Visitantes do exterior e da própria Itália
poderão, ao longo deste ano, visitar o Pallazo Del Quirinale, em
Roma, antiga moradia dos Papas, reis e atual residência dos
presidentes da República. Sem maiores formalidades, apenas pagando
uma taxa de cinco euros, um comunicado informa que o público poderá
conhecer o palácio, famoso por seus jardins e pelas obras de arte
que abriga, todos os domingos das 8h30min às 12h. As exceções ficam
por conta dos dias 12 e 26 de abril, 3 e 31 de maio, 1º de novembro
RO, 13,20 2 27 de dezembro e de 21 de junho a 13 de setembro.
Menos de 18 anos e maiores de 65, assim como grupos de estudantes
acompanhados dos professores, guias turísticos e intérpretes
turísticos também ficam isentos de pagamento.
Uma obra em muitos tempos
Em 1583, o Papa Gregório XIII começou a construção de uma
residência estival numa área considerada mais adequada do que a
Colina do Vaticano e o Latrão, dando a missão ao arquiteto Ottaviano
Mascarino. Os trabalhos terminaram em 1585. Nesse mesmo ano, a morte
do Papa impediu Mascarino de realizar um segundo projeto, que previa
a ampliação do palacete para transformá-lo num grande palácio com
alas com pórticos paralelos e um grande pátio no seu interior.
O edifício construído por Mascarino ainda se pode reconhecido na
fachada norte do Pátio de Honra, caracterizada por uma loggia
(galeria aberta) dupla e superada pela torre panorâmica atualmente
conhecida como torre dos ventos (torre dei venti) ou torrino,
sucessivamente elevada com a construção do campanário, segundo um
suposto projeto de Carlo Maderno e Francesco Borromini.
O edifício de Ottaviano Mascarino foi construido sobre um terreno
pertencente então à família Carafa, e arrendado a Luigi d'Este, a
quem o Papa, ao que parece, queria deixar o palacete. Por esse
motivo, o Papa Sixto V fez com que a Câmara Apostólica adquirisse o
terreno em 1587 e só depois interveio na ampliação do palácio,
servindo-se do trabalho de Domenico Fontana.
Este arquiteto seria utilizado por Sisto V em todas as grandes
obras arquitetônicas e urbanísticas do seu pontificado. Fontana
empenhou-se numa remodelação completa da zona, com a construção do
eixo das ruas Pia e Felice, o consequente cruzamento das Quattro
Fontane (Quatro Fontes) e a definição da outra residência "privada"
do Pontífice em Termini.
O Papa Paulo V encarregou Flaminio Ponzio da finalização das
obras sobre a zona principal do palácio e dos trabalhos de
ampliação. Este arquiteto realizou a ala sobre o jardim, a sala de
reuniões (atual Salão das Festas) e a Capela da Anunciação, decorada
entre 1609 e 1612 por Guido Reni, com a colaboração de Giovanni
Lanfranco, Francesco Albani, Antonio Carracci e Tommaso Campana,
salas que rematariam o palácio com duas elevações ainda hoje
visíveis.
Com a morte de Ponzio, em 1613, os trabalhos de ampliação
prosseguiram sob a direção de Carlo Maderno, autor da ala que dá
para a rua do Quirinal, onde realizou a Capela Paulina, os
apartamentos papais e a Sala Real, atualmente chamada dos Coraceros
(Couraceiros). A altura da Capela e do Salão dos Couraceiros
obrigou a construir uma segunda elevação, bastante visível inclusive
na fachada do palácio.
O Salão dos Couraceiros foi decorado com afrescos de Agostino
Tassi, autor do projeto e responsável pelos trabalhos na parede sul,
enquanto que as outras três paredes foram entregues a Carlo Saraceni
e Giovanni Lanfranco; de um modo menos notório, também contribuíram
para estes trabalhos Lo Spadarino, Fra Paolo Novelli e, segundo
Roberto Longi (historiador de arte): Marcantoni Bassetti, Pasquales
Ottino e Alessandro Tucchi, chamado o Orbetto.
O Papa Urbano VIII adquiriu muitos terrenos que ampliaram a
propriedade em direção a leste, beneficiando, sobretudo, o jardim
que quase duplicou a sua superfície. O mesmo Papa mandou, mais
tarde, elevar um muro que rodeou o novo perímetro do complexo do
Quirinale. Algumas partes sobreviventes deste muro são ainda
visíveis na rua dos jardins.
Gian Lorenzo Bernini, sob o papado do Papa Alexandre VII,
projectou a construção da Manica Lunga (Manga Larga), realizando o
primeiro desenho entre 1657 e 1659; o edifício foi continuado entre
1722 e 1724 por Alessandro Speechi, sob o papado do Papa Inocêncio
XIII, e terminado por Ferdinando Fuga entre 1730 e 1732 durante o
papado do Papa Clemente XII. Ao concluir a Manga Longa, Ferdinando
Fuga modificou o Palacete do Conde de Cantalmaggio transformando-o
no Palacete do Secretário dos Selos, atualmente conhecido como
Palacete de Fuga.
.A Escadaria de Honra é emoldurada por um afresco de Melozzo da
Forlì, um "Cristo na sua Glória", o qual fazia parte, originalmente,
da decoração das absides da Igreja dos Santos Apóstolos, uma igreja
de Roma totalmente reestruturada no século XVII por Carlo Stefano
Fontana, a mesma igreja de onde provêm os Anjos músicos de Melozzo
da Forlì, atualmente no Museu do Vaticano.
O afresco está situado sobre o primeiro patamar, na parede que se
ergue em frente do Pátio de Honra, de tal maneira que é
perfeitamente visível para quem entra ou sai do palácio: o efeito
pretendido era fazer recordar uma última vez ao hóspede ou
visitante, enquanto saía, que havia recebido a bênção papal e,
portanto, desfrutava de bons augúrios. Uma lápide latina inserida
abaixo do afresco recorda o primado de Melozzo sobre a perspectiva;
o conjunto está rodeado pelos símbolos heráldicos do Papa Clemente
XI.
Os jardins do Quirinale, famosos pela sua posição privilegiada
que quase os converte numa ilha elevada sobre Roma, foram
modificados ao longo dos séculos segundo os gostos e as necessidades
das sucessivas Cortes Papais. A atual distribuição integra uma parte
do jardim original do século XVI, situada em torno do palácio. O
jardim "romântico", da segunda metade do século XVII, conserva
daquela época a esplêndida Casa de Café edificada por Ferdinando
Fuga como vestíbulo do Papa Bento XIV, decorada com pinturas de
Girolamo Pompeo Batoni e Giovan Paolo Pannini.
O Palácio do Quirinale serviu de residência estival aos Papas até
1870, quando Roma foi conquistada pelo Reino de Itália. O último
pontífice a habitar no palácio foi o Papa Pio IX. Passou, então, a
ser a residência oficial do Rei.
Em Setembro de 1870, o que restava dos Estados Pontifícios
desapareceu. Cerca de cinco meses depois, em 1871, Roma tornou-se
capital do novo Reino da Itália. O palácio foi ocupado durante a
invasão de Roma e virou a residência oficial dos Reis de Itália,
embora na realidade alguns monarcas, especialmente o Rei Vítor
Emanuel III (reinou de 1900 a 1946), tenham vivido em residências
privadas noutros locais, sendo o Quirinale usado somente como
gabinete e para funções de estado. A monarquia foi abolida em 1946 e
o palácio tornou-se residência oficial e local de trabalho do
Presidente da República Italiana.
Os dois primeiros Presidentes da República italiana, Enrico De
Nicola e Luigi Einaudi, não viveram no Quirinale. Giovanni Gronchi
foi o primeiro Presidente que viveu no palácio, seguido por Antonio
Segni, Giuseppe Saragat e Giovanni Leone, todos eles com as
respectivas famílias. Alessandro Pertini e Francesco Cossiga
utilizaram o Quirinale como gabinete de trabalho mas nunca habitaram
ali. Oscar Luigi Scalfaro residiu no palácio durante metade do seu
mandato. Os seus sucessores, Carlo Azeglio Ciampi e Giorgio
Napolitano, também o habitaram.
O Palácio do Quirinal ehospeda os gabinetes e os aposentos do
Chefe de Estado. Na grande ala da via do Quirinale, a denominada
Manga Longa, encontram-se os Apartamentos Imperiais, os quais foram
especialmente preparados, decorados e mobiliados para as duas
visitas que o kaiser Guilherme II realizou à Itália, em 1888 e 1893.
Estes apartamentos acolhem, atualmente, os monarcas e chefes de
estado estrangeiros em visita oficial ao Presidente da República.
No palácio podem encontrar-se diversas coleções artísticas de
tapetes, pinturas, esculturas, carruagens, relógios, móveis e
porcelanas, muitas das quais chegaram de outras residências
italianas, sobretudo de cortes pré-unitárias, como é o caso do
mobiliário pertencente ao Palazzo Ducale di Colorno.
L’Ufficio Stampa della Presidenza della Repubblica comunica che
l’accesso del pubblico in visita al Palazzo del Quirinale nell’anno
2009, è consentito tutte le domeniche, dalle ore 8.30 alle ore
12.00, con l’esclusione delle giornate del 4 gennaio, 12 aprile, 26
aprile, 3 maggio, 31 maggio, 1° novembre, 13 dicembre, 20 dicembre,
27 dicembre e del periodo da domenica 21 giugno a domenica 13
settembre.
Non è necessario espletare alcuna formalità se non il pagamento
del biglietto di ingresso di 5 euro.
L’accesso, previsto dalla Porta Principale sita nella Piazza del
Quirinale, sarà gratuito per chi non abbia compiuto il 18° o abbia
superato il 65° anno di età, per i gruppi di studenti accompagnati
dai loro insegnanti, per le guide turistiche nell’esercizio della
propria attività professionale, per gli interpreti turistici quando
occorra la loro opera a fianco della guida.