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Italianos criam painéis solares que geram energia com cascas de frutas

13/03/2009

 

 

Painéis substituem uso do silício por mistura de pigmentos que diminuem custos do equipamento.

Pesquisadores italianos da Universidade Tor Vergata, em Roma, anunciaram ter produzido energia elétrica a partir de painéis solares elaborados com cascas de frutas, verduras e legumes.

Os cientistas trabalham no Polo Solar Orgânico, instituto criado dois anos atrás pela região de Lazio e com a participação da iniciativa privada para estudar o emprego de materiais orgânicos em fontes renováveis de energia.

A nova geração de painéis solares substitui o uso do silício por uma mistura de pigmentos de alimentos que podem ser sintetizados biologicamente.

A inovação está na elaboração de um material que absorve a radiação solar e a transforma em eletricidade. O grupo de pesquisadores inspirou-se na fotossíntese, processo natural das plantas de absorção de gás carbônico e emissão de oxigênio na atmosfera.

As células solares orgânicas são formadas por corantes naturais extraídos do mundo vegetal. A ciência básica por trás é a mesma do painel tradicional. Mas muda a composição química dos elementos e a espessura da lâmina que pode ser aplicada ao produto final em película, plástico ou vidro.

"Em comparação com as atuais células solares, a orgânica é mil vezes mais fina. A diferença de capacidade de absorção da energia solar varia de pigmento para pigmento, mas ela é mínima", afirmou o professor Franco Giannini, diretor do Polo, à BBC Brasil.

Os componentes eletrônicos e químicos do painel localizam-se entre as duas placas de eletrodos e são sobrepostos uns aos outros, em camadas de estratos nas quais ocorrem as reações fotovoltaicas.

Durante o processo de transformação da energia, alguns componentes recebem a irradiação solar e outros extraem a carga para a produção de eletricidade.

"Trabalha-se essencialmente com o dióxido de titânio. As células ativadas pelos corantes absorvem a radiação solar, permitindo o fenômeno da separação das cargas para a produção da energia", descreve Giannini.

Os principais elementos da nova tecnologia fazem parte de uma longa lista de pigmentos naturais de origem vegetal. Frutas silvestres, ricas em antocianinas (pigmento natural encontrado na berinjela, amoras e uvas), ou folhas de espinafre, com complexos de proteína, por exemplo, possuem propriedades capazes de ajudar na transformação da energia solar em elétrica.

"Usamos aquilo que é jogado fora, as cascas da laranja, por exemplo, e a transformamos em matéria básica para a geração de energia elétrica. O Brasil tem uma agricultura forte e pode se interessar por essa tecnologia", afirmou Giannini, que já trabalhou no país.

O painel, semitransparente ou colorido, pode captar a luz independentemente da inclinação e da intensidade dos raios solares. Esses fatores contam no processo, mas menos com a nova tecnologia.

"Uma diferença fundamental é que estas células orgânicas são tridimensionais, enquanto as tradicionais são bidimensionais. Isso significa que podem absorver a luz em todas as direções, são mais eficientes. Elas captam a radiação da luz difusa", contou Giannini. Isso significa que o céu encoberto de nuvens continua a ser uma fonte eficiente de energia solar.

A nova tecnologia poderá aumentar a produção dos painéis solares reduzindo o custo do valor da energia transformada. Hoje, os painéis a base de silício custam entre 6 a 12 euros por watt. Com a revolução a caminho, os preços podem cair para 2 euros por watt através dos painéis orgânicos.

O silício é o principal elemento químico encontrado no planeta depois do oxigênio e a matéria-prima básica usada para a elaboração dos semicondutores, usados nos painéis. O mineral, presente na areia do mar, por exemplo, é caro por causa do processo de transformação para a indústria. Ele acaba sendo o responsável por 60% do preço final do produto.

"O custo da aplicação do silício se paga em quatro anos, contra apenas um das células orgânicas", diz Giannini.

Além disso, as máquinas para construção dos painéis devem custar cerca de 1 milhão de euros, contra os 15 ou até mesmo 100 milhões necessários para outras formas de painéis fotovoltaicos. Os novos modelos também serão mais seguros.

"A manutenção é mais fácil e o roubo não é interessante, pois como alguém vai levar embora uma janela, por exemplo?", pergunta o professor.

O painel incorporado à janela tem ainda a função de repor a energia elétrica em parte usada na iluminação noturna, descarregando-a e acumulando-a em uma bateria. A fonte de calor das lâmpadas aciona o processo de transformação da energia irradiada pela luz em eletricidade.

(© Estadão)


A Tor Vergata il solare si fa con bacche, arance e bucce di melanzane

La scoperta dell'Università farà crollare i prezzi sostituendo il silicio. I pannelli, prodotti nel Tecnopolo Tiburtino, dal 2010 saranno sul mercato

di Claudia Tifi - 12/03/2009

Crolleranno i prezzi dei pannelli solari: il costosissimo silicio sarà sostituito da un composto organico, mix di bacche, arance e bucce di melanzane, che sviluppa un procedimento simile alla fotosintesi clorofilliana.

La scoperta tutta italiana è avvenuta al Polo Solare Organico, una serie di laboratori nati da poco all’Università Tor Vergata.

Si è già alla fase di industrializzazione: il progetto è passato al Polo Solare Chose (Center for Hibrid and Organic Solar Energy), il centro all’avanguardia situato nel Tecnopolo Tiburtino.
“Riteniamo di poter immettere sul mercato i primi pannelli entro il 2010 - spiega Aldo Di Carlo, responsabile del progetto e direttore del Tecnopolo – la linea avrà inizialmente una produzione limitata a 10mila metri quadri l’anno e un costo contenuto che permetterà al prodotto di entrare nel settore delle piccole e medie imprese”.

“I nuovi modelli in realizzazione – prosegue Di Carlo - abbatteranno il costo dell’energia solare che passerà da 4 a 1 euro per watt grazie ai risparmi sulla materia prima (non più il silicio che faceva aumentare del 60% il costo dei pannelli) e quello sulle macchine per la produzione dei pannelli, che costeranno 1 milione di euro contro i 15 o addirittura i 100 necessari per altre forme di fotovoltaico”.

La Regione Lazio ha creduto nelle potenzialità della ricerca applicata alla produzione di energia pulita proveniente dal sole: ha stanziato circa 6 milioni di euro per la nascita del Polo del Solare Organico. Anche alcune imprese tra cui la Erg Renew, la Dyesol e la Permasteelisa, la società italiana leader nei rivestimenti di edifici, hanno investito nel progetto.

“Il caso di Tor Vergata – ha commentato Filippo Zaratti, assessore all’Ambiente della Regione - è un successo di ricerca applicata e darà un forte impulso a tutto il settore dell’industria delle rinnovabili”.

Le sofisticate tecnologie maturate nei laboratori del Polo Solare Organico sono a disposizione dei giovani studenti attraverso un Master internazionale in Ingegneria e Fotovoltaico.

Economici e made in Italy, questi innovativi pannelli solari potranno essere lanciati sul mercato mondiale e contribuire alla riduzione delle sostanze altamente inquinanti rilasciate nell’ambiente in dosi massicce dalle fonti di energia tradizionali.

La Germania, paese più a nord e meno assolato dell’Italia, con i pannelli al silicio, produce già 4.300 Gwh di energia solare contro i miseri 39 GWh dell’Italia: che si possa finalmente comprendere il grande business che si nasconde dietro questa scoperta e la necessità sempre più impellente di dare una svolta positiva alla produzione energetica?

(© Abitare a Roma)

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