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Relatório indica escalada dos fluxos migratórios nos países da OCDE

03/04/2007

Enrico Giovannini

Roma (EFE) - Após alguns sinais de estabilização no biênio 2002-2003, os fluxos migratórios nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) começaram a aumentar e não pararam desde 2004, disse o chefe de Estatísticas do organismo, Enrico Giovannini.

O relatório "Panorama de Estatísticas de 2007", apresentado hoje em Roma, contém 150 indicadores e considera o período de 2000 a 2005, descritos detalhadamente em quadros estatísticos e comparados entre os países, com uma parte especial sobre a migração.

Os dados mostram que tanto os países escandinavos como Alemanha, Irlanda, Japão, Luxemburgo e Turquia mostram um leve aumento em relação a 2003, enquanto os países com maior fluxo de imigrantes proporcional a sua população foram Austrália, Áustria, Finlândia, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.

Em relação ao volume de entrada de imigrantes, os Estados Unidos ficaram no topo da lista, com a chegada de quase 1 milhão de pessoas, enquanto o Reino Unido recebeu mais de 300 mil.

O aumento na Espanha - umas das principais portas à Europa - foi particularmente intenso, devido, segundo Giovannini, ao fato de que foi um dos países com maior "crescimento econômico" e que, portanto, é "mais atrativo para os imigrantes".

O documento apresentado hoje pela OCDE repassa praticamente toda a atividade econômica de seus países-membros, com referências expressas ao Produto Interno Bruto (PIB) das nações nos últimos 15 anos, assim como outras atividades em diferentes âmbitos, seja social ou ambiental.

Também traz dados como sobre a expectativa de vida, que no México passou de 74,1 anos (2000) para 75,2 anos (2004), considerando a média entre homens e mulheres, e permite compará-los a outros países como Espanha (80,5 anos) e Japão (82,1 anos).

Os Estados Unidos terão 20,6% de pessoas com mais de 65 anos em 2050, mas o Japão é o país da OCDE que apresentará maior taxa de envelhecimento na região, com 39,6% de sua população formada por idosos.

A Turquia aparece como o país que apresentará menor porcentagem de pessoas com mais de 65 anos entre sua população no ano de 2050, com 17%, segundo o relatório da OCDE.

O documento mostra que o México terá um rápido envelhecimento nas próximas décadas e, em 2050, as pessoas com mais de 65 anos representarão 21,1% da população.

Apesar desta significativa mudança em sua pirâmide de população, o México será o terceiro país mais jovem entre as 30 que formam a OCDE.

As estatísticas da OCDE mostram que o México passará de 5,3% da população com mais de 65 anos, em 2005, para 8,3%, em 2020.

No caso da Espanha, em 2005, os maiores de 65 anos representavam 16,8% da população, com um aumento previsto para até 20% em 2020 e 35,7% em 2050.

As previsões da OCDE para o ano central deste período indicam que, no México, a taxa total de dependência - relação de pessoas inativas, que incluem também os menores de 15 anos - será a mais baixa dos 30 países da região.

O dado sobre a inatividade é especialmente preocupante na Espanha, já que a proporção de dependência é de 90,5%, o que significa que para cada 10 trabalhadores haverá três inativos em 2050.

(© Último Segundo)

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