Nos seus últimos dias, 2007 testemunhou um episódio que o marcará
definitivamente como um ano emblemático. Ao menos para uma parcela
considerável dos 30 milhões de descendentes de italianos que vivem no
Brasil. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos
Deputados aprovou em caráter conclusivo, na semana passada, em uma
derradeira reunião do período legislativo, o relatório favorável do
Deputado Silvinho Peccioli (Democratas/SP) ao projeto de autoria do
senador Gérson Camata (PMDB/ES), instituindo oficialmente no país o Dia
Nacional do Imigrante Italiano.
Depois de sete anos tramitando no Congresso, o projeto agora vai à
sanção presidencial. Com o seu parecer concluindo desde o início do ano,
o deputado paulista Silvinho Peccioli trabalhou intensamente nos últimos
meses para que o seu parecer fosse colocado em votação ainda neste ano
na Comissão. Apresentada em 2000 pelo senador Gerson Camata a matéria,
depois de aprovada no Senado, foi encaminhado à Câmara, onde
inicialmente foi analisado na Comissão de Educação e Cultura, sendo
aprovado por unanimidade e sem emendas, nos termos do parecer do
relator, deputado Clóvis Volpi.
Em seguida, foi encaminhado à CCJC para exame de sua
constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa. Na
Legislatura anterior, foi relatado pelo deputado catarinense Ivan
Ranzolin, passando na atual para o deputado Silvinho Peccioli. Em
relação ao texto original, o parlamentar paulista apenas apresentou uma
emenda suprimindo o artigo 3º, que estabelecia prazo para o Poder
Executivo regulamentar a lei, o que é inconstitucional, uma vez que
viola o Principio da Separação dos Poderes.
A data da comemoração será no dia 21 de fevereiro e os
estabelecimentos de ensino público e particular deverão incluir, em seus
calendários de eventos, atividades alusivas.
Em sua justificativa, Gérson Camata destacou que objetivo do projeto
“é prestar a devida homenagem ao imigrante italiano que, vindo de terras
tão distantes, aqui se instalou e se fez gente nossa. Contribuindo com
seu trabalho, engajou-se nas nossas lutas, proliferou-se, fez prosperar
cidades inteiras, construiu escolas, igrejas, restaurantes, hospitais e
cultivou a terra. Famílias inteiras deixaram seus sonhos - continua –
seus amigos, seus vizinhos na velha Itália e vieram em busca de novos
horizontes. Trouxeram consigo seus hábitos, seus costumes, sua
religiosidade, a sua formação profissional e moral e enriqueceram
sobremaneira a nossa cultura’.
Uma data comemorativa tem a exata dimensão do que representa. Não
altera o cotidiano e a realidade das pessoas. No entanto, a sua
importância simbólica reside no fato de que determina uma referência,
uma espécie de ponto de convergência a partir do qual o resgate
histórico de um processo como o da imigração italiana passa a ter
condições de ser mais valorizado, mais respeitado, mais reverenciado.
Cidadãos extra-comunitários
poderão viajar por diferentes países da Europa com um visto único
Franco Fratinni, vice-presidente da Comissão Européia: ampliação
do espaço envolve mais facilidades para viajar e mais segurança.
Foto: Divulgação
Viajantes extra-comunitários poderão se valer de apenas um visto
para circular por diferentes países europeus
A partir de 21 de Dezembro de 2007, a Estônia, República Checa,
Lituânia, Hungria, Letônia, Malta, Polônia, Eslováquia e Eslovênia
passarão a fazer parte do espaço Schengen. Os controles nas fronteiras
terrestres e marítimas internas entre estes países e os 15 Estados que
fazem já parte deste espaço serão suprimidos. Trata-se de uma expressão
muito tangível do ideal da livre circulação: com este último
alargamento, o espaço de livre circulação na Europa aumentará 4.278 Km.
O Presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, afirmou: "a,
partir de hoje, as pessoas podem viajar sem problemas entre os 24 países
do espaço Schengen sem controles nas fronteiras terrestres e marítimas
internas - de Portugal à Polónia e da Grécia à Finlândia. Gostaria de
felicitar os nove novos membros de Schengen, a Presidência portuguesa e
todos os Estados-Membros da UE pelos esforços que envidaram. Juntos,
pudemos ultrapassar os controles nas fronteiras, enquanto barreiras
artificiais à paz, à liberdade e à unidade na Europa, ao mesmo tempo que
criámos as condições para uma maior segurança".
O Vice-Presidente Franco Frattini, responsável pela alçada da
Liberdade, Segurança e Justiça, declarou: "Um espaço de 24 países sem
fronteiras internas é um feito histórico sem precedentes. Sinto-me muito
orgulhoso e considero um privilégio ter participado na sua
concretização. Entrar no espaço Schengen não é tarefa fácil e reconheço
os enormes esforços envidados por estes Estados-Membros, que instituíram
sistemas de segurança de ponta nas suas fronteiras. O alargamento do
espaço Schengen demonstra o empenho da UE em facilitar as viagens
legítimas na e para a UE, reforçando ao mesmo tempo a segurança das
nossas fronteiras externas e, conseqüentemente, a segurança de todos os
cidadãos da UE".
Na sequência do alargamento, todos os cidadãos do espaço Schengen
ampliado passarão a viajar com maior rapidez e facilidade. A partir de
21 de Dezembro, será possível viajar da Península Ibérica aos Estados
bálticos e da Grécia à Finlândia sem controles nas fronteiras. Trata-se
de um símbolo de uma Europa unida e sublinha o direito básico dos
cidadãos europeus à livre circulação.
Será mais fácil para as famílias, parentes e amigos que vivem dos
dois lados das fronteiras visitar-se. As eternas filas de espera nos
pontos de passagem nas fronteiras (muito frequentados) deixarão de
existir. As regiões fronteiriças desenvolver-se-ão paralelamente, já que
passará a ser mais fácil viajar de uma região para outra. Prevê-se um
aumento do turismo, fato que terá repercussões positivas para as
infra-estruturas. Os anteriores alargamentos dão provas suficientes: por
exemplo, na fronteira Salzburgo/Berchtesgaden os cidadãos tiram partido
das infra-estruturas existentes dos dois lados da fronteira,
nomeadamente um vasto centro comercial no lado austríaco e um grande
centro de saúde e manutenção física no lado alemão.
A supressão dos controles nas fronteiras internas constitui também
uma prova de confiança mútua entre os Estados-Membros. É através de um
processo rigoroso de avaliação pelos pares que os Estados-Membros
asseguram que cada país membro tem capacidade para vigiar as fronteiras
externas em nome de todos os outros e para emitir vistos válidos para
todo o espaço Schengen.
Os novos Estados-Membros trabalharam para melhorar a gestão do
controle das fronteiras externas, a política de vistos, a proteção de
dados e a cooperação policial. A sua conexão ao Sistema de Informação de
Schengen – no qual são partilhadas informações sobre pessoas procuradas,
desaparecidas ou cuja entrada é proibida e sobre bens perdidos ou
roubados - foi assegurada antes de a sua participação ter sido aceite.
Em novembro, os Ministros da Justiça e Assuntos Internos concluíram que
todos os países candidatos preenchiam os critérios relativos ao acervo
de Schengen. Tal realização não teria sido possível sem solidariedade
financeira. O mecanismo financeiro Schengen, que proporcionou quase mil
milhões de euros, permitiu aos novos países membros fazer face,
nomeadamente, ao desafio da instauração de controlos fronteiriços
eficazes e de se tornarem parceiros de pleno direito do espaço Schengen.
Os controles nas fronteiras externas não sofrerão alterações, já que
os novos Estados-Membros da UE aplicam o acervo de Schengen relativo às
fronteiras externas desde a sua adesão. A única diferença consiste em
que também passarão a controlar os nacionais de países terceiros no
Sistema de Informação de Schengen (SIS). O acesso ao SIS pelas forças
policiais de ambos os lados das fronteiras aumentará e reforçará a
segurança nas mesmas.
Para os viajantes de boa-fé, as viagens numa UE alargada passarão a
ser mais rápidas e fáceis. Os nacionais de países terceiros poderão
viajar com um visto Schengen e deixarão de precisar de vários vistos
nacionais.
Allargamento dello spazio Schengen: realizzazione
dell'obiettivo europeo della libera circolazione delle persone
A partire dal 21 dicembre 2007 l'Estonia, la Lituania, la Lettonia,
Malta, la Polonia, la Repubblica ceca, la Slovacchia, la Slovenia e
l'Ungheria entreranno nello spazio Schengen. I controlli alle frontiere
interne terrestri e marittime tra questi paesi e i 15 attuali Stati
membri saranno aboliti. Si tratta di un'espressione molto concreta
dell'ideale della libera circolazione: grazie a questo allargamento la
frontiera orientale dello spazio Schengen passerà a 4 278 km.
Il presidente della Commissione europea, José Manuel Barroso, ha
affermato: "Da oggi possiamo viaggiare liberi tra i 24 paesi dello
spazio Schengen senza subire controlli alle frontiere interne terrestri
e marittime, dal Portogallo alla Polonia e dalla Grecia alla Finlandia.
Desidero congratularmi con i nove nuovi Stati Schengen, con la
presidenza portoghese e con tutti gli Stati membri dell'Unione per tutto
il lavoro svolto. Assieme abbiamo superato i controlli alle frontiere
come tanti ostacoli artificiali alla pace, alla libertà e all'unità in
Europa, creando i presupposti di una maggiore sicurezza".
Il vicepresidente Franco Frattini, commissario responsabile del
portafoglio Giustizia, Libertà e Sicurezza, ha dichiarato: "Uno spazio
di 24 paesi senza frontiere interne è un risultato senza precedenti
nella storia. Sono molto orgoglioso di aver avuto il privilegio di
partecipare alla sua realizzazione. Aderire allo spazio Schengen non è
un'impresa facile. Va riconosciuto l'enorme merito di questi Stati
membri. Tutti i nuovi paesi membri hanno messo a punto importanti e
avanzati sistemi di sicurezza delle frontiere. Invero, l'allargamento
dello spazio Schengen dimostra l'impegno dell'Unione a facilitare i
viaggi legittimi all'interno e verso l'Unione rafforzando nel contempo
la sicurezza delle nostre frontiere esterne e quindi la sicurezza di
tutti i cittadini europei ".
Dopo l'allargamento tutti i cittadini dello spazio Schengen allargato
potranno viaggiare più rapidamente e più facilmente. A partire dal 21
dicembre qualunque cittadino potrà viaggiare dalla penisola iberica agli
Stati baltici e dalla Grecia alla Finlandia senza essere controllato
alle frontiere. Questo fatto è un simbolo dell'Europa unita e sottolinea
il diritto fondamentale dei cittadini europei di circolare liberamente.
Le famiglie, i parenti e gli amici che vivono su lati diversi di una
frontiera potranno rendersi visita più facilmente. Le eterne code ai
valichi di frontiera (più frequentati) scompariranno. Le regioni
frontaliere si svilupperanno assieme, in quanto sarà più semplice
spostarsi da una regione all'altra. È previsto un aumento del turismo,
con un impatto positivo sulle infrastrutture. I precedenti allargamenti
ne hanno già dato prova: ad esempio, alla frontiera tra Salisburgo e
Berchtesgaden i cittadini beneficiano delle infrastrutture situate su
entrambi i lati della frontiera, tra cui un vasto centro commerciale sul
lato austriaco e un grande spazio benessere su quello tedesco.
Rimuovere i controlli alle frontiere interne è anche una questione di
fiducia tra gli Stati membri. Grazie a un rigoroso processo di
valutazione tra pari, gli Stati membri garantiscono che ciascuno di essi
sia attrezzato per controllare le frontiere esterne a nome di tutti gli
altri e rilasciare visti validi per l'intera zona Schengen. I nuovi
Stati membri hanno lavorato senza tregua per migliorare la gestione dei
controlli alle frontiere esterne, la politica dei visti, la protezione
dei dati e la cooperazione di polizia. La loro connessione con il
Sistema d'informazione Schengen - che permette di condividere le
informazioni sulle persone ricercate, scomparse o il cui ingresso è
vietato, e sui beni persi o rubati - è stata assicurata prima che
potesse essere accettata la loro adesione. A novembre i ministri della
Giustizia e degli Affari interni hanno concluso che i requisiti relativi
all'acquis di Schengen erano stati soddisfatti da tutti i paesi
candidati. Tutto ciò non sarebbe stato possibile senza una solidarietà
finanziaria. Lo strumento Schengen, che ha erogato quasi un miliardo di
euro, ha permesso ai nuovi paesi membri di raccogliere la sfida di
mettere a punto controlli alle frontiere efficaci e di diventare partner
a pieno titolo dello spazio Schengen.
I controlli alle frontiere esterne non cambiano, in quanto i nuovi
Stati membri dell'Unione applicano l'acquis di Schengen relativo alle
frontiere esterne dalla loro adesione. L'unica differenza consisterà nel
fatto che i nuovi Stati membri controlleranno nel quadro del Sistema
d'informazione Schengen anche i cittadini di paesi terzi. L'accesso al
SIS da parte delle forze di polizia di entrambi i lati di una frontiera
migliorerà e rafforzerà la sicurezza delle frontiere.
Per i viaggiatori in buona fede gli spostamenti nell'Unione allargata
saranno più rapidi e più agevoli. I cittadini di paesi terzi potranno
viaggiare in virtù di un visto Schengen senza più bisogno di diversi
visti nazionali.
(©
Oriundi)