A imigração aumentou em 2004 nos países da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económicos, mas
registou-se uma diminuição nos pedidos de asilo, revela a OCDE no relatório anual dos Movimentos e Políticas Migratórias, divulgado a 8
de Junho.
Em 2004, entre três a 3,5 milhões de imigrantes, incluindo aqueles
que estão a título temporário no país de acolhimento,
foram considerados oficialmente residentes de longa
duração nos países da OCDE. De acordo com o relatório,
em 2004 a imigração aumentou 34 por cento nos Estados
Unidos, 28 por cento em Itália e 24 por cento no Reino
Unido. Por outro lado, diminuiu na Finlândia (25 por
cento), na Alemanha (15 por cento) e na Nova Zelândia
(14 por cento).
No mesmo ano, o número de pedidos de
asilo para os países da OCDE baixou mais de 20 por
cento, dando continuidade à tendência verificada desde
2000. O número de trabalhadores temporários, sazonais
e contratados aumentou nos últimos dez anos, à medida
que os países da OCDE recrutam trabalhadores
estrangeiros temporários.
Nos países onde existem dados
disponíveis, as entradas de trabalhadores temporários
aumentaram sete por cento, num total de 1,5 milhões de
estrangeiros. O aumento do número de estudantes
estrangeiros também é significativo, particularmente
na Nova Zelândia, Japão, Austrália, França e Alemanha.
Após o alargamento da União Europeia (UE) para 25
Estados, em Maio de 2004, apenas o Reino Unido, a
Irlanda e a Suécia abriram os seus mercados de
trabalho aos nacionais dos novos países. Desde então,
o Reino Unido e a Irlanda receberam um número
significativo de imigrantes desses países.
De Maio de
2004 até Dezembro de 2005 foram registados no Reino
Unido 345.000 trabalhadores dos novos Estados-membros,
enquanto na Irlanda entraram 83.000. O relatório
indica ainda que muitos países adoptaram medidas para
atrair imigrantes altamente qualificados ou estudantes
estrangeiros. Contudo, a segurança e a luta contra a
imigração irregular continuam como elementos chave das
políticas de controlo dos movimentos migratórios.
Paralelamente, foram tomadas medidas em alguns países
para permitir uma melhor integração, como cursos
obrigatórios de língua (Dinamarca e Holanda), ajuda
para encontrar trabalho, promoção da diversidade
étnica nas empresas (quase todos países da OCDE) e a
luta contra a discriminação (França) e pela igualdade
de oportunidades (Bélgica, Finlândia e Suécia, entre
outros). O relatório avalia ainda os laços entre a
migração, as remessas para os países de origem e o
desenvolvimento desses países.
(©
Acime)
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