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Em paz com a torcida, Itália supera Gana na estréia por 2 a 0

13/06/2006

O goleiro Richard Kingston tenta evitar o primeiro gol da Itália, anotado por Pirlo


HANNOVER, Alemanha - Em uma partida empolgante, a Itália demonstrou que o clima conturbado entre os jogadores devido à crise no futebol local foi superado ao ganhar da estreante seleção de Gana por 2 a 0, nesta segunda-feira, no Estádio Niedersache, em Hannover, pelo Grupo E da Copa do Mundo da Alemanha.

Já no território germânico, a delegação da "Azzurra" foi vaiada por alguns torcedores devido ao escândalo de arbitragem na Série A do Cálcio. Entre os envolvidos estão o zagueiro e capitão Fabio Cannavaro, o goleiro Gianluigi Buffon e o treinador Marcelo Lippi.

O confronto marcou a estréia do juiz Carlos Eugênio Símon e dos auxiliares Ednílson Corona e Aristeu Tavares no Mundial de 2006. Essa é a primeira vez na história que uma partida da competição é comandada por um trio de arbitragem brasileiro.

Com mais objetividade, os italianos quase fizeram o primeiro gol aos 11 minutos. O lateral Cristian Zaccardo foi lançado na direita e cruzou rasteiro para a área, mas Totti, de carrinho, não conseguiu alcançar. Na seqüência, Gilardino tentou colocar entre as pernas do goleiro Kingston, mas a bola bateu na trave e saiu pela linha de fundo.

Muito pressionado, o selecionado ganês, que participa de sua primeira Copa, só conseguiu chegar ao gol de Buffon com perigo aos 25. O meia Sulley Ali Muntari bateu forte da entrada da área, mas isolou ao mandar o chute para a torcida. Luca Toni respondeu no lance seguinte. O avante da Fiorentina passou por um adversário e mandou uma bomba, que pegou no travessão.

Mais solta na partida, a equipe africana assustou a torcida da "Azzurra" em três lances consecutivos, com Amoah, Michael Essien e Pappoe, com chutes rentes à trave. Os europeus tiveram nova chance aos 34. Na cobrança de escanteio, Kingston falhou na tentativa de cortar e Luca Toni quase marcou de cabeça.

Depois de muita insistência, a Itália conseguiu abrir o marcador aos 40 minutos. Em jogada ensaiada na cobrança de escanteio, Totti rolou para Pirlo, que bateu cruzado, na entrada da área, e colocou a bola no canto esquerdo de Kingston.

Assim como na primeira etapa, a seleção italiana voltou melhor e teve chance de ampliar aos 6 minutos. Pirlo roubou a bola no meio-campo e passou para Totti. O jogador da Roma, que recém se recuperou de lesão na fíbula, deixou Gilardino na cara do gol, mas o avante chutou nas pernas do goleiro ganês. Os africanos responderam em seguida. Essien bateu colocado e Buffon se esticou todo para evitar o empate.

Em rápido contra-ataque, a seleção dirigida por Marcelo Lippi desperdiçou mais uma chance. De Rossi lançou Perrotta, que invadiu a área e, à queima-roupa, soltou uma pancada, mas Kingston fez excelente defesa. Aos 34, ocorreu o lance mais polêmico da partida, quando Gyan fez boa jogada e caiu na área ao tentar passar por dois adversários. Os ganeses pediram pênalti, mas Carlos Eugênio Simon não marcou.

Aos 38, Iaquinta deixou a torcida italiana mais relaxada ao marcar o segundo gol dos tricampeões mundiais. Em uma nova roubada de bola, Pirlo fez longo lançamento. O zagueiro Kuffour errou ao tentar recuar e o atacante da Udinese só teve o trabalho de passar por Kingston e bater para o gol vazio.

Na próxima rodada do Grupo E, os italianos tentam bater os Estados Unidos para ficarem mais próximos das oitavas-de-final. O confronto acontece no sábado, em Kaiserslautern. No mesmo dia, Gana pega a República Checa, em Colônia.

Ficha técnica:

Itália 2 x 0 Gana

Itália: Buffon; Zaccardo, Cannavaro, Nesta e Grosso; Perrotta, Pirlo, De Rossi e Totti (Camoranesi); Luca Toni (Del Piero) e Gilardino (Iaquinta). Técnico: Marcelo Lippi.

Gana: Richard Kingston; Pantsil, Kuffour, Mensah, Pappoe (Shilla); Muntari, Appiah, Essien, Eric Addo; Amoah (Pimpong) e Gyan (Tachie-Mensah). Técnico: Ratomir Djukovic.

Gols: Pirlo, aos 40 minutos do primeiro tempo; Iaquinta, aos 38 minutos do segundo tempo.
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Brasil).
Cartões amarelos: De Rossi, Camoranesi, Iaquinta, Muntari e Asamoah.
Local: Niedersachestadion, em Hannover.

(© Agência Estado)


Melhor em campo, Pirlo atende a pedido do filho

Volante marcou um gol e dedicou-o ao filho de apenas três anos de idade

Luís Augusto Monaco

HANNOVER, Alemanha - O volante Pirlo não podia esperar uma estréia melhor. Na primeira partida de sua carreira em uma Copa do Mundo, ele fez o gol que abriu o placar e foi eleito pela Fifa o melhor jogador em campo. Mas o que deixava mais satisfeito era ter feito a vontade de seu filho Nicolò, de três anos. "Conversamos por telefone na véspera do jogo e ele me pediu para fazer um gol. E consegui marcar para ele."

O jogador do Milan era o que mais preocupava o time de Gana, como havia dito na véspera o capitão Appiah. Ele dizia que a chave para impedir a Itália de jogar era parar Pirlo. Custou caro não ter controlado o camisa 21.

Pirlo teve um final de temporada ruim e também não tinha jogado bem nos amistosos de preparação, mas nunca deixou de confiar em sua qualidade. "Trabalhamos muito nas últimas três semanas para chegar bem ao jogo de estréia. Todo o time cresceu e comigo não foi diferente."

O técnico Marcello Lippi entrou na sala de entrevista coletiva depois do jogo com a certeza de ter cumprido o que estava prometendo desde o início da preparação da Itália para o Mundial. Aos que criticavam o rendimento do time nos amistosos realizados na Suíça, ele sempre dizia: "Fiquem tranqüilos, estaremos bem no dia de nossa estréia." E nesta segunda ele fez questão de lembrar isso. "Gostei muito da nossa atuação. Eu havia dito a vocês que os italianos ficariam satisfeitos com o time e isso realmente aconteceu."

Não foram só os italianos que gostaram do que viram. Joseph Blatter, presidente da Fifa, esteve no estádio e disse que foi a melhor partida da Copa até agora.

Lippi ficou muito satisfeito com o grande número de chances que a equipe criou para marcar. E avisou que a estratégia que usou ontem se repetirá nos próximos jogos, ou seja, vai sempre sacar um dos homens ofensivos para reforçar o meio-de-campo no segundo tempo. "É uma maneira de reequilibrar a equipe."

O sérvio Ratomir Dujkovic lamentou os erros de sua defesa e prometeu partir para cima da República Checa na próxima rodada. "Precisamos vencer, não temos outra opção."

(© Agência Estado)

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