NOVA YORK - Um Stradivarius fabricado em 1729, conhecido
como "Solomon, Ex-Lambert", foi leiloado hoje por U$ 2,4
milhões (R$ 4,8 milhões) pela casa Christie´s em Nova
York, e se tornou o segundo violino mais caro da
história.
O leiloeiro foi o
canadense, Rick Heinl, que após bater o martelo se
recusou a revelar à imprensa a identidade do comprador.
"Dentro de pouco tempo
ouviremos falar dele", limitou-se a responder a uma
pergunta da Efe. Através de seu representante, o
comprador disse que cederá o instrumento a artistas que
estejam à sua altura.
A casa Christie´s
estimava que o preço do Stradivadius ficasse entre US$ 1
milhão (R$ 2 milhões) e US$ 1,5 (R$ 3 milhões), mas
vários compradores na sala e através do telefone
superaram rapidamente este valor em um remate que durou
vários minutos e acabou quando nenhum outro comprador
superou o lance de US$ 2,4 milhões (R$ 4,8 milhões).
O violino chamado de
"Solomon, Ex-Lambert", mesmo nome de seus últimos
proprietários, foi o último vendido de um lote com
outros 254 instrumentos de música.
Seu nome deriva de
Seymour Solomon, co-fundador do selo Vanguard Records,
que o comprou em 1972, e de Dorothy Mary Murray Lambert,
uma violinista britânica que foi sua proprietária
anteriormente.
Kerry Keane, diretor
do departamento de Instrumentos Musicais da Christie´s
havia dito à Efe, antes do leilão, que o valor estimado
do "Solomon, Ex-Lambert" era conservador.
"Stradivarius fabricou
este violino quanto tinha 85 anos de idade, oito anos
antes de morrer. Seus violinos do período maduro são os
mais desejados entre os intérpretes porque possuem um
som magnífico", explicou Keane.
O "Solomon-Ex Lambert"
foi fabricado em Cremona e se distingue por seu "desenho
masculino" e um "som redondo capaz de ocupar todo o
espaço" de uma sala de concertos, disse Keane.
O violino mais caro da
história até agora foi um Stradivarius também leiloado
pela Christie´s de Nova York por UU$ 3,5 milhões (R$ 3,5
milhões).
Conhecido como "The
Hammer", esse violino foi feito por Antonio Stradivarius
em 1707, em Cremona (Itália), no chamado "período
dourado" do fabricante, o mais cotado pelos
especialistas e colecionadores de instrumentos musicais.