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A cabeça do italiano

Foto: Divulgação

 Severgnini procura escancarar a face oculta da Itália e dos italianos em seu livro. Com inteligência e bom humor
 

Livro retrata a mentalidade italiana com inteligência e bom humor

A cabeça do italiano é a região mais desconhecida da Itália. É o que afirma Beppe Severgnini, autor do best seller “A Cabeça do Italiano”, do original “La Testa degli Italiani”, que chega ao Brasil pela primeira editora Record. Severgnini viajou por 10 dias pelas comunas de Malpensa, Milão, Toscana, Roma, Nápoles, Sardenha e Crema,  expondo com humor e inteligência as características mais peculiares da cultura e do povo italiano.

O livro é, na verdade, mais do que uma visita guiada às belas rotas turísticas e aos conhecidos pontos das cidades; em meio a paradas em piazzas, bancos, escritórios, no barbeiro, na praia e no estádio de futebol, os lugares são apenas pretextos para uma verdadeira incursão à mentalidade do italiano.

Autoridade para versar sobre o cotidiano e a psique do país Severgnini tem de sobra. O autor é um dos mais populares colunistas dos jornais Corriere della Sera e Gazetta dello Sport, além da experiência internacional que lhe foi conferida pelos anos de trabalho na Inglaterra e nos EUA. O escritor já emplacou 10 bestselers e, em 2004 galgou o título de “Jornalista Europeu do Ano”, concedido pela academia britânica de imprensa.

Disposto a escancarar a face oculta da Itália, desmitificando a visão idílica do país, o autor defende que a região da Toscana é a “síntese das principais concepções errôneas sobre a Itália”, personificando uma estratégia de marketing para visitantes e uma filosofia de aculturação da perspectiva poética do país como um lugar de colinas, oliveiras e pores-do-sol. Apesar do tom descontraído, recheado de tiradas espirituosas, Severgnini não se priva de refletir sobre temas mais sérios, como o desempenho de Berlusconi no poder e a atual crise econômica que remonta à transição da moeda.

Entre os instantâneos do país, salpicados de referências às artes e à culinária, o autor situa a Itália do século XXI como um ambiente mais cosmopolita e heterogêneo do que aparenta ou deseja ser. Segundo Severgnini, é possível compará-la à Veneza do século XVIII: “uma festa contínua, um interminável carnaval em episódios, em que os prazeres compensam e contribuem para suportá-la”.

“A Cabeça do Italiano” é a primeira obra de Severgnini a aportar nas livrarias brasileiras. Entre as outras obras de sua autoria, destacam-se: Inglesi (1990), L'inglese (1992), Italiani con valigia (1993), a autobiografia Italiani si diventa (1998), Manuale dell'imperfetto viaggiatore (2000), Manuale dell'uomo domestico (2002) e Manuale dell'imperfetto sportivo (2003). Un italiano in America (1995), Ciao, America! (Broadway Books/Doubleday), Interismi (2002) e Altri interismi (2003).

La testa degli italiani


 
Lugares visitados pelo autor do livro La Testa degli italiano, que agora chega ao Brasil, são apenas pretextos para uma verdadeira incursão à mentalidade do italiano

La testa degli italiani è l'ultima regione inesplorata del paese, e vale un viaggio. Ma è un viaggio insidioso, e non tutti hanno il coraggio d'intraprenderlo. Gli stranieri sono trattenuti dalla pigrizia, e dalla paura di demolire l'immensa "Toscana mentale" che si sono costruiti. Noi italiani abbiamo il timore - e l'imbarazzo - di scoprire verità scomode. Soprattutto in questi tempi ansiosi, quando la nazione sembra non sapere dove andare.

Ma la testa degli italiani nasconde la chiave di tutto: e Beppe Severgnini - quindici anni dopo aver indagato gli Inglesi, dieci anni dopo Un italiano in America - non ha paura di affrontare l'esplorazione. In questo libro ci propone un viaggio in compagnia di amici stranieri, ai quali viene "tradotto" sistematicamente il paese: le regole imperscrutabili della strada e l'anarchia ordinata di un ufficio, la teatralità di un ipermercato e la loquacità dei treni, la rassicurazione sensuale d'una chiesa e l'importanza di una spiaggia, la solitudine degli stadi e l'affollamento in camera da letto, le ossessioni verticali dei condomini e la democrazia trasversale del soggiorno (anzi: del tinello).

Dieci giorni, trenta luoghi. Da nord a sud, dall'alimentazione alla politica, dai recinti della morale allo zoo della televisione. Un'esplorazione ironica, metodica e sentimentale che aiuterà il lettore a capire perché - scrive l'autore - "l'Italia ci manda in bestia e in estasi nel raggio di cento metri e nel giro di dieci minuti."

Avanti, dunque. E coraggio. Come dice Severgnini ai suoi ospiti: "Are you ready for the Italian jungle?"

Saiba+ sobre Beppe Severgnini

(© Oriundi)

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