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Pallazzo Quirinale, moradia de Papas, reis e do presidente da Itália já pode ser visitado

13/01/2009

Todo o esplendor do Palazzo Quirinale, residência de papas, reis e dos presidentes italianos, pode ser admirado pelos olhos populares ao longo de 2009
 

Visitantes do exterior e da própria Itália poderão, ao longo deste ano, visitar o Pallazo Del Quirinale, em Roma, antiga moradia  dos Papas, reis e atual  residência dos presidentes da República.  Sem maiores formalidades, apenas pagando uma taxa de cinco euros, um comunicado informa que o público poderá conhecer  o palácio, famoso por seus jardins e pelas obras de arte que abriga, todos os domingos das 8h30min às 12h. As exceções ficam por conta dos dias 12 e 26 de abril, 3 e 31 de maio, 1º de novembro  RO, 13,20 2 27 de dezembro e de 21 de junho a 13 de setembro.

Menos de 18 anos e maiores de 65, assim como grupos de estudantes acompanhados dos professores, guias turísticos e intérpretes turísticos também ficam isentos de pagamento.

Uma obra em muitos tempos

Em 1583, o Papa Gregório XIII começou a construção de uma residência estival numa área considerada mais adequada do que a Colina do Vaticano e o Latrão, dando a missão ao arquiteto Ottaviano Mascarino. Os trabalhos terminaram em 1585. Nesse mesmo ano, a morte do Papa impediu Mascarino de realizar um segundo projeto, que previa a ampliação do palacete para transformá-lo num grande palácio com alas com pórticos paralelos e um grande pátio no seu interior.

O edifício construído por Mascarino ainda se pode reconhecido na fachada norte do Pátio de Honra, caracterizada por uma loggia (galeria aberta) dupla e superada pela torre panorâmica atualmente conhecida como torre dos ventos (torre dei venti) ou torrino, sucessivamente elevada com a construção do campanário, segundo um suposto projeto de Carlo Maderno e Francesco Borromini.

O edifício de Ottaviano Mascarino foi construido sobre um terreno pertencente então à família Carafa, e arrendado a Luigi d'Este, a quem o Papa, ao que parece, queria deixar o palacete. Por esse motivo, o Papa Sixto V fez com que a Câmara Apostólica adquirisse o terreno em 1587 e só depois interveio na ampliação do palácio, servindo-se do trabalho de Domenico Fontana.

Este arquiteto seria utilizado por Sisto V em todas as grandes obras arquitetônicas e urbanísticas do seu pontificado. Fontana empenhou-se numa remodelação completa da zona, com a construção do eixo das ruas Pia e Felice, o consequente cruzamento das Quattro Fontane (Quatro Fontes) e a definição da outra residência "privada" do Pontífice em Termini.

 O Papa Paulo V encarregou Flaminio Ponzio da finalização das obras sobre a zona principal do palácio e dos trabalhos de ampliação. Este arquiteto realizou a ala sobre o jardim, a sala de reuniões (atual Salão das Festas) e a Capela da Anunciação, decorada entre 1609 e 1612 por Guido Reni, com a colaboração de Giovanni Lanfranco, Francesco Albani, Antonio Carracci e Tommaso Campana, salas que rematariam o palácio com duas elevações ainda hoje visíveis.

Com a morte de Ponzio, em 1613, os trabalhos de ampliação prosseguiram sob a direção de Carlo Maderno, autor da ala que dá para a rua do Quirinal, onde realizou a Capela Paulina, os apartamentos papais e a Sala Real, atualmente chamada dos Coraceros (Couraceiros).  A altura da Capela e do Salão dos Couraceiros obrigou a construir uma segunda elevação, bastante visível inclusive na fachada do palácio.

O Salão dos Couraceiros foi decorado com afrescos de Agostino Tassi, autor do projeto e responsável pelos trabalhos na parede sul, enquanto que as outras três paredes foram entregues a Carlo Saraceni e Giovanni Lanfranco; de um modo menos notório, também contribuíram para estes trabalhos Lo Spadarino, Fra Paolo Novelli e, segundo Roberto Longi (historiador de arte): Marcantoni Bassetti, Pasquales Ottino e Alessandro Tucchi, chamado o Orbetto.

O Papa Urbano VIII adquiriu muitos terrenos que ampliaram a propriedade em direção a leste, beneficiando, sobretudo, o jardim que quase duplicou a sua superfície. O mesmo Papa mandou, mais tarde, elevar um muro que rodeou o novo perímetro do complexo do Quirinale. Algumas partes sobreviventes deste muro são ainda visíveis na rua dos jardins.

 Gian Lorenzo Bernini, sob o papado do Papa Alexandre VII, projectou a construção da Manica Lunga (Manga Larga), realizando o primeiro desenho entre 1657 e 1659; o edifício foi continuado entre 1722 e 1724 por Alessandro Speechi, sob o papado do Papa Inocêncio XIII, e terminado por Ferdinando Fuga entre 1730 e 1732 durante o papado do Papa Clemente XII. Ao concluir a Manga Longa, Ferdinando Fuga modificou o Palacete do Conde de Cantalmaggio transformando-o no Palacete do Secretário dos Selos, atualmente conhecido como Palacete de Fuga.

.A Escadaria de Honra é emoldurada por um afresco de Melozzo da Forlì, um "Cristo na sua Glória", o qual fazia parte, originalmente, da decoração das absides da Igreja dos Santos Apóstolos, uma igreja de Roma totalmente reestruturada no século XVII por Carlo Stefano Fontana, a mesma igreja de onde provêm os Anjos músicos de Melozzo da Forlì, atualmente no Museu do Vaticano.

O afresco está situado sobre o primeiro patamar, na parede que se ergue em frente do Pátio de Honra, de tal maneira que é perfeitamente visível para quem entra ou sai do palácio: o efeito pretendido era fazer recordar uma última vez ao hóspede ou visitante, enquanto saía, que havia recebido a bênção papal e, portanto, desfrutava de bons augúrios. Uma lápide latina inserida abaixo do afresco recorda o primado de Melozzo sobre a perspectiva; o conjunto está rodeado pelos símbolos heráldicos do Papa Clemente XI.

Os jardins do Quirinale, famosos pela sua posição privilegiada que quase os converte numa ilha elevada sobre Roma, foram modificados ao longo dos séculos segundo os gostos e as necessidades das sucessivas Cortes Papais. A atual distribuição integra uma parte do jardim original do século XVI, situada em torno do palácio. O jardim "romântico", da segunda metade do século XVII, conserva daquela época a esplêndida Casa de Café edificada por Ferdinando Fuga como vestíbulo do Papa Bento XIV, decorada com  pinturas de Girolamo Pompeo Batoni e Giovan Paolo Pannini.

O Palácio do Quirinale serviu de residência estival aos Papas até 1870, quando Roma foi conquistada pelo Reino de Itália. O último pontífice a habitar no palácio foi o Papa Pio IX. Passou, então, a ser a residência oficial do Rei.

Em Setembro de 1870, o que restava dos Estados Pontifícios desapareceu. Cerca de cinco meses depois, em 1871, Roma tornou-se capital do novo Reino da Itália. O palácio foi ocupado durante a invasão de Roma e virou a residência oficial dos Reis de Itália, embora na realidade alguns monarcas, especialmente o Rei Vítor Emanuel III (reinou de 1900 a 1946), tenham vivido em residências privadas noutros locais, sendo o Quirinale usado somente como gabinete e para funções de estado. A monarquia foi abolida em 1946 e o palácio tornou-se residência oficial e local de trabalho do Presidente da República Italiana.

Os dois primeiros Presidentes da República italiana, Enrico De Nicola e Luigi Einaudi, não viveram no Quirinale. Giovanni Gronchi foi o primeiro Presidente que viveu no palácio, seguido por Antonio Segni, Giuseppe Saragat e Giovanni Leone, todos eles com as respectivas famílias. Alessandro Pertini e Francesco Cossiga utilizaram o Quirinale como gabinete de trabalho mas nunca habitaram ali. Oscar Luigi Scalfaro residiu no palácio durante metade do seu mandato. Os seus sucessores, Carlo Azeglio Ciampi e Giorgio Napolitano, também o habitaram.

O Palácio do Quirinal ehospeda os gabinetes e os aposentos do Chefe de Estado. Na grande ala da via do Quirinale, a denominada Manga Longa, encontram-se os Apartamentos Imperiais, os quais foram especialmente preparados, decorados e mobiliados para as duas visitas que o kaiser Guilherme II realizou à Itália, em 1888 e 1893. Estes apartamentos acolhem, atualmente, os monarcas e chefes de estado estrangeiros em visita oficial ao Presidente da República.

No palácio podem encontrar-se diversas coleções artísticas de tapetes, pinturas, esculturas, carruagens, relógios, móveis e porcelanas, muitas das quais chegaram de outras residências italianas, sobretudo de cortes pré-unitárias, como é o caso do mobiliário pertencente ao Palazzo Ducale di Colorno.

L’Ufficio Stampa della Presidenza della Repubblica comunica che l’accesso del pubblico in visita al Palazzo del Quirinale nell’anno 2009, è consentito tutte le domeniche, dalle ore 8.30 alle ore 12.00, con l’esclusione delle giornate del 4 gennaio, 12 aprile, 26 aprile, 3 maggio, 31 maggio, 1° novembre, 13 dicembre, 20 dicembre, 27 dicembre e del periodo da domenica 21 giugno a domenica 13 settembre.

Non è necessario espletare alcuna formalità se non il pagamento del biglietto di ingresso di 5 euro.

L’accesso, previsto dalla Porta Principale sita nella Piazza del Quirinale, sarà gratuito per chi non abbia compiuto il 18° o abbia superato il 65° anno di età, per i gruppi di studenti accompagnati dai loro insegnanti, per le guide turistiche nell’esercizio della propria attività professionale, per gli interpreti turistici quando occorra la loro opera a fianco della guida. 

(© Oriundi)

 

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