ROMA -- Um navio sem tripulação, com cerca de 900
imigrantes ilegais a bordo, a maioria curdos, foi rebocado para a Itália neste domingo,
depois de enviar uma mensagem de socorro avisando que estava à deriva no mar Adriático.
Equipes de resgate no porto de Gallipoli, no sul do país, usando máscaras
cirúrgicas contra possíveis doenças, ajudaram os passageiros a sair da embarcação.
Cerca de 200 eram crianças pequenas e havia pelo menos cinco mulheres em avançado estado
de gravidez.
Segundo a RAI, a televisão estatal italiana, uma
criança e uma grávida precisaram ser atendidas em um hospital. Uma outra emissora, o
Canal 5, informou que dois homens foram levados pela polícia, mas não está claro se
eles seriam os responsáveis pelo tráfico de imigrantes ilegais.
As autoridades investigam se a tripulação abandonou
o navio depois de pedir socorro, em uma tentativa de escapar da prisão por transporte de
imigrantes. A guarda costeira recebeu o pedido de ajuda pouco depois da meia-noite de
sábado.
"Nós estamos fazendo o desembarque e a contagem
dos imigrantes. A maioria parece ser de homens", disse o tenente Vincenzo Amanti da
guarda costeira de Gallipoli."A maior parte deles é de curdos e outros são de Sri
Lanka, Iraque e Irã".
O sul da Itália é um concorrido ponto de entrada
para imigrantes ilegais que tentar alcançar países da União Européia. A
intensificação do tráfico de imigrantes tem sido uma preocupação crescente entre os
países integrantes do bloco.
Os dois candidatos nas eleições para a chefia do
governo da Itália, marcadas para 13 de maio próximo, Silvio Berlusconi e Francesco
Rutelli, prometeram combater a imigração ilegal.
Acredita-se que o navio tenha vindo
da Turquia, que tem prometido ao restante da Europa reforçar a luta
contra a imigração clandestina.
(CNN)