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O total de estrangeiros que vivem na Itália
superou os 3 milhões |
ROMA - Cerca de 40%
dos italianos consideram que a maioria dos imigrantes está envolvida em
atividades criminosas, segundo revelou um relatório anual sobre
imigração realizado pela organização católica Caritas.
O mesmo relatório informou que entre os
alemães e os ingleses essa porcentagem é menor.
A organização apontou também que em 2005 já
havia mais de três milhões de imigrantes em situação regular na Itália.
Segundo estimativas da organização, vivem no
país exatamente 3,035 milhões de imigrantes em situação regular, que "se
converterão cada vez mais no único fator de crescimento demográfico
capaz de remediar a superioridade das mortes sobre os nascimentos".
O relatório informou que na Itália se
apresentam uma média de duas ou três denúncias por dia por
discriminações raciais relacionadas aos imigrantes.
Nesse ponto a Caritas citou dados do
Escritório Nacional Antidiscriminações Raciais (Unar) segundo o qual
receberam 867 denúncias em 2005.
As denúncias se concentraram especialmente na
região centro-norte do país e a maioria procedia de africanos (37,6%)
"porque para eles a cor da pele serve como catalisador" do preconceito.
(©
Ansa Latina)
Número de imigrantes na Itália supera os 3
milhões
O total de estrangeiros que vivem na Itália superou os 3 milhões pela
primeira vez no final de 2005, e atingiu assim 5,2% da população total,
segundo o relatório sobre imigração publicado hoje pela organização
católica Caritas.
A organização destacou que, com 3,035 milhões de estrangeiros, a Itália
fica entre os grandes países europeus que recebem mais imigrantes, atrás
apenas da Alemanha (7.287.980), da Espanha (3.371.394) e da França
(3.263.186).
O relatório da Caritas afirma ainda que 40% dos italianos acham que "a
maioria dos imigrantes estão envolvidos em atividades criminosas".
A Caritas, que elabora um dos relatórios mais completos sobre a
imigração na Itália a cada ano, acrescentou também que, em 10 anos, a
população estrangeira terá duplicado.
Os imigrantes - revela o relatório - serão "o único fator de crescimento
demográfico do país" no futuro, já que continua havendo mais nascimentos
que mortes entre os estrangeiros, ao contrário do que ocorre com a
população italiana.
A taxa de fertilidade das imigrantes é de 2,4 filhos por mulher,
enquanto a das italianas é de 1,2 filho por mulher.
A presença de imigrantes no país deve crescer ainda mais em 2006,
segundo a Caritas, devido à aprovação de uma lei que permitirá a entrada
de 170 mil imigrantes com contrato de trabalho em breve na Itália.
O relatório revelou que 5 em cada 10 estrangeiros que vivem na Itália
vêm da Europa, 2 da África, 1 do continente americano e o resto de
outras regiões.
Os estrangeiros que chegam à Itália preferem viver nas grandes cidades,
11,4% vivem em Roma e 10,9% em Milão, mas residem principalmente no
norte do país, que recebe 59,2% deles.
Dos imigrantes que chegam à Itália, 50,1% são homens. É uma população
mais jovem que a italiana, pois 70% têm entre 15 e 44 anos, em
comparação aos 47,5 anos em média da população italiana.
Segundo a Caritas, o nível de educação dos estrangeiros é
"comparativamente mais alto que o dos italianos", enquanto os salários
"são a metade, devido ao emprego descontínuo".
Dos estrangeiros na Itália, 25,6% trabalham no setor industrial, 15,5%
no setor de serviços, 12,9% em hotéis e restaurantes, 12,5% na
construção, 11,6% na agricultura e 5,9% no comércio.
A maior parte dos imigrantes é cristã (49,1%) e 33,2% são muçulmanos,
enquanto 4,4% pertencem a religiões orientais.
(©
Último Segundo)
Papa pede respeito da UE com direitos dos imigrantes
ROMA (Reuters) - O papa Bento 16 pediu na quinta-feira aos países da
União Européia que respeitem os direitos das comunidades imigrantes,
dizendo que o diálogo entre os membros de fés diferentes é essencial
para evitar um aumento da xenofobia.
Sem se referir de forma explícita ao seu desentendimento com os
muçulmanos depois de ele ter ofendido muitos em um discurso em setembro
que aparentemente ligava o Islã à violência, o papa afirmou que a Europa
deve fazer mais esforços para respeitar costumes estrangeiros e os
direitos das pessoas.
"Hoje a cada vez mais numerosa chegada de imigrantes e a
multiplicação de comunidades de uma cultura diferente ou país de origem
no mesmo solo faz com que seja absolutamente necessário nas nossas
sociedades (ter) um diálogo entre culturas e religiões".
O papa Bento teve que restaurar seu relacionamento com os muçulmanos
depois de ter ofendido muitos deles ao citar em um discurso em setembro
um imperador do século 14, segundo quem o profeta Maomé ordenava "a
difusão da fé que pregava pela espada".
Ele pediu aos países europeus que desenvolvam políticas de imigração
com a integração como alvo e que garantam os direitos dos imigrantes.
"É assim que se pode evitar a introspecção, o nacionalismo excessivo
e até a xenofobia", disse ele.
Políticos de muitos países da União Européia demonstraram
recentemente preocupações com o fato de mulheres muçulmanas usarem o véu
na Europa, dizendo que isso pode dificultar a integração.
(Por Robin Pomeroy)
(©
Reuters Brasil)
di Giovanni Macchione
Secondo uno studio dell'associazione, in
Italia vivono oggi 3.035.000 stranieri regoleri. E ogni anno ci sono
300.000 nuovi arrivi
L'Italia resta una delle mete preferite per chi, spinto dalla fame e
dal sogno di una vita migliore, decidde di abbandonare la patria.
La conferma arriva dal rapporto Caritas-Migrantes, che è stato
presentato a Roma e che fornisce una fotografia della presenza straniera
sul nostro territorio.
TANTI IN LOMBARDIA
Secondo lo studio, oggi gli immigrati che vivono regolarmente
nel nostro paese sono 3.035.000. Una sorta di pareggio, quindi,
con gli italiani sparsi nel mondo, che oggi sono 3.150.000. Cio che
sorprende maggiormente è il trend di crescita che riguarda questo
fenomeno: circa 300 mila nuove entrate in un anno, che
porteranno, nell'arco di un decennio, a un raddoppio qui da noi dei
cittadini provenienti da altre nazioni.
Come si distribuisce la popolazione straniera? In
Italia c'è un immigrato ogni 20 italiani (1 ogni 16 al nord, 1 ogni 15
al centro). L'incidenza sulla popolazione italiana è del 5,2%.
Gli immigrati, evidenzia il rapporto, "diventeranno sempre più l'unico
fattore di crescita demografica in grado di rimediare alla prevalenza
dei decessi sulle nascite".
Roma e Milano detengono, rispettivamente l'11,4% e il 10,9% della
popolazione straniera. La Lombardia è la prima regione perché accoglie
da sola quasi un quarto del numero complessivo. Al Nord si trova
il 59,2% degli stranieri, al centro il 27% e nel meridione il 13,5%.
Le province con il più alto tasso di incidenza della popolazione
straniera sono Prato (12,6%), Brescia (10,2%), Roma (9,2%), Pordenone
(9,4%), Reggio Emilia (9,3%), Treviso (8,9%), Firenze (8,7%), Modena
(8,6%), Macerata e Trieste (8,1%). La maggioranza dei permessi di
soggiorno è a carattere stabile: più di 9 su 10 immigrati sono presenti
per motivi di lavoro (62,6%) e per famiglia (29,3%).
ORIGINE
La maggiorparte degli immigrati ha nazionalità europea (5 su
10).
Due su 10, invece, sono africani, 2 asiatici e 1 americano.
Circa un milione proviene dall'Europa dell'Est, in particolare da
Albania, Ucraina e Polonia, per quanto riguarda il contesto comunitario.
Per l'Africa, spicca la presenza marocchina, per l'Asia, quella cinese e
filippina, per l'America, quella peruviana e statunitense.
Per quanto rigurada il sesso dei cittadini stranieri, è
possibile registrare una certa parità: il 50,1% sono uomini, il 49,9%
donne. Il 70% degli immmigrati (contro il 47,5% degli italiani)
si concentra nella fascia di età 15-44 anni. La fecondità delle donne
immigrate è maggiore delle italiane: 2,4 figli contro 1,2. Nel 2005 sono
nati 52 mila bambini ed hanno inciso per il 9,4% sulle nuove nascite.
Tra i marocchini, i figli sono 4 per donna, tra i polacchi e i rumeni
1,7.
Tra le immigrate ci sono più divorziate rispetto alle italiane
(2,5% contro l'1,7%). Nei confronti del mercato del lavoro, gli
immigrati stanno esercitando un peso crescente: 1 ogni 10 occupati è
nato in un paese extracomunitario. Nel 2005, 727.582 nuovi
assunti su 4.559.952 erano immigrati. Sono 130.969 i cittadini
stranieri titolari d'azienda, con un aumento del 38% rispetto al giugno
2005.
Secondo la banca dati dell'Inps, le retribuzioni degli immigrati sono
mediamente pari alla metà di quelle degli italiani, anche a causa del
loro discontinuo impiego. Rispetto alla fede, il 49,1% è di
religione cristiana (circa un milione e mezzo), il 33,2% è musulmano
(circa un milione), il 4,4% segue culti orientali.
I minori stranieri sono 586 mila, pari ad un quinto della popolazione
straniera, e hanno conosciuto quasi un raddoppio nel corso degli ultimi
5 anni (nel 2001 erano 326 mila) ed in oltre la metà dei casi (56%) si
tratta di persone nate in Italia. Gli studenti con cittadinanza
straniera sono 424.683 e tra due anni supereranno il mezzo milione.
ACCOGLIENZA SCARSA
Immigrazione fa rima con integrazione? Non sempre. Il
rapporto Caritas, infatti, riporta anche notizie meno confortanti.
Ogni giorno, infatti, si registrano in media due tre denunce per
discriminazioni razziali ai danni di cittadini stranieri. Nel
2005 l'Ufficio nazionale antidiscriminazioni razziali ne ha ricevute ben
867. Le denunce si concentrano specialmente al centro-nord e pervengono
per lo più da africani (37,6%), per i quali fa "da catalizzatore il
colore della pelle". L'oggetto delle discriminazioni riguarda il
lavoro (28,4%, con problematiche relative per lo più l'accesso al
mercato e al mobbing) e gli alloggi (20%). Per alcune
nazionalità le denunce sono in diminuzione (albanesi, ad esempio) per
altre in aumento (rumeni). Un terzo dei detenuti stranieri ha
beneficiato dell'indulto (7.709 su 20 mila).
Un altro dato allarmante riguarda le considerazione che i nostri
connazionali hanno dei loro nuovi concittadini. Il 40% degli
italiani ritiene che gli immigrati siano maggiormente coinvolti nelle
attività criminali, pur trattandosi di un pregiudizio diffuso
in misura minore rispetto a quanto rilevato tra tedeschi e inglesi.
IN ITALIA STANNO BENE
Più confortanti, invece, le notizie sulle condizioni di vita degli
stranieri. Otto su dieci, secondo il dossier Caritas, ritengono
che la loro qualità della vita sia migliorata, grazie anche al
loro atteggiamento "positivo e collaborativo", che gli permette di
superare anche le "condizioni più disagevoli".
Il documento sostiene, inoltre, che l'immigrato "è una
componente dinamica del mercato del consumo": il 91% ha il
cellulare, l' 80% possiede il televisore, il 75% invia rimesse in
patria, il 60% possiede un conto in banca, il 55% ha un'auto, il 22% un
p. Gli immigrati, poi, incidono per il 5,3% sul totale dei
titolari di patente automobilistica (1.890.000,
complessivamente, di cui 330 mila nuovi acquisitori nel 2005, un quarto
di tutti gli iscritti a scuola guida).
La casa resta un problema spinoso: circa il 12-15% lo ha risolto
diventando proprietario dell'immobile (506 mila persone secondo
la stima più alta). Sono stati 116 mila quelli che hanno acquistato un
alloggio nel 2005 (il 14,4% degli acquirenti totali e addirittura il 20%
a Roma) mentre il 72% vive in case in affitto. Tuttavia, circa 860 mila
stranieri sarebbero in condizione di difficoltà abitative,anche se il
rapporto ne stima 250 mila.
I NUMERI DEGLI ALTRI
Un aspirante alla patente di guida ogni 4 è un
immigrato; quasi il 15% delle persone che acquista una casa è
straniero; il 91% degli immigrati possiede un cellulare.
La vita degli immigrati cambia e cambia in meglio quando arriva in
Italia: a pensarla così sono ben 8 immigrati su 10. Il loro numero ha
quasi raggiunto quello degli emigrati italiani nel mondo, pari a
3.150.000, e il nostro paese si colloca a livello degli altri paesi
europei: Spagna (3.371.394), Francia (3.263.186) e Gran Bretagna
(2.857.000). Più staccata la Germania (7.287.980 immigrati).
L'aumento degli immigrati in Italia nel 2005 è dovuto sia ai nuovi
arrivi (187.000) che alle nascite di figli di cittadini stranieri
(52.000).
Nel prossimo futuro, avverte il rapporto Caritas, deve essere messo in
conto un aumento ancor più rilevante, come hanno dimostrato le 485.000
domande di assunzione presentate nel mese di marzo 2006 per fruire delle
quote stabilite dal Decreto Flussi (170.000, quindi quasi tre volte
inferiori alle necessitá).
Se si tiene conto del deficit demografico italiano e della
pressione dei paesi d'origine, è realistico stimare l'impatto in entrata
in almeno 300 mila unità l'anno.
I soggiornanti dei paesi dell'Est Europa sono circa 1 milione: i
principali gruppi sono, tra gli extracomunitari, quello albanese e
ucraino; tra i comunitari, quello polacco; tra gli Stati che si
accingono ad entrare nella Ue, quello romeno (che è in assoluto il più
numeroso). (ANSA)
(©
Panorama)
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