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Roma, Cidade Aberta, de Rossellini, ganha restauração

06/05/2006

Cena de Roma, Cidade Aberta

Prefeitura de Roma declarou que vai financiar o projeto, em homenagem ao centenário do nascimento do cineasta italiano

 
ROMA - Na ocasião do centenário do nascimento do cineasta italiano Roberto Rossellini, a Prefeitura de Roma anuncia o financiamento da restauração do filme Roma, Cidade Aberta, indissoluvelmente ligado à imagem da cidade em um momento particular da sua história. A notícia foi divulgada hoje pelo assessor municipal de cultura, Gianni Borgna, ao apresentar as iniciativas programadas para a comemoração do centenário, que se completa na próxima segunda-feira, dia 8 de maio.

O filme será restaurado pela Cineteca Nazionale e então apresentado na próxima edição do Festival de Cinema de Veneza. Na entrevista coletiva estava presente também Renzo Rossellini, presidente honorário da fundação que leva o nome de seu pai, empenhada junto à prefeitura de Roma na divulgação do projeto humanístico que Rossellini desenvolveu com sua obra. "Meu pai colocou no centro da sua pesquisa a ética e não a estética. A sua era uma estética do gosto e não uma estética do belo, fez do cinema um instrumento para ajudar a humanidade", recordou o filho do cineasta símbolo do neo-realismo italiano.

Entre as manifestações previstas para este ano está a mostra Roberto Rossellini: Arte e Ciência do Humanismo prevista para dezembro no Museu de Roma em Trastevere, onde serão exploradas as relações entre Rossellini e os maiores autores clássicos, no campo das artes e das ciências.

O filme de Rossellini Roma, Cidade Aberta (1945) é considerado o marco do neo-realismo italiano e influenciou gerações de cineastas em todo o mundo.

(© Agência Estado)


Isabella Rossellini elogia presença de mulheres na política

Segundo ela, filha do diretor italiano Roberto Rossellini e da atriz Ingrid Bergman, "há pequenos detalhes na vida da mulher que um homem não pode imaginar"

 
AP
Isabella Rossellini
LONDRES - A atriz Isabella Rossellini elogiou a presença de mulheres em postos políticos importantes, como a Presidência do Chile, para a qual foi eleita a socialista Michelle Bachelet. "Acho que é a próxima revolução, a próxima luta: as mulheres se integraram na vida dos homens, mas não o contrário", critica a atriz em declarações ao jornal britânico The Guardian.

Segundo Isabella, há pequenos detalhes na vida da mulher que um homem não pode imaginar. "Para que as coisas realmente mudem", diz a atriz, "tem que haver mais mulheres em postos de comando".

Filha de dois grandes nomes do cinema, o diretor italiano Roberto Rossellini e a atriz Ingrid Bergman, Isabella declarou que o que mais quer agora é fazer filmes. Ela afirmou ter certeza de que no futuro também gostaria de dirigir, algo que, segundo explica, exige um pouco de tirania. "Embora não seja tão simples como isso", completou. "Vi, por exemplo, Martin Scorsese (seu marido entre 1979 e 1983), dirigir usando uma máscara de oxigênio para a asma, com aspecto de sentir-se muito mal".

(© Agência Estado)

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