Premier renunciou na semana passada depois de
perder disputa no Senado
ROMA - O
primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, venceu um voto de confiança no
Senado nesta quarta-feira, 28, garantindo a continuidade de seu governo de
centro-esquerda.
"Estou muito
satisfeito", disse o premier minutos após a vitória por 162 votos a 157.
Há nove meses à frente
do governo, Prodi renunciou na semana passada depois de perder uma
importante disputa na Câmara Alta sobre a política externa de sua coalizão.
A moção incluía a continuidade da missão italiana no Afeganistão, apoiada
pelo gabinete, mas rejeitada por dois senadores comunistas da base do
governo.
Após a renúncia, o
presidente italiano, Giorgio Napolitano, pediu ao premier que continuasse à
frente do governo, submetendo seu gabinete a uma votação de confiança no
Parlamento.
Agora que obteve a
vitória no Senado, Prodi submeterá sua coalizão ao julgamento da Câmara dos
Deputados na próxima sexta-feira, 28. Na Casa, o premier deve ser confirmado
com tranqüilidade, pois possui a ampla maioria dos votos.
"O governo é como a
Torre de Pisa: inclina, mas não cai", brincou o ministro do gabinete de
Prodi Clemente Mastella.
Mas, apesar do voto de
confiança no Parlamento, uma pesquisa do jornal italiano Corriere de la
Sera afirma que 39% dos italianos acreditam que o governo do país
permanecerá frágil e durará apenas alguns meses com Prodi à frente do
gabinete.
O mandato de cinco anos
do governo expira apenas em 2011.
Otimismo
Ao pedir o apoio do
Senado, em um discurso na terça-feira, 27, o premier optou pela
não-confrontação. O objetivo era angariar o maior apoio possível dentro do
amplo mosaico político da coalizão de governo. A base de apoio de Prodi
conta com Democratas-cristãos, socialistas e comunistas.
Nos últimos dias, a
expectativa entre os senadores era de que Prodi sobreviveria ao teste.
O próprio premier
mostrava otimismo. "A coalizão alcançou um forte e coeso acordo", disse ele
pouco antes do início da votação. "Nós temos a firme intenção de seguir
adiante."
Consenso momentâneo
O consenso momentâneo
dentro de uma amplamente dividida coalizão de governo tem pelo menos um
motivo claro: os aliados de Prodi preferiram colocar suas diferenças de lado
a correr o risco de uma volta do líder conservador Silvio Berlusconi ao
poder.
Não por acaso, vários
senadores que normalmente não apoiariam o governo deram um voto de confiança
para Prodi. É o caso de um ex-aliado centrista de Berlusconi, um senador
independente eleito no exterior e ao menos quatro dos sete senadores
vitalícios.
Caso perdesse o voto de
confiança, o governo seria obrigado a renunciar - o que implicaria na
convocação de novas eleições em um momento em que as pesquisas de opinião
favorecem as forças conservadoras.
Dificuldades
Ainda assim,
dificilmente Prodi encontrará apoio suficiente para governar com
tranqüilidade nos próximos meses. Em seus nove meses à frente do governo, o
premier tem enfrentado muitas dificuldades para aprovar políticas chaves de
sua administração.
Na derrota da semana
passada que o levou a renunciar, Prodi não conseguiu os votos necessários
para passar as linhas mestras de sua política externa, incluindo o
comprometimento em manter 1,8 mil soldados italianos no Afeganistão. A
derrota foi atribuída ao voto de políticos de extrema esquerda e alguns
senadores vitalícios.
E a conjuntura não deve
mudar nas próximas votações. Apesar do apoio ao governo durante o voto de
confiança, alguns senadores membros da coalizão adiantaram que manterão sua
oposição à presença militar do país no Afeganistão e votarão contra uma
medida para permitir o refinanciamento de missão.
(©
Agência Estado)
Governo ottiene fiducia da Senato con 162 voti su 319
ROMA
(Reuters) - Il governo presieduto da Romano Prodi ha ricevuto stasera la
fiducia dal Senato con 162 voti su 319 votanti. Il quorum richiesto era di
160 voti favorevoli.
Il risultato è stato proclamato in aula dal presidente Franco Marini.
All'uscita dall'aula Prodi ha detto ai giornalisti: "Sono molto
soddisfatto, adesso andiamo alla Camera".
Poi, mentre si recava a Palazzo Chigi, ha rivendicato la
"autosufficienza" della sua maggioranza: "C'è l'autosufficienza sotto tutti
gli aspetti, anche senza i senatori a vita che sono comunque uguali agli
altri. In più, (il presidente del Senato Franco) Marini non ha votato".
Non hanno partecipato al voto i senatori a vita Giulio Andreotti e Sergio
Pininfarina. Gli altri 5 senatori a vita hanno votato a favore ad eccezione
di Francesco Cossiga che ha votato no. Il presidente del Senato Marini, come
consuetudine, non ha partecipato al voto pur essendo presente.
Come previsto sia Marco Follini sia Luigi Pallaro hanno votato a favore
del governo.
SU DICO GOVERNO HA ESAURITO IL SUO COMPITO
Nella sua replica prima del voto di fiducia, Prodi ha affrontato vari
temi, tra cui i Dico, sostenendo che il governo sulla questione ha esurio il
suo ruolo.
"Sulle unioni di fatto il governo ha presentato un suo disegno di legge
in Parlamento e con questo ha esaurito il suo compito. In Parlamento sono
pervenute numerose proposte, della maggioranza e dell'opposizione, e quindi
è un lavoro del Parlamento costruire un testo su cui si possa avere ampia
convergenza", ha detto Prodi.
"Mi attendo quindi un dibattito sereno e approfondito per ricercare
soluzioni condivise", ha aggiunto il presidente del consiglio.
Nell'intervento di ieri, Prodi non aveva menzionato il ddl sui cosiddetti
Dico in una mossa letta da molti come il tentativo di non suscitare la
reazione negativa dei senatori più vicini al Vaticano e di rendere ancora
più incerta la sua maggioranza.
FERMA INTENZIONE DI CONTINUARE SULLA STRADE DELLE RIFORME
Prodi ha concluso al Senato il dibattito parlamentare sulla richiesta di
fiducia dichiarando "la ferma intenzione" del suo governo di proseguire
sulla strada delle riforme.
"Il governo ha deciso di non abbandonare la strada maestra del
risanamento dei conti pubblici. Non vogliamo oscillare tra rigore e
lassismo. Voglio mandare un messaggio: l'Italia è degna di fiducia", ha
detto Prodi in un apparente riferimento alle agenzie di rating
internazionali che hanno criticato la fragilità dell'Unione.
"Il nostro governo rispetta lo schema di risanamento e il rientro nei
parametri che ci sono proposti, imposti dalla comunità allargata", alla
quale l'Italia appartiene.
Sulla riforma delle pensioni, prossimo, difficilissimo scoglio della
maggioranza, Prodi ha tenuto a smentire le indiscrezioni giornalistiche e ha
detto che il governo "non parte da posizioni predeterminate".
(©
Reuters Italia) |