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33 mil euros/ano, o salário que a União Européia pagará a imigrantes qualificados

26/09/2008

Imigrantes na Europa

A quantia de 33 mil euros brutos ao ano é o salário mínimo que um imigrante qualificado, e naturalmente legal,  deverá receber para ser contratado em algum dos países integrantes da União Européia. Ao mesmo tempo em que os ministros do Interior dos países da UE chegaram a um acordo nesse sentido, durante reunião realizada nesta quinta-feira (25), em Bruxelas, também foi sacramentado formalmente o Pacto Europeu de Imigração, cujo propósito é endurecer o combate à imigração ilegal  ao mesmo tempo em que vai estimular a legal e a integração. Esse pacto deverá ser ratificado em reunião que ocorrerá em outubro próximo, em Cannes, com a presença dos chefes de Estado e de Governo dos 27 países da UE.

Quanto ao salário mínimo para os legais, que está no bojo das iniciativas para atrair trabalhadores qualificados, no âmbito do chamado blue card, a previsão é de que a medida seja aprovada de forma definitiva até janeiro do próximo ano. A partir daí, segundo informa a Europa Press, cada país terá dois anos para enquadrá-la em seu ordenamento jurídico.

Além do rendimento básico, o blue card estabelece outros critérios que devem ser obedecidos para a contratação de imigrantes qualificados, como apresentar uma oferta de trabalho e explicar a formação acadêmica requerida.  Outro aspecto que está definido no texto é o de que a contratação só poderá ser formalizada no caso de o país emissor não sofrer deficiência no setor de trabalho do imigrante objeto do acordo. Ou seja, um país com problemas com pessoal da área da saúde, não poderá encaminhar esses profissionais para a UE.

Se, por um lado, o Pacto Europeu estabelece medidas rigorosas, com uma vigilância mais efetiva em casos como os dos casamentos de conveniência, por outro pede aos Estados-membros que implementem políticas para favorecer a integração harmônica dos imigranças, com a perspectiva de que se instalem de forma duradoura. Essa políticas podem atentar para os direitos dos imigrantes, como o acesso à educação, ao trabalho, aos serviços públicos e sociais, à segurança, assim como aos seus deveres, em conformidade com as leis do país de acolhida.

(© Oriundi)

 


Brasil considera preocupantes medidas da UE sobre imigração

Em Brasília

O Governo brasileiro expressou hoje "preocupação" com o que considerou uma "escalada de medidas tomadas" na Europa contra os imigrantes, em alusão ao acordo alcançado na União Européia (UE) sobre o pacto sobre imigração e asilo.

O acordo, segundo uma nota oficial do Ministério das Relações Exteriores, contempla "novas normas restritivas à imigração" e se soma à diretiva de retorno, aprovada em junho passado pela UE e condenada também pelo Brasil.

"A decisão dá seqüência a uma preocupante escalada de medidas tomadas em âmbito europeu que, a pretexto de combater a imigração ilegal e estimular a regularidade, reforçam predisposição negativa à migração", diz o comunicado.

O Governo brasileiro também advertiu que essas medidas podem dar abertura a "arbitrariedades" e a procedimentos "atentatórios aos direitos humanos".

O pacto europeu sobre imigração e asilo foi pactuado ontem pelo Conselho de Ministros do bloco e deverá ser aprovado formalmente na cúpula de líderes da UE prevista para os dias 15 e 16 de outubro.

Na nota, o Governo lembrou que no passado o Brasil "acolheu generosamente e sem discriminações milhões de estrangeiros, sobretudo europeus" e expressou seu desejo de que os líderes do continente lembrem isso na hora de tomar decisões.

Na nota, a Chancelaria diz esperar que os europeus "levem em conta suas experiências históricas e os benefícios que auferiram com o fenômeno migratório, evitando iniciativas que criem novos fatores de divisão entre países de origem e recepção de imigrantes".

(© UOL Últimas Notícias)


Ministros da UE fecham acordo em pacto sobre imigração

Em Bruxelas

O Conselho de Ministros da União Européia (UE) fechou hoje um acordo no pacto sobre a imigração e asilo, que busca limitar a chegada de imigrantes ao estritamente necessário para o mercado de trabalho.

O pacto, que será aprovado formalmente pela cúpula de líderes da UE em 15 e 16 de outubro, opta por uma imigração seletiva, controlada de acordo com as necessidades trabalhistas e a capacidade de integração do país de amparada, e com firmeza total contra os imigrantes ilegais e sem regularizações maciças.

O texto, apoiado de forma unânime pelos 27 países da UE, busca dar um novo impulso para uma política comum de imigração e asilo que leve em conta o interesse coletivo da UE, ao considerar "imprescindível" que cada Estado-membro leve em conta o resto do bloco ao aprovar suas políticas no assunto.

O pacto, um dos principais objetivos da Presidência francesa da UE deste semestre, tem cinco pontos básicos: organizar a imigração legal de acordo com as necessidades e a capacidade de ampará-la, combater a imigração ilegal e expulsar os irregulares, fortalecer os controles fronteiriços, aumentar a cooperação com os países de origem e melhorar o sistema de asilo.

"A União Européia não dispõe de meios para receber dignamente todos os emigrantes que esperam encontrar uma vida melhor", indica o pacto.

Por isso, indica que a gestão da imigração na UE deve levar em conta a situação do mercado de trabalho, assim como os recursos disponíveis em matéria de alojamento, saúde e educação.

Cada país do bloco determinará as condições de admissão a seu território e fixará o número de imigrantes que pode receber, em função das necessidades do mercado de trabalho.

O pacto afirma que os países da UE promoverão a integração dos imigrantes, buscando o equilíbrio entre seus direitos (acesso à educação, ao trabalho e aos serviços públicos e sociais) e deveres (respeito às leis do país de amparada), com medidas específicas para facilitar a aprendizagem da língua e o acesso ao emprego.

Além disso, defenderá o respeito da identidade dos países do bloco e da própria UE, assim como de seus valores fundamentais (como direitos humanos, liberdade de opinião, tolerância, igualdade entre homens e mulheres e escolarização obrigatória das crianças).

Também impulsionará a admissão de trabalhadores qualificados e favorecerá a imigração temporária, para evitar a fuga de cérebros.

No entanto, os mecanismos de reagrupamento familiar levarão em conta os recursos e condições de residência, assim como o conhecimento do idioma do país de amparada.

Os imigrantes em situação irregular terão que deixar o território da União Européia e as regularizações serão feitas caso a caso.

Para conseguir as repatriações, haverá a tentativa de estabelecer acordos de readmissão com os países de origem, com os quais também será reforçada a cooperação para combater o tráfico de pessoas.

Além disso, no início de 2012, no máximo, serão implantados os vistos com informação biométrica, e até esta data também terá que estar funcionando um registro eletrônico de saídas e entradas na UE.

O pacto estabelece também que sejam reforçados o papel e os recursos da Frontex, a agência européia de controle de fronteiras.

(© UOL Últimas Notícias)

 

 

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