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Violino Stradivarius avaliado em R$ 3 milhões vai a leilão

"Solomon, Ex-Lambert"
foi fabricado em 1729

 

Instrumento semelhante, leiloado pela Christie´s, foi arrematado por R$ 7 milhões

Efe

NOVA YORK - Um violino Stradivarius fabricado em 1729 e com um valor de US$ 1 milhão a US$ 1,5 milhão (R$ 2 milhões a R$ 3 milhões) é a estrela de um leilão de instrumentos musicais organizado pela casa de leilões Christie´s para a próxima semana.

Conhecido como "Solomon, ex-Lambert", por causa do nome de seus dois últimos proprietários, o violino foi apresentado nesta quarta-feira, 28, à imprensa de Nova York, em um pequeno recital oferecido por quatro músicos.

O leilão causou grande expectativa entre os colecionadores de instrumentos musicais que ainda lembram a espetacular venda de um Stradivarius por US$ 3,5 milhões (R$ 7 milhões) em maio de 2006, também na Christie´s.

O valor alcançado por aquele violino, conhecido como "The Hammer" e fabricado por Antonio Stradivarius em 1707, em Cremona, na Itália, é o maior alcançado até agora por um instrumento musical leiloado.

Kerry Keane, diretor do departamento de Instrumentos Musicais da Christie´s, disse à agência Efe que o valor estimado de Solomon, ex-Lambert é mais conservador que o do Hammer, pois eles têm períodos de fabricação diferentes.

Ele explicou que Hammer é um violino do chamado "período dourado" de Stradivarius, que vai de 1700 a 1720, enquanto o que será leiloado no dia 2 de abril pertence a seu "período tardio", ou "maduro".

´Missão filantrópica´

"Stradivarius fabricou este violino quando tinha 85 anos de idade, oito anos antes de morrer. Seus violinos do período maduro são mais desejados entre os intérpretes, pois têm um som magnífico e são mais econômicos", declarou Keane. No entanto, os Stradivarius do "período dourado" são mais cobiçados pelos colecionadores de instrumentos clássicos, diz o especialista.

Solomon, ex-Lambert foi fabricado em Cremona e se distingue por seu "desenho masculino" e por um "som redondo, que é capaz de encher todo o espaço" de uma sala de concertos, disse Keane. Seu nome procede de Seymour Solomon, co-fundador do selo fonográfico Vanguard Records, que o comprou em 1972, e de Dorothy Mary Murray Lambert, uma violinista britânica que foi sua proprietária anterior.

Dmitry Lukin, músico russo que tocou o violino na apresentação de hoje, afirmou que seu som é "suave, mas ao mesmo tempo se projeta", mostrando ser um instrumento "muito poderoso".

Segundo Keane, é muito provável que o possível comprador deste Stradivarius seja um colecionador particular.

"Nos últimos 15 anos, este tipo de instrumento foi comprado por indivíduos ricos. Eles o compram com uma missão filantrópica, para emprestá-los depois a músicos jovens que tocam em grandes concertos", concluiu.

(© Agência Estado)

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