Com apresentações em São Paulo de 28 a 30/5, o espetáculo "Waterwall" combina dança contemporânea e o efeito de 16 mil litros de água, que no show escorrem por uma espécie de 'parede de água', ou melhor, uma estrutura metálica de onde cai uma cascata. Os primeiros espetáculos da companhia italiana Materiali Resistenti Dance Factory, responsável pelo show, ocorreram no Rio de Janeiro.
Sob direção do bailarino Ivan Manzoni, fundador da companhia, a equipe de "Waterwall" utiliza cordas, pranchas e remos para interagir com a queda d´água. Em um dos números, os bailarinos deslizam o corpo por um piso plástico molhado, criando coreografias.
A Materiali Resistenti Dance Factory, surgida na cidade italiana de Torino, fez sua estréia em 1996. Em 2006, a companhia se apresentou na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno.
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UOL Diversão & Arte) Crítica/"Waterwall"
Espetáculo aquático escorrega com bailarinosSYLVIA COLOMBO EM BUENOS AIRES
Os chamados "esportes radicais" estão na moda já há algum tempo no Brasil, assim como as aulas alternativas que as academias de ginástica inventam para atrair clientes, oferecendo-lhes, além de gastar calorias, um "clima de aventura" -que inclui desde imitar danças de rua dos subúrbios de Nova York a escalar a fachada das próprias escolas. Muito bem, para quem curte esse tipo de entretenimento, o espetáculo "Waterwall", que estréia hoje em São Paulo, é uma excelente opção. Mas quem imaginou, a partir da publicidade do evento, que se trata de uma produção eletrizante pode se preparar para dar, literalmente, com os burros n'água. Seca ou molhada, a coreografia dos artistas-acrobatas da companhia italiana Materiali Resistenti Dance Factory, dirigida pelo coreógrafo Ivan Manzoni, não tem pé nem cabeça. O único atrativo do show é a imensa estrutura metálica que faz com que 20 mil litros de água jorrem no palco enquanto os bailarinos tentam fazer de escorregões coordenados e espirros de jatos no público uma manifestação artística.Há pouco menos de um mês, "Waterwall" passou por Buenos Aires e foi exibido num dos tradicionais teatros da avenida Corrientes. O espetáculo dura pouco mais de uma hora e o elenco é formado por 16 bailarinos, entre eles o paulista Luis Augusto Mangini, 28, que, depois de ir morar na Europa e se juntar ao grupo, apresenta-se pela primeira vez em São Paulo. Minutos antes de começar, os espectadores da primeira fileira são cobertos com um plástico. Depois, seguem-se cenas que evocam fábricas abandonadas, praias de surfistas do Havaí e aquários de peixes com barbatanas esquisitas. Numa cidade como Buenos Aires, sai-se de um espetáculo assim com a sensação de ter perdido pelo menos uns dois ou três outros eventos culturais que valeriam mais a pena ter visto do que este. Não deverá ser muito diferente disso em São Paulo... WATERWALL Quando: dias 22 a 25, 28 e 30, qua. e qui., às 21h30; sex., às 22h; sáb., às 17h e 22h; dom., às 16h e 21h Onde: Credicard Hall (av. das Nações Unidas, 17.955, tel. 6846-6010; classificação: 14 anos) Quanto: R$ 60 a R$ 160 Avaliação: péssimo
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