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Justiça italiana confirma vitória de Prodi

19/04/2006

Romano Prodi teve sua vitória confirmada pela suprema corte italiana

Por Silvia Aloisi

ROMA (Reuters) - A Suprema Corte italiana confirmou na quarta-feira a estreita vitória de Romano Prodi nas eleições gerais da semana passada, rejeitando as acusações de fraude feitas pelo primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

A decisão encerra dias de impasse político e permite que Prodi comece a formar o governo. Por causa de uma exigência constitucional, o gabinete só deve tomar posse na segunda quinzena de maio.

"Finalmente, a história eleitoral acabou. Após a decisão judicial, os italianos não têm mais dúvidas da nossa vitória. Agora estamos trabalhando por um governo forte e para resolver os problemas da sociedade italiana", disse Prodi.

Mas o partido Forza Italia, de Berlusconi, ainda se recusa a admitir a derrota, dizendo que outros aspectos da eleição, a mais disputada da história recente do país, precisam ser esclarecidos.

"Precisamos de verificações adicionais", disse o ministro da Economia, Giulio Tremonti, dirigente da Forza Italia. Ele não especificou que verificações são essas, mas dificilmente elas poderão tirar a vitória de Prodi.

No entanto, nem todos os aliados de Berlusconi estavam dispostos a prolongar a agonia. A centrista União dos Democratas Cristãos admitiu a derrota imediatamente. A Liga Norte posteriormente também aceitou o resultado, mas disse que Prodi teve uma "vitória de Pirro", pois há dúvidas sobre como funcionará um governo de centro-esquerda com minoria tão estreita no Parlamento.

Berlusconi apontava fraudes na apuração e problemas com os votos emitidos no exterior. Após uma semana de verificações em toda a Itália, a Suprema Corte divulgou nota dizendo que o bloco de Prodi venceu a eleição para a Câmara por 24.755 votos. Os resultados provisórios, na semana passada, apontavam vantagem de 25.224 votos para ele.

Mesmo assim, graças a uma reforma promovida por Berlusconi em 2005, a coalizão de Prodi terá quase 70 deputados a mais do que a centro-direita, num total de 630 ocupantes da Câmara. Isso porque a nova lei eleitoral dá deputados extras à coalizão vencedora, garantindo a maioria absoluta.

Já no Senado, onde a distribuição das cadeiras é diferente, Prodi terá maioria de apenas dois senadores -- ou só de um, pois, segundo o ministro Mirko Tremaglia, dos Italianos no Exterior, um parlamentar independente eleito fora do país deve aderir à direita.

O impasse eleitoral assustou os mercados financeiros, que temem que Prodi não tenha força para fazer reformas impopulares necessárias à retomada do crescimento econômico.

Mesmo resolvida a disputa, ainda haverá algumas semanas de limbo político, pois o mandato do presidente Carlo Azeglio Ciampi, a quem caberia nomear o novo governo, termina em 18 de maio, e ele quer que seu sucessor assuma essa tarefa.

O presidente da Itália é eleito pelo Parlamento, que se reúne pela primeira vez em 28 de abril.

Berlusconi teme que a centro-esquerda eleja também o presidente da República, o que daria uma crucial vantagem institucional a Prodi pelo complicado sistema político italiano.

O atual primeiro-ministro disse que, após uma eleição tão disputada, a Itália deveria imitar a Alemanha, onde há uma coalizão entre esquerda e direita. Prodi rejeitou a proposta, dizendo ter maioria suficiente para governar.

Mas, mesmo antes da posse, já há divisões na coalizão vencedora, que abarca de moderados católicos a radicais comunistas.

O líder do mais influente sindicato do país exigiu a revogação de uma reforma de Berlusconi que flexibiliza o mercado de trabalho. A proposta foi apoiada pela Refundação Comunista, que terá uma voz influente no Parlamento, graças ao seu bom resultado eleitoral. Prodi quer modificar a lei, mas sem abandoná-la.

(© UOL Últimas Notícias)


Elezioni, la Cassazione conferma la vittoria di Prodi

ROMA (Reuters) - La Corte di Cassazione ha confermato oggi la vittoria sul filo di lana dell'Unione alle elezioni con una decisione accolta dal suo leader Romano Prodi come il punto finale sul tormentato scrutinio, ma contrastata da una larga parte del centrodestra.

Mentre il premier uscente Silvio Berlusconi, almeno per ora, tace.

La Cassazione ha ratificato un vantaggio di 24.755 voti a favore del centrosinistra alla Camera -- riducendolo di soli 469 voti rispetto ai dati del Viminale, dopo l'esame delle schede contestate -- il che permette alla coalizione di ottenere il premio di maggioranza e 348 seggi contro i 281 della Casa delle Libertà. Al Senato l'Unione mantiene il risicato margine di due senatori sugli avversari.

"Si è finalmente conclusa la vicenda elettorale", ha detto Prodi a caldo in una conferenza stampa. "Gli italiani ora non hanno più dubbi sulla nostra vittoria. Continueremo a lavorare per un governo forte e per risolvere i problemi della società italiana. Abbiamo una maggioranza al Senato per sostenere stabilmente e a lungo l'esecutivo".

Sull'altro fronte le decisione della Cassazione non ha portato all'ammissione della sconfitta, tranne che da parte dell'Udc. Pochi minuti dopo il pronunciamento della Cassazione, il segretario centrista, Lorenzo Cesa, ha augurato "buon lavoro" a Prodi "nell'interesse dell'Italia e degli italiani".

Ma altri, a cominciare dal ministro dell'Economia Giulio Tremonti non demordono. Il pronunciamento della Cassazione "non esaurisce tutti i controlli sul risultato del voto", ha detto ad una trasmissione tv.

Neppure il portavoce di Alleanza Nazionale, Andrea Ronchi, scioglie le riserve, appuntando le speranze sull'istanza presentata da Roberto Calderoli.

L'ex ministro leghista ha chiesto di annullare il computo di circa 45.000 voti della lista "Lega Alleanza Lombarda", apparentata al centrosinistra, dal momento che la sua cifra elettorale è rinvenibile solo in una circoscrizione.

La Cassazione gli ha dato oggi torto, in quanto ha rilevato che la nuova legge elettorale "non prevede tra i requisiti di ammissibilità di una lista e del suo eventuale collegamento in una coalizione quello della presentazione in una pluralità di circoscrizioni elettorali".

"Prediamo atto della decisione della Cassazione, resta però il problema posto da Calderoli", ha detto al telefono a Reuters Ronchi, senza fornire altri dettagli.

L'ex ministro leghista, dopo avere riconosciuto che la Cassazione gli ha dato torto, ha detto in serata che presenterà una nuova istanza alla giunta delle elezioni alla Camera, in tal caso allungando di molto i tempi della controversia

Il fuoco di sbarramento del centrodestra ha previsto anche un intervento del ministro degli Italiani all'estero Mirko Tremaglia, secondo cui il centrosinistra avrebbe perso la maggioranza al Senato dopo la defezione di almeno un senatore eletto all'estero. A stretto giro di posta è arrivata la smentita dell'Unione che ribadisce che i senatori eletti nelle liste del centrosinistra "sono quattro e voteranno la fiducia a Prodi".

Nel suo breve intervento davanti ai media, il candidato premier del centrosinistra ha detto di non avere ricevuto nessuna telefonata di congratulazioni da Berlusconi, il passo, apparentemente ancora lontano, che potrebbe chiudere definitivamente il capitolo elettorale.

(© Reuters)

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