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Ex-terrorista da esquerda italiana, Cesare Battisti é preso no Rio

Cesare Battisti
 

Líder dos 'Proletários Armados pelo Comunismo', ele estava foragido há 26 anos. Battisti foi condenado por 4 assassinatos em 1993 e viveria no Brasil há três anos

O italiano Cesare Battisti, 52 anos, apontado pelo governo italiano como ex-terrorista de extrema esquerda, foragido há 26 anos em seu país, foi preso neste domingo (18), no calçadão na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Battisti foi condenado à prisão perpétua em seu país, em 1993, por envolvimento em quatro assassinatos cometidos em 1978 e 1979. Ele era tido como um dos chefes da organização de extrema esquerda ''Proletários Armados pelo Comunismo'', mas sempre negou os crimes.

A prisão foi resultado de uma ação conjunta entre a Polícia Federal brasileira e agentes italianos e franceses, segundo informou a PF neste domingo. Battisti estaria vivendo no Brasil desde 2004.

Ele ficará preso na sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro e sua extradição para a Itália dependerá de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Entenda o caso

Cesare Battisti foi preso na Itália em junho de 1979, durante investigação sobre atos terroristas de grupos de esquerda, e fugiu do país em outubro de 1981. Ele encontrou refúgio na América Latina e depois na França - nos anos 80, o então presidente François Mitterrand se negava a extraditar ativistas italianos de esquerda.

Na França, onde vivia legalmente, o ex-ativista se reinventou como escritor, tendo publicado 12 romances policiais. Pai de duas filhas, garantia um salário mensal como porteiro.

A Justiça francesa, após a mudança da legislação de extradição, chegou a deter o ativista italiano em fevereiro de 2004 e finalmente aceitou a entregá-lo à Itália em outubro do mesmo ano, mas Battisti fugiu do país antes disso. As investigações apontam que ele estaria vivendo no Brasil há três anos.

*Com informações da AFP, EFE e do Globo Notícia

(© G1)


Ex-ativista italiano, Cesare Battisti, é preso no Brasil

RIO DE JANEIRO (Brasil), 18 mar (AFP) - A Polícia brasileira prendeu neste domingo no Rio de Janeiro o ex-ativista italiano de extrema-esquerda, Cesare Battisti, foragido desde 2004, no momento em que se encontrava com uma mulher, Lucie Geneviève Olès, entregava dinheiro a ele, confirmaram as autoridades policiais brasileiras.

Cesare Battisti foi preso na Avenida Atlântica, em Copacabana, informou à AFP o delegado da Polícia Federal do Rio, Oswaldo da Cruz Ferreira. O ex-ativista "não tinha documentos. Tiramos, então, suas impressões digitais", acrescentou. Segundo um outro agente, ele se identificou e não se mostrou surpreso com a prisão.

A mulher foi detida e depois liberada. Lucie Geneviève Olès havia entrado legalmente no Brasil com 9.000 euros, acrescentou. "Tudo estava em ordem, não havia nada contra ela, pelo que foi liberada". "Sua função era apenas a de levar o dinheiro para ele", comentou o delegado.

Cesare Battisti está atualmente detido na sede da Polícia Federal do Rio e deverá ser rapidamente transferido para Brasília, prosseguiu o delegado. Ele imediatamente pediu a presença de um advogado, Marco Mora, cuja presença foi constatada pela AFP. A operação foi supervisionada pela Organização Internacional da Polícia "com a participação de membros franceses da Interpol", informou em Brasília o chefe de operações e de cooperação internacional da Polícia Federal brasileira, Glorivan Bernardo de Oliveira.

A prisão foi efetuada com ordem do Supremo Tribunal Federal "em resposta a um pedido de extradição do governo italiano", informou à AFP.

Brasil e Itália assinaram em 1989 um acordo de extradição que entrou em vigor em 1993. Cesare Battisti deverá permanecer na prisão durante o procedimento de extradição que poderá levar seis meses, segundo uma autoridade brasileira da Interpol.

O ex-ativista italiano vivia clandestinamente no Brasil desde a sua fuga da França em agosto de 2004.

Cesare Battisti, que foi um dos chefes da organização de extrema-esquerda "Proletários Armados pelo Comunismo" (PAC), foi julgado em 1993 pela Justiça italiana, à revelia, após um processo contraditório, e condenado à prisão perpétua por sua participação em quatro assassinatos entre 1978 e 1979, entre eles o de um joalheiro milanês. Ele sempre negou os assassinatos.

Preso em junho de 1979 durante uma investigação sobre este assassinato e tendo fugido em outubro de 1981, Cesare Battisti havia encontrado refúgio na América Latina, e depois na França, em um momento em que o presidente François Mitterrand se negava a extraditar ativistas italianos que tivessem renunciado à violência.

A Justiça francesa finalmente aceitou extraditá-lo em outubro de 2004, mas Battisti conseguiu fugir.

(© UOL Últimas Notícias)


Cesare Battisti arrestato in Brasile

L'ex leader dei Proletari Armati per il Comunismo, rifugiato in Francia 15 anni fa, era evaso dai domiciliari a Parigi nel 2004. Mastella auspica l'estradizione "a breve"

TERRORISMO Brasilia, 18 marzo 2007. - L'ex terrorista dei Proletari Armati per il Comunismo, Cesare Battisti (nella foto), evaso dagli arresti domiciliari a Parigi nell'estate del 2004, è stato arrestato in Brasile .Il quotidiano «Le Figaro» ha annunciato in esclusiva la notizia della cattura.

Il ministro della Giustizia, Clemente Mastella, si congratula per la brillante operazione condotta dalle forze dell'ordine italiane in cooperazione con le autorità brasiliane e francesi, che ha portato all'arresto, in Brasile, di Cesare Battisti. Il Guardasigilli auspica che le procedure di estradizione possano condurre "a breve" al rientro in Italia di Battisti, condannato in via definitiva per 4 omicidi e altri gravi delitti.

LA LUNGA LATITANZA
Battisti, ex leader dei Pac, evaso da un carcere italiano nel 1980 e rifugiatosi in Francia 15 anni fa, si era dato alla latitanza il 22 agosto 2004 per sfuggire a un'estradizione che vedeva sempre più vicina.
A Parigi l'ex leader dei Pac, grazie alla 'dottrina Mitterand', si era rifatto una vita: abbandonata la lotta armata, si era dato alla scrittura, diventando un giallista di fama e pubblicando opere in cui proponeva alcune analisi sull'esperienza dell'antagonismo radicale, tra cui 'L'orma rossa', edito da Einaudi.

Poi, però, quando l'aria era cominciata a farsi più pesante, Battisti aveva deciso di fuggire. A cambiare le carte in tavola era stato il parere favorevole all'estradizione dato dalla Corte d'appello di Parigi il 30 giugno del 2004.
Poco dopo il presidente francese Jacques Chirac aveva fatto sapere che avrebbe dato il via libera all'estradizione nel caso in cui il ricorso in Cassazione presentato dai legali di Battisti fosse stato respinto. "La dichiarazione di Jacques Chirac, due giorni dopo la decisione della Corte d'appello, è riuscita a togliermi ogni speranza", aveva detto l'ex leader dei Pac nella lettera inviata agli avvocati Irène Terrel e Jean-Jacques de Felice per spiegare le ragioni della sua fuga.

Pochi mesi dopo, il 23 ottobre 2004 il primo ministro francese, Jean Pierre Raffarin, aveva firmato il decreto di estradizione che costringeva l'ex terrorista dei Proletari armati per il comunismo a scontare la propria pena in Italia.

Contro il decreto nel novembre 2004 i legali di Battisti avevano presentato invano ricorso al Consiglio di Stato, che aveva al contrario convalidato il decreto nel marzo 2005.
Gli avvocati ci hanno poi riprovato poco più di un mese fa, presentando un ricorso presso la Corte Europea dei diritti dell'uomo di cui non si conosce l'esito.

(© Il Resto del Carlino)

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