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Golpe na máfia na semana em que a Itália lembrou Giovanni Falcone

27/05/2006

 

No encerramento da semana em que a Itália recordou o assassinato do juiz Giovanni Falcone (que se notabilizou pelo incansável combate ao crime organizado), ocorrida em 23 de maio de 1992, a polícia italiana prendeu, na sexta-feira (27), em Bari, 40 integrantes do clã mafioso comandado por Antonio Capriati que, mesmo na prisão desde 1991, dirigiria as ações do grupo.

Entre os detidos estariam nove mulheres, entre as quais Maria Faraoni, que seria encarregada de comandar o setor feminino da facção, que se dedicava à extorsão de comerciantes e ao narcotráfico, entre outras atividades ilícitas.

Herói

No início da semana, Giovanni Falcone, que morreu em uma auto-estrada que ligava o aeroporto de Punta Raisa (hoje chamado Falcone-Borsellino) a Palermo, juntamente com a sua mulher, também juíza, Francesca, novamente foi lembrado.Desta vez, crianças fizeram uma homenagem especial em Palermo.

Atualmente, a Fondazione Giovanni e Francesca Falconi (http://www.fondazionefalcone.it/), constituída pela vontade família, é reconhecida pelas Nações Unidas em seu trabalho no âmbito da problemática social e da criminalidade.

Conforme destaca  Wálter Fanganiello Maierovitch, do Instituto Brasileiro Giovanni Falcone (http://ibgf.org.br), entre outras iniciativas, as televisões, desde 1992,  apresentam filmes sobre a vida e a morte do juiz.  Neste ano, a Rai-Uno preparou o lançamento e a exibição de um filme sobre Falcone, estrelando Massimo Dapporto no papel de Falcone.


 
Giovanni e a esposa, Francesca, também morta no atentado. Foto: FGF

“A exibição acabou suspensa”, frisa  Maierovitch, “em face da lei eleitoral que estabelece a igualdade de oportunidades ("par condiction"). É que o filme mostra, também, Paolo Bosellino, que trabalhava com Falcone e que  a máfia igualmente dinamitou em julho de 1992. A irmã de Borsellino, a enfermeira Rita Borsellino, é candidata ao governo da Sicília (presidente da Região da Sicília). Com o filme exibido, Rita Borsellino levaria vantagem sobre os seus opositores, declarou Agostino Saccà, diretor da Rai-Uno.O lançamento do filme foi adiado para depois das eleições”.

No texto abaixo, Wálter Fanganiello Maierovitch fala sobre a tragédia de 23 de maio de 1992:

Falcone, um siciliano, trabalhava em Roma. Estava licenciado da Magistratura e à disposição do Ministério da Justiça, onde preparava projetos de lei antimáfia. Foi o único magistrado a desvendar a Máfia siciliana e processar seus chefões e principais operadores.

Quando desvendou a organização e identificou os seus líderes, Falcone fazia parte do "pool" de magistrados antimáfia. Esse "pool" tinha sido criado pelo magistrado Rocco Chinnici, fuzilado pela máfia em julho de 1983, junto com dois carabineiros da escolta. Morreu, também, o porteiro do prédio onde morava, pois Chinici foi morto ao ingressar no prédio onde morava. Com a morte de Chinnicci, o "pool" passou a ser comandado por Antonino Caponetto, que deu toda a força para Falcone ir a fundo nas apurações.

Na ocasião do atentado, “o Fiat-Crona era dirigido pelo próprio Falcone, que tinha paixão pelo volante. O motorista ficou no banco do trás e, por isso, salvou-se. Os petardos atingiram em cheio o Fiat da escolta, de cor azul. Falcone morreu às 19h05min no hospital Civico Benfratelli, de Palermo, depois de parada cardíaca e insucesso dos médicos na tentativa de reanimá-lo. Francesca, sua esposa, morreu no próprio local.

O telecomando foi acionado por Giovanni Brusca, da Colina de Capaci (uma elevação próxima à auto-estrada A/29, na cidade de Capaci). A Cosa Nostra mandou colocar 500 kg de dinamite num duto subterrâneo de escoamento de água pluviais que cortava a autopista da rodovia por onde passaria Falcone e a esposa Francesca Morvillo, também juíza.


 
Todos os anos, o magistrado é lembrando pela sua cruzada contra o crime. Foto: Ministero della Giustizia

A auto-estrada era a que ligava o aeroporto de Punta Raisa (hoje chamado Falcone-Borsellino) a Palermo. A cratera aberta com a explosão tinha 3,5 metros de profundidade e 14, 3 metros de diâmetro.

Hoje, Giovanni Brusca, que não suportou o sistema de cárcere duro, é um colaborador da Justiça italiana. Brusca fez delações, verificadas durante cinco anos. No princípio, ele distorceu fatos criminosos passados, para incriminar os seus inimigos e tumultuar as investigações.

Há pouco, as visitas de Brusca foram suspensas, pois ele usou um celular pré-pago (escondido na residência), enquanto estava com a mulher e os filhos. Cometeu falta grave, pois quis restabelecer comunicação com antigos aliados”.

(© Oriundi)


Sgominato il clan Capriati, 40 arresti

 
Il boss dirigeva la cosca dal carcere grazie alla moglie. In manette anche dieci donne inserite nell'organizzazione con ruoli ben definiti

Bari, 27 maggio 2006 - Sono stati tutti eseguiti, da circa 500 agenti di Polizia, i 40 ordini di arresto degli uomini e delle donne del clan Capriati di Bari. Operate 70 perquisizioni effettuate prevalentemente nel centro murattiano e a Modugno.

Le lunghe indagini, che non si sono avvalse del contributo di collaboratori di giustizia, hanno permesso di delineare l'assetto a connotazione familiare del clan capeggiato saldamente dal boss Antonio Capriati, 49 anni, detenuto dal 1991, e retto al suo posto dal nipote Domenico Capriati, 37 anni.

Ruoli di vertice erano ricoperti da Francesco Capriati, 29 anni, Filippo Capriati, 36 anni, Pietro Capriati, 33 anni, Raffaele Capriati, 23 anni e Giorgio Martiradonna, 32 anni. Le indagini hanno fatto emergere reciproche forniture di stupefacenti fra il clan e i Parisi di Japigia. Per questo è stato arrestato Giuseppe Parisi, fratello del noto boss Savinuccio.

L'associazione vantava un delegato di zona nell'area di Modugno: Antonio Fiore, designato ai vertici del clan in sostituzione di Michele Spagnuolo. Dieci sono le donne di mafia arrestate nel corso dell'operazione. Tra i nomi spiccano quelli di Amria Faraone, moglie del capoclan Antonio, Grazia Spagnuolo, compagna di Martiradonna, e Domenica Monti, figlia del boss Domenico.

Il clan Capriati, formatosi agli inizi degli anni ottanta, ha superato con successo le continue lotte con altri gruppi criminali e la stagione del 'pentitismo'. Dal 1997 ha affrontato la nuova cruenta guerra con il clan Strisciuglio che ha provocato diverse vittime innocenti e ha vissuto le fasi più sanguinose dal 2001 al 2003.

Negli ultimi anni l'organizzazione, ritengono gli inquirenti, «ha evidenziato notevole capacità nelle attività di riciclaggio dei proventi illeciti riuscendo a interagire con settori della società civile». Nel contesto delle indagini è emersa, infatti, la figura dell'avvocato Alessandra De Filippis, 39 anni, arrestata nel gennaio del 2005 e condannata nei giorni scorsi per favoreggiamento dello stesso clan Capriati.

L'indagine penale, che ha fatto luce sulle dinamiche evolutive del clan a partire dalla tragica estate del 2001 quando fu ucciso Michele Fazio, è stata affiancata da minuziosi accertamenti di carattere patrimoniale eseguiti da un pool di specialisti della Squadra Mobile e del Servizio Centrale operativo che hanno individuato il tesoro immobiliare del clan con il sequestro di un patrimonio del valore di decine di milioni di euro.

Tra i beni sequestrati 14 appartamenti prevalentemente nel Borgo Antico, una villa in località San Giorgio sul litorale, l'Autoparco 'San Nicola' a Poggiofranco con annessi 95 box, tre appezzamenti di terreno nelle vicinanze dell'Autoparco estesi 8 mila metri quadrati, la pizzeria 'Bella 'mbriana' in via Quintino Sella a Bari, varie partecipazioni societarie, conti correnti e 35 veicoli di recente immatricolazione.

(© Il Resto del Carlino)

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