Painéis substituem uso do silício por mistura de pigmentos que
diminuem custos do equipamento.Pesquisadores italianos da Universidade Tor Vergata, em
Roma, anunciaram ter produzido energia elétrica a partir de
painéis solares elaborados com cascas de frutas, verduras e
legumes.
Os cientistas trabalham no Polo Solar Orgânico, instituto criado
dois anos atrás pela região de Lazio e com a participação da
iniciativa privada para estudar o emprego de materiais orgânicos
em fontes renováveis de energia.
A nova geração de painéis solares substitui o uso do silício por
uma mistura de pigmentos de alimentos que podem ser sintetizados
biologicamente.
A inovação está na elaboração de um material que absorve a
radiação solar e a transforma em eletricidade. O grupo de
pesquisadores inspirou-se na fotossíntese, processo natural das
plantas de absorção de gás carbônico e emissão de oxigênio na
atmosfera.
As células solares orgânicas são formadas por corantes naturais
extraídos do mundo vegetal. A ciência básica por trás é a mesma
do painel tradicional. Mas muda a composição química dos
elementos e a espessura da lâmina que pode ser aplicada ao
produto final em película, plástico ou vidro.
"Em comparação com as atuais células solares, a orgânica é mil
vezes mais fina. A diferença de capacidade de absorção da
energia solar varia de pigmento para pigmento, mas ela é
mínima", afirmou o professor Franco Giannini, diretor do Polo, à
BBC Brasil.
Os componentes eletrônicos e químicos do painel localizam-se
entre as duas placas de eletrodos e são sobrepostos uns aos
outros, em camadas de estratos nas quais ocorrem as reações
fotovoltaicas.
Durante o processo de transformação da energia, alguns
componentes recebem a irradiação solar e outros extraem a carga
para a produção de eletricidade.
"Trabalha-se essencialmente com o dióxido de titânio. As células
ativadas pelos corantes absorvem a radiação solar, permitindo o
fenômeno da separação das cargas para a produção da energia",
descreve Giannini.
Os principais elementos da nova tecnologia fazem parte de uma
longa lista de pigmentos naturais de origem vegetal. Frutas
silvestres, ricas em antocianinas (pigmento natural encontrado
na berinjela, amoras e uvas), ou folhas de espinafre, com
complexos de proteína, por exemplo, possuem propriedades capazes
de ajudar na transformação da energia solar em elétrica.
"Usamos aquilo que é jogado fora, as cascas da laranja, por
exemplo, e a transformamos em matéria básica para a geração de
energia elétrica. O Brasil tem uma agricultura forte e pode se
interessar por essa tecnologia", afirmou Giannini, que já
trabalhou no país.
O painel, semitransparente ou colorido, pode captar a luz
independentemente da inclinação e da intensidade dos raios
solares. Esses fatores contam no processo, mas menos com a nova
tecnologia.
"Uma diferença fundamental é que estas células orgânicas são
tridimensionais, enquanto as tradicionais são bidimensionais.
Isso significa que podem absorver a luz em todas as direções,
são mais eficientes. Elas captam a radiação da luz difusa",
contou Giannini. Isso significa que o céu encoberto de nuvens
continua a ser uma fonte eficiente de energia solar.
A nova tecnologia poderá aumentar a produção dos painéis solares
reduzindo o custo do valor da energia transformada. Hoje, os
painéis a base de silício custam entre 6 a 12 euros por watt.
Com a revolução a caminho, os preços podem cair para 2 euros por
watt através dos painéis orgânicos.
O silício é o principal elemento químico encontrado no planeta
depois do oxigênio e a matéria-prima básica usada para a
elaboração dos semicondutores, usados nos painéis. O mineral,
presente na areia do mar, por exemplo, é caro por causa do
processo de transformação para a indústria. Ele acaba sendo o
responsável por 60% do preço final do produto.
"O custo da aplicação do silício se paga em quatro anos, contra
apenas um das células orgânicas", diz Giannini.
Além disso, as máquinas para construção dos painéis devem custar
cerca de 1 milhão de euros, contra os 15 ou até mesmo 100
milhões necessários para outras formas de painéis fotovoltaicos.
Os novos modelos também serão mais seguros.
"A manutenção é mais fácil e o roubo não é interessante, pois
como alguém vai levar embora uma janela, por exemplo?", pergunta
o professor.
O painel incorporado à janela tem ainda a função de repor a
energia elétrica em parte usada na iluminação noturna,
descarregando-a e acumulando-a em uma bateria. A fonte de calor
das lâmpadas aciona o processo de transformação da energia
irradiada pela luz em eletricidade.
di Claudia Tifi -
12/03/2009
Crolleranno i prezzi dei pannelli solari: il costosissimo
silicio sarà sostituito da un composto organico, mix di
bacche, arance e bucce di melanzane, che sviluppa un
procedimento simile alla fotosintesi clorofilliana.
La
scoperta tutta italiana è avvenuta al Polo Solare Organico,
una serie di laboratori nati da poco all’Università Tor
Vergata.
Si è
già alla fase di industrializzazione: il progetto è passato
al Polo Solare Chose (Center for Hibrid and Organic Solar
Energy), il centro all’avanguardia situato nel Tecnopolo
Tiburtino.
“Riteniamo di poter immettere sul mercato i primi pannelli
entro il 2010 - spiega Aldo Di Carlo, responsabile del
progetto e direttore del Tecnopolo – la linea avrà
inizialmente una produzione limitata a 10mila metri quadri
l’anno e un costo contenuto che permetterà al prodotto di
entrare nel settore delle piccole e medie imprese”.
“I
nuovi modelli in realizzazione – prosegue Di Carlo -
abbatteranno il costo dell’energia solare che passerà da 4 a
1 euro per watt grazie ai risparmi sulla materia prima (non
più il silicio che faceva aumentare del 60% il costo dei
pannelli) e quello sulle macchine per la produzione dei
pannelli, che costeranno 1 milione di euro contro i 15 o
addirittura i 100 necessari per altre forme di
fotovoltaico”.
La
Regione Lazio ha creduto nelle potenzialità della ricerca
applicata alla produzione di energia pulita proveniente dal
sole: ha stanziato circa 6 milioni di euro per la nascita
del Polo del Solare Organico. Anche alcune imprese tra cui
la Erg Renew, la Dyesol e la Permasteelisa, la società
italiana leader nei rivestimenti di edifici, hanno investito
nel progetto.
“Il
caso di Tor Vergata – ha commentato Filippo Zaratti,
assessore all’Ambiente della Regione - è un successo di
ricerca applicata e darà un forte impulso a tutto il settore
dell’industria delle rinnovabili”.
Le
sofisticate tecnologie maturate nei laboratori del Polo
Solare Organico sono a disposizione dei giovani studenti
attraverso un Master internazionale in Ingegneria e
Fotovoltaico.
Economici e made in Italy, questi innovativi pannelli solari
potranno essere lanciati sul mercato mondiale e contribuire
alla riduzione delle sostanze altamente inquinanti
rilasciate nell’ambiente in dosi massicce dalle fonti di
energia tradizionali.
La
Germania, paese più a nord e meno assolato dell’Italia, con
i pannelli al silicio, produce già 4.300 Gwh di energia
solare contro i miseri 39 GWh dell’Italia: che si possa
finalmente comprendere il grande business che si nasconde
dietro questa scoperta e la necessità sempre più impellente
di dare una svolta positiva alla produzione energetica?