Retornar ao índice ItaliaOggi

Migrazioni ItaliaOggi

 

Encontro analisa imigração italiana em MG

20/10/2006

 

Imigrantes italianos no Brasil

MARCELO MIRANDA

Estima-se que existam hoje no país 31 milhões de descendentes de italianos. O Brasil é o país com a maior quantidade de descendentes de italianos do mundo. Em Minas Gerais, o número gira em torno de 1,5 milhão, mas o número é bastante questionável.

Na tentativa de sistematizar um banco de dados, e tentar integrar os descendentes italianos de todo o Estado, será realizado nos próximos sábado e domingo, em Barbacena, o II Seminário Sobre Imigração Italiana em Minas Gerais.

Serão palestras, debates, lançamentos de livros e espetáculos de dança com o objetivo de reunir filhos, netos, bisnetos e parentes e o maior número possível de pessoas com relações familiares na Itália. A organizadora do seminário é Giusi Zamana, italiana há 20 anos vivendo no Brasil.

Giusi fundou, no ano passado, a Associação Ponte Entre Culturas, entidade sem fins lucrativos que busca promover o intercâmbio entre a Itália e o Brasil.

“Nossa intenção é fazer uma ligação histórica, cultural e geográfica dos dois países”, explica a italiana. Ela conta que Minas não possui qualquer tipo de levantamento sobre os italianos vivendo no Estado. “Existem trabalhos isolados nesse sentido, mas sem caráter oficial e muitas vezes através de esforços independentes”, afirma.

Globalização
A idéia é criar uma grande rede de relações e informações que reúna essa grande “famiglia” existente nas montanhas de Minas.

“Em tempos de globalização, as sociedades civis estão se tornando sociedades multiculturais. E todos nós sabemos que o Brasil é pioneiro neste sentido porque, ao longo da história, incorporou pessoas de diversas nacionalidades. Entender a essência de ser brasileiro é entender essa história, e a Itália tem papel importante nisso”.

Outra proposta do seminário é falar da história da Itália para refletir sobre o atual contexto do país. “Não queremos abrir um baú de teia de aranha e revirar o passado. Queremos, sim, olhar o passado para entender melhor o presente”.

A escolha da cidade de Barbacena para a edição 2006 do seminário se deu tanto por uma questão de descentralização rumo ao interior (no ano passado, o encontro foi em Belo Horizonte) quanto pela localização da cidade – ela está próxima da capital e de municípios como Juiz de Fora, São João del Rei e outros da Zona da Mata.

A própria Barbacena reúne centenas de italianos em sua população, que muito ajudaram Giusi Zamana na criação da associação.

(© O Tempo)


Representante da ONU cobra combate da Itália à xenofobia

Por Robin Pomeroy

ROMA (Reuters) - Os italianos precisam conter seu medo em relação aos estrangeiros, muitas vezes provocados por políticos populistas que retratam os trabalhadores imigrantes como criminosos ou terroristas, disse na sexta-feira o relator especial da ONU para o racismo, Doudou Diene.

Após passar uma semana avaliando a situação, ele concluiu que a Itália precisa dar particular atenção à integração dos muçulmanos e combater a crescente islamofobia.

"A sociedade italiana não parece estar marcada por um sério fenômeno de racismo, mas enfrenta uma perturbadora e profunda tendência de xenofobia", disse Diene em entrevista coletiva.

Diene disse não ter visto na Itália o mesmo racismo brutal que presenciou, por exemplo, na Rússia, onde pessoas de pele mais escura "estão sendo mortas nas ruas". Mas ele acha que na Itália os estrangeiros ainda sofrem mais abusos da polícia e das instituições e têm mais probabilidades de serem pobres e desempregados do que os nativos.

Segundo Diene, alguns membros do governo anterior, do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, "instrumentalizaram" a xenofobia e a tornaram parte da política.

"A retórica ideológica da antiimigração e da xenofobia, que foi dominante no governo anterior, esta retórica se infiltra lentamente na ideologia dos partidos", afirmou o relator, senegalês.

O partido Liga Norte, cuja mensagem contra a imigração ilegal às vezes beira a xenofobia, participava do governo de Berlusconi, e alguns dos seus ministros se referiam aos africanos como "bingo-bongos".

Diene elogiou o novo primeiro-ministro, o socialista Romano Prodi, por vetar uma lei aprovada por Berlusconi que levaria à deportação para a Líbia de milhares de imigrantes que cruzam o Mediterrâneo em barcos pesqueiros para chegarem à Europa. "É uma indicação de que alguma coisa nova está acontecendo na Itália agora", afirmou.

(© Reuters Brasil)


Para saber mais sobre:

powered by FreeFind

Pesquise no Site ou Web

Google
Web ItaliaOggi

Publicidade
 
Notizie d'Italia | Gastronomia | Migrazioni | Cidadania | Home ItaliaOggi