|
Romano Prodi teve sua vitória confirmada pela
suprema corte italiana
|
Por Silvia Aloisi
ROMA (Reuters) - A Suprema Corte italiana confirmou na quarta-feira a
estreita vitória de Romano Prodi nas eleições gerais da semana passada,
rejeitando as acusações de fraude feitas pelo primeiro-ministro Silvio
Berlusconi.
A decisão encerra dias de impasse político e permite que Prodi comece
a formar o governo. Por causa de uma exigência constitucional, o
gabinete só deve tomar posse na segunda quinzena de maio.
"Finalmente, a história eleitoral acabou. Após a decisão judicial, os
italianos não têm mais dúvidas da nossa vitória. Agora estamos
trabalhando por um governo forte e para resolver os problemas da
sociedade italiana", disse Prodi.
Mas o partido Forza Italia, de Berlusconi, ainda se recusa a admitir
a derrota, dizendo que outros aspectos da eleição, a mais disputada da
história recente do país, precisam ser esclarecidos.
"Precisamos de verificações adicionais", disse o ministro da
Economia, Giulio Tremonti, dirigente da Forza Italia. Ele não
especificou que verificações são essas, mas dificilmente elas poderão
tirar a vitória de Prodi.
No entanto, nem todos os aliados de Berlusconi estavam dispostos a
prolongar a agonia. A centrista União dos Democratas Cristãos admitiu a
derrota imediatamente. A Liga Norte posteriormente também aceitou o
resultado, mas disse que Prodi teve uma "vitória de Pirro", pois há
dúvidas sobre como funcionará um governo de centro-esquerda com minoria
tão estreita no Parlamento.
Berlusconi apontava fraudes na apuração e problemas com os votos
emitidos no exterior. Após uma semana de verificações em toda a Itália,
a Suprema Corte divulgou nota dizendo que o bloco de Prodi venceu a
eleição para a Câmara por 24.755 votos. Os resultados provisórios, na
semana passada, apontavam vantagem de 25.224 votos para ele.
Mesmo assim, graças a uma reforma promovida por Berlusconi em 2005, a
coalizão de Prodi terá quase 70 deputados a mais do que a
centro-direita, num total de 630 ocupantes da Câmara. Isso porque a nova
lei eleitoral dá deputados extras à coalizão vencedora, garantindo a
maioria absoluta.
Já no Senado, onde a distribuição das cadeiras é diferente, Prodi
terá maioria de apenas dois senadores -- ou só de um, pois, segundo o
ministro Mirko Tremaglia, dos Italianos no Exterior, um parlamentar
independente eleito fora do país deve aderir à direita.
O impasse eleitoral assustou os mercados financeiros, que temem que
Prodi não tenha força para fazer reformas impopulares necessárias à
retomada do crescimento econômico.
Mesmo resolvida a disputa, ainda haverá algumas semanas de limbo
político, pois o mandato do presidente Carlo Azeglio Ciampi, a quem
caberia nomear o novo governo, termina em 18 de maio, e ele quer que seu
sucessor assuma essa tarefa.
O presidente da Itália é eleito pelo Parlamento, que se reúne pela
primeira vez em 28 de abril.
Berlusconi teme que a centro-esquerda eleja também o presidente da
República, o que daria uma crucial vantagem institucional a Prodi pelo
complicado sistema político italiano.
O atual primeiro-ministro disse que, após uma eleição tão disputada,
a Itália deveria imitar a Alemanha, onde há uma coalizão entre esquerda
e direita. Prodi rejeitou a proposta, dizendo ter maioria suficiente
para governar.
Mas, mesmo antes da posse, já há divisões na coalizão vencedora, que
abarca de moderados católicos a radicais comunistas.
O líder do mais influente sindicato do país exigiu a revogação de uma
reforma de Berlusconi que flexibiliza o mercado de trabalho. A proposta
foi apoiada pela Refundação Comunista, que terá uma voz influente no
Parlamento, graças ao seu bom resultado eleitoral. Prodi quer modificar
a lei, mas sem abandoná-la.
(©
UOL Últimas Notícias)
ROMA (Reuters) - La Corte di Cassazione ha confermato oggi la
vittoria sul filo di lana dell'Unione alle elezioni con una decisione
accolta dal suo leader Romano Prodi come il punto finale sul tormentato
scrutinio, ma contrastata da una larga parte del centrodestra.
Mentre il premier uscente Silvio Berlusconi, almeno per ora, tace.
La Cassazione ha ratificato un vantaggio di 24.755 voti a favore del
centrosinistra alla Camera -- riducendolo di soli 469 voti rispetto ai
dati del Viminale, dopo l'esame delle schede contestate -- il che
permette alla coalizione di ottenere il premio di maggioranza e 348
seggi contro i 281 della Casa delle Libertà. Al Senato l'Unione mantiene
il risicato margine di due senatori sugli avversari.
"Si è finalmente conclusa la vicenda elettorale", ha detto Prodi a
caldo in una conferenza stampa. "Gli italiani ora non hanno più dubbi
sulla nostra vittoria. Continueremo a lavorare per un governo forte e
per risolvere i problemi della società italiana. Abbiamo una maggioranza
al Senato per sostenere stabilmente e a lungo l'esecutivo".
Sull'altro fronte le decisione della Cassazione non ha portato
all'ammissione della sconfitta, tranne che da parte dell'Udc. Pochi
minuti dopo il pronunciamento della Cassazione, il segretario centrista,
Lorenzo Cesa, ha augurato "buon lavoro" a Prodi "nell'interesse
dell'Italia e degli italiani".
Ma altri, a cominciare dal ministro dell'Economia Giulio Tremonti non
demordono. Il pronunciamento della Cassazione "non esaurisce tutti i
controlli sul risultato del voto", ha detto ad una trasmissione tv.
Neppure il portavoce di Alleanza Nazionale, Andrea Ronchi, scioglie
le riserve, appuntando le speranze sull'istanza presentata da Roberto
Calderoli.
L'ex ministro leghista ha chiesto di annullare il computo di circa
45.000 voti della lista "Lega Alleanza Lombarda", apparentata al
centrosinistra, dal momento che la sua cifra elettorale è rinvenibile
solo in una circoscrizione.
La Cassazione gli ha dato oggi torto, in quanto ha rilevato che la
nuova legge elettorale "non prevede tra i requisiti di ammissibilità di
una lista e del suo eventuale collegamento in una coalizione quello
della presentazione in una pluralità di circoscrizioni elettorali".
"Prediamo atto della decisione della Cassazione, resta però il
problema posto da Calderoli", ha detto al telefono a Reuters Ronchi,
senza fornire altri dettagli.
L'ex ministro leghista, dopo avere riconosciuto che la Cassazione gli
ha dato torto, ha detto in serata che presenterà una nuova istanza alla
giunta delle elezioni alla Camera, in tal caso allungando di molto i
tempi della controversia
Il fuoco di sbarramento del centrodestra ha previsto anche un
intervento del ministro degli Italiani all'estero Mirko Tremaglia,
secondo cui il centrosinistra avrebbe perso la maggioranza al Senato
dopo la defezione di almeno un senatore eletto all'estero. A stretto
giro di posta è arrivata la smentita dell'Unione che ribadisce che i
senatori eletti nelle liste del centrosinistra "sono quattro e voteranno
la fiducia a Prodi".
Nel suo breve intervento davanti ai media, il candidato premier del
centrosinistra ha detto di non avere ricevuto nessuna telefonata di
congratulazioni da Berlusconi, il passo, apparentemente ancora lontano,
che potrebbe chiudere definitivamente il capitolo elettorale.
(©
Reuters)
|