Depois de ter abalado a Itália há um mês,
a chacina que tirou a vida de três membros de uma mesma família e uma
outra pessoa na cidade de Erba, foi esclarecida: um casal que morava no
mesmo prédio confessou os assassinatos após serem interrogados por 10
horas, até a meia noite da última quarta-feira (10). O motivo: o barulho
que vinha do apartamento de Raffaela Castagna, 30 anos, provocou a ira
dos vizinhos Olindo Romano e Roza Bazzi, que degolaram a mulher, seu
filho de dois anos, e sua mãe, além de um homem de 60 anos que tentou
ajudá-los. Depois da matança, o casal colocou fogo no apartamento das
vítimas.O strage de Erba (o
massacre de Erba), como ficou conhecido pela imprensa italiana, ocorreu
no dia 11 de dezembro e, num primeiro momento, chegou-se a suspeitar do
envolvimento do marido de Raffaella, um imigrante da Tunísia que, por
ocasião das mortes, estava em viagem ao seu país natal. As suspeitas
foram alimentadas ainda mais pelo fato de o tunisiano ter saído da
prisão recentemente, onde cumpria pena por tráfico de drogas,
acreditando-se que tudo poderia ter sido causado por vingança de
traficantes.
O casal cometeu a chacina de forma
premeditada, mas o estopim foi uma discussão acalorada sobre o barulho
que os importunava. Eles se utilizaram de duas facas e uma barra de
ferro para assassinar os vizinhos e a mulher confessou ter matado a
criança.Sem nunca terem tido qualquer caso com a policia, quando
passaram a ser alvo das investigações o casal manteve-se durante muito
tempo irredutível, negando qualquer participação.
A autoridade judicial que interrogou o
casal disse que eles fizeram uma confissão completa, contando os
detalhes dos crimes, inclusive o fato de que a criança assassinada
estava chorando. E a motivação ficou muito clara: "banale litigiosità".
Ambos já foram recolhidos.