,
AP e EFE
Foto: Alessandro Bianchi/Reuters
Muitas pessoas ficaram desabrigadas ou deixaram suas casas
com medo de novos tremores
Algumas construções foram abaladas pelo
tremor, cujo epicentro se localizou a 95
quilômetros de Roma
ROMA - Um terremoto de 6,3 graus na
escala Richter atingiu na madrugada desta
segunda-feira, 6, o centro da Itália. O
tremor, que ocorreu às 3h35 (hora local),
deixou ao menos 27 mortos, entre eles cinco
crianças, e vários feridos, segundo a
agência Ansa, e causou danos em algumas
casas em uma região montanhosa ao leste de
Roma.
O primeiro-ministro, Silvio Berlusconi,
declarou estado de emergência, liberando fundos
federais para lidar com o desastre. Ele cancelou
a viagem que faria para a Rússia por causa da
gravidade da situação.
Estão confirmados cinco mortos no município
de Catelnuevo, dois deles de origem macedônia e
três italianos, um em Poggio Picenze, um em
Tormintare e dois em Fossa (uma idosa e uma
menina).
Aparentemente, cinco crianças morreram quando
sua estadia em hospital de São Salvatore
dell'Aquila ruiu. Ainda se desconhece o número
definitivo de vítimas entre mortos e feridos,
mas alguns meios de imprensa italianos já falam
que poderia haver ainda pessoas presas entre os
escombros de alguns prédios.
O terremoto aconteceu às 3h32 (22h32 de
domingo de Brasília) na província de Abruzos, no
centro da Itália, e derrubou alguns edifícios da
capital provincial, L'Aquila, uma cidade com uma
população de 80 mil pessoas situada ao nordeste
de Roma.
O terremoto teve uma magnitude de 6,3 graus
na escala Richter e seu epicentro se situou a
cinco quilômetros de profundidade, em um ponto
situado a poucos quilômetros de L'Aquila,
segundo confirmou à Efe um porta-voz do Centro
Nacional de Terremotos.
O jornal italiano "La República" publicou em
seu site que o terremoto teve uma magnitude de
6,7 na escala Richter e localizou o epicentro no
povoado de Arischia, entre as regiões do Lácio e
Abruzos.
O terremoto foi sentido com intensidade na
capital italiana. Os moradores desceram à rua
alertados pelo movimento sísmico à espera de uma
réplica, mas passados alguns minutos foram
voltando para suas casas.
O fato de que o epicentro se situasse em um
ponto tão próximo à superfície fez com que fosse
mais sentido pela população e tivesse uma
intensidade substancial, acrescentou a mesma
fonte.
Segundo a imprensa italiana são muitos
edifícios desabaram nesta cidade. A catedral da
localidade sofreu danos e a cúpula da igreja da
Alma Santa, situada no centro histórico, caiu
completamente.
Um instituto religioso chamado Casa do
Estudante ruiu parcialmente e as religiosas do
centro saíram para a rua para prestar socorro às
pessoas atemorizadas pelo terremoto.
Cerca de 15 mil usuários ficaram sem
eletricidade em Abruzos, segundo informou a
empresa Enel ao departamento de Proteção civil e
a estrada entre Roma e L'Aquila foi fechada
pelas autoridades.
Os meios de imprensa italianos informaram que
anteriormente ao terremoto se produziram
movimentos sísmicos mais fracos na mesma região,
ao nordeste da capital italiana e perto também
da cidade de Pescara.
Una regione in
ginocchio. Morti e
feriti. Il terremoto che
stanotte ha squassato
l’Abruzzo lascia dietro
di sé terrore e
devastazione. Così a
L’Aquila, così nei
centri più piccoli.
Il
presidente del Consiglio
Silvio Berlusconi
stamani ha annullato gli
impegni istituzionali e
si è immediatamente
messo in viaggio per
L’Aquila ha firmato lo
stato di emergenza “ci
sono i fondi a
disposizione di
Berolaso, che può
decidere tutte le spese
che deve sostenere”. Le
spese, ha aggiunto, “non
sono però ancora
valutabili, si potrà
valutare tutto dopo”. Il
premier ha anche chiesto
ai cittadini di limitare
gli spostamenti nella
zona colpita dal sisma e
ha aggiunto: “Si sta
monitorando la
situazione, che non
richiede delle
decisionoi particolari,
al di là del decreto che
è stato già attuato. Non
abbiamo ancora tutti i
dati sui danni che il
sisma ha potuto
provocare”.
“Un disastro, un
disastro”. Ripete la
frase con tono concitato
il senatore abruzzese
Filippo Piccone mentre
sta raggiungendo i
piccoli centri in
provincia dell’Aquila
per “rendermi conto
della situazione. Sto
vedendo case ridotte ad
un cumulo di
macerie, persone per
strada. E’ proprio nella
zona intorno al
capoluogo abruzzese che
stiamo cercando di
capire l’entità della
tragedia”. E’ partito da
Roma all’alba appena
saputo del terremoto che
ha sconvolto la sua
regione. “Ci sono
problemi grossissimi nei
piccoli centri della
provincia, ci sono
edifici sventrati,
gente che ha perso
tutto, un vero disastro.
Stiamo cercando di
capire nel dettaglio
l’entità dei danni ma da
quello che possiamo
vedere la situazione è
gravissima. A L’Aquila
le vittime sono tante e
ci sono oltre centomila
persone che non possono
rientrare nelle proprie
abitazioni. Dappertutto
c’è devastazione, una
scena agghiacciante. In
questo momento stiamo
compiendo una
perlustrazione nelle
zone intorno al
capoluogo abruzzese per
conoscere la situazione
e collaborare con la
macchina della
Protezione civile e dei
soccorsi, ma ripeto, la
situazione è veramente
drammatica”.
Il presidente della
Regione Gianni Chiodi
parla di “emergenza” e
lancia un appello ai
cittadini: “Donate il
sangue, abbiamo bisogno
della vostra solidarietà
per assistere tutti i
feriti che in queste ore
stanno arrivando negli
ospedali”. Danni
ingenti anche nella
struttura sanitaria del
capoluogo: un’ala
dell’edificio è crollata
e non c’è acqua
potabile. Centinaia di
persone, alcune con gli
abiti lacerati, sotto
choc e con ferite di
vario genere sono
accampate davanti
all’ospedale in attesa
dei soccorsi.
Gli uomini della
Protezione civile
coordinati dal
responsabile del
dipartimento Guido
Bertolaso stanno
lavorando senza sosta
insieme ai vigili del
fuoco arrivati da tutta
Italia, alle forze
dell’ordine e a
tantissimi volontari.
Intanto il ministro
delle Infrastrutture
Altero Matteoli, ha
convocato un vertice
operativo presso il
Dicastero di Porta Pia
per fronteggiare le
conseguenze del
terremoto. Vi
parteciperanno il
presidente del Consiglio
Superiore dei Lavori
Pubblici, il
responsabile della
Struttura Tecnica di
Missione, il
Provveditore alle opere
pubbliche dell'Aquila, i
vertici amministrativi,
il direttore
dell'Edilizia
residenziale, nonchè il
presidente dell'Anas e
l'amministratore
delegato delle Ferrovie
dello Stato. «Sono in
contatto da stanotte con
la Presidenza del
Consiglio - ha
dichiarato Matteoli, che
sarà in mattinata nel
capoluogo abruzzese - e
stiamo cooperando in
modo sistematico con la
Protezione civile. Fra
le misure che assumeremo
anche lo stanziamento di
risorse per i primi
interventi».
Alcuni reparti gravemente danneggiati, ma la struttura non è stata evacuata.
Alcune sale operatorie inagibili
L'AQUILA - Al Pronto soccorso e nell'ospedale de L'Aquila è il caos.
Alcuni reparti sono gravemente danneggiati, ma la struttura non è stata
evacuata. Personale medico e uomini della Protezione civile lavorano senza sosta
per soccorrere i feriti e cercare di salvare le vittime del fortissimo sisma che
ha colpito nella notte l'Abruzzo. Le vittime sarebbero già 13, tra cui quattro
bambini rimasti sotto la loro casa crollata e un'altra bambina, schiacciata
dalle macerie a Fossa, una frazione a una decina di chilometri dal capoluogo.
Sono in arrivo due elicotteri per trasportare in altre città i feriti più gravi
perché alcune sale operatorie sono inagibili. Centinaia di persone sono
accampate in attesa di soccorsi davanti all'ospedale.
COME IN UMBRIA NEL '97 - La
situazione è davvero drammatica, ammette il responsabile della protezione Civile
Guido Bertolaso, nominato commissario straordinario per gestire l'emergenza: «È
la peggiore tragedia di questo millennio». Centinaia gli abitanti coinvolti dai
crolli dopo la violenta scossa che nella notte ha colpito 32 comuni montani
intorno al capoluogo abruzzese. Interrotta l'erogazione del gas per evitare
esplosioni accidentali. Le prime immagini che giungono dalla zona del disastro
ricordano quelle del dramma dell'Umbria, quando la vicina regione fu colpita dal
terremoto del 1997. L'autostrada A24 è interrotta tra Valle del Salto e Assergi,
ma la Protezione Civile invita a non mettersi in viaggio sull'autostrada per
L'Aquila, per non intralciare il movimento dei mezzi di soccorso.
ALBA DI SANGUE - «È un'alba
spaventosa - racconta il sindaco de L'Aquila, Massimo Cialente -, la zona più
colpita è quella di Paganica e Fossa, ma è difficile avere un quadro preciso
della situazione». Le comunicazioni telefoniche sono difficili, in città regna
il caos anche se le forze dell'ordine cercano di tranquillizzare le migliaia di
sfollati e i parenti dei feriti giunti sul luogo. Tra le macerie si aggirano
spaventati i sopravvissuti, avvolti in coperte e cappotti. Molti hanno trascorso
la notte all'addiaccio.